Temporada de Concertos Antena 2
8 maio | 18h40
Auditório do Museu do Oriente
Entrada gratuita
TAC
André Carvalho, contrabaixo
Bernardo Tinoco, saxofone
Diogo Alexandre, bateria
Programa
André Carvalho – The Laughing Heart
Composição coletiva – Ainda não espelho & Coral
Canção tradicional popular alentejana – Flor de Laranjeira
Diogo Alexandre – Pipe Tree
Bernardo Tinoco – Buracos nos Dedos & Monte dos Marmeleiros
O grupo TAC emerge como uma colaboração única entre três músicos de gerações diferentes, André Carvalho, Bernardo Tinoco e Diogo Alexandre. Unidos por uma visão ousada de fusão musical e experimentação sonora, o grupo define-se pela sua irreverência e pela busca incessante de novas formas de expressão artística transcendendo os limites convencionais do jazz e da música improvisada.
Depois de tocarem juntos em vários outros projetos, os três músicos decidiram juntar-se para explorar um universo musical que aliasse os habituais instrumentos acústicos com alguma eletrónica, sendo o primeiro encontro musical a participação no Festival Internacional de Saxofones de Palmela 2021. Após esta boa experiência, o trio conseguiu garantir um apoio do Musibéria – Serpa, para a realização de uma residência artística de uma semana em Serpa em 2022, na qual se desenvolveu o repertório que mais tarde iria constar no álbum de estreia – Monte dos Marmeleiros.
Durante a semana de residência, os três músicos investigaram material pertencente ao cancioneiro local, aprendendo lendas e estórias de Serpa e contactando com pessoas que representam a cultura alentejana. Utilizando captações de áudio da paisagem sonora local e explorando ferramentas musicais contemporâneas, TAC construiu durante a residência, um repertório que funde elementos folclóricos com explorações sonoras vanguardistas.
A essência da música criada pelos TAC reside assim na intersecção entre o tradicional e o contemporâneo, o acústico e o eletrónico.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Bernardo Tinoco | O saxofonista tem colaborado regularmente com alguns dos músicos de maior relevância no panorama do jazz nacional como por exemplo André Carvalho, André Fernandes, Carlos Barretto, Diogo Alexandre, Filipe Melo, Gonçalo Marques, João Hasselberg, João Pereira, Nuno Ferreira, Pedro Branco, Pedro Moreira, Ricardo Toscano, Zé Eduardo.
Tanto como líder como sideman, tocou nalgumas das mais importantes salas de concerto e festivais em Portugal e no estrangeiro como Festival Jazz em Agosto, Fundação Calouste de Gulbenkian, CCB e Culturgest.
É músico da Orquestra de Jazz do Hot Club de Portugal e da Orquestra Jazz de Setúbal, colaborando também pontualmente com alguns dos cantautores portugueses mais aclamados como Paulo de Carvalho ou Fernando Tordo e com grupos de música africana como Tabanka Djaz ou Yuri da Cunha.
Conta com participações em trabalhos discográficos de diferentes projectos e lidera actualmente o grupo Garfo (Grupo Revelação do Ano 2021, Prémios RTP / Festa do Jazz) que editou o seu primeiro álbum pela Clean Feed, com apoio da rádio Antena 2. Também com o apoio das duas instituições mencionadas acima e a Fundação GDA editou NoMad Nenúfar em parceria com o multi-instrumentista Tom Maciel.
Em 2023 integrou o programa Novos Talentos promovido pela Orquestra de Jazz de Matosinhos, apresentando-se como solista convidado da orquestra no Cine-Teatro Constantino Nery, Matosinhos e na Festa do Jazz, CCB.
É membro da associação Robalo Music. Concluiu a licenciatura em música e o mestrado em ensino da música na variante de jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa.
André Carvalho | Contrabaixista e compositor cujo trabalho foi descrito pela AllAboutJazz como “deste e do outro mundo”. Nate Chinen do The New York Times referiu Carvalho como um contrabaixista “que devem conhecer”.
Durante o período de 2014 a 2020 residiu em Nova Iorque onde tocou com nomes importantes do Jazz como Chris Cheek, Will Vinson e Tommy Crane. Os créditos das suas performances vão desde o Colors Jazz Festival (Paris), o Cairo Jazz Festival e o Jazz Festival Ljubliana, a locais como Blue Note (Nova Iorque), Konzerthaus Berlin e Casa da Música (Porto).
De entre os muitos prémios que recebeu estão o Prémio Carlos Paredes 2012 (com o seu disco de estreia Hajime) e o Best Group no Bucharest International Jazz Competition 2011. Foi ainda várias vezes vencedor de bolsas da Fundação GDA, nomeadamente para gravação dos álbuns Memória de Amiba e Lost in Translation Vol. I, assim como também digressões com grupos seus em 2017 e 2019.
A esfera de acção do seu trabalho estende-se muito além do Jazz. Com Gilberto Gil, vencedor de vários prémios Grammy, André tocou numa digressão pela Europa, apresentando a nova ópera Prelúdio da lenda viva da música brasileira. A colaboração incluiu a Nova Ópera de Lisboa e o grupo de percussão Cortejo Afro, que estreou partes do novo trabalho em locais como o Barbican Center (Londres) e a Finlândia Talo (Helsinque). Carvalho apresentou-se ainda com maestros como Gustavo Dudamel, Heinrich Schiff e Franz Welser-Möst e colaborou com os fadistas Carlos do Carmo e Cristina Branco.
Fascinado pelo universo das palavras intraduzíveis: palavras que só existem numa dada língua e cultura, André está a trabalhar num ciclo de música em duas partes para o seu trio intitulado Lost in Translation. O Volume II do ciclo sai em março de 2023 pela aclamada Clean Feed Records e o Volume I, lançado pela Outside in Music em 2021, recebeu críticas elogiosas de media internacional. Ambos já foram contemplados com diversas bolsas: Fundação GDA, Antena 2, Companhia de Actores e Teatro Municipal Amélia Rey Colaço.
Como compositor para cinema, André tem trabalhado com jovens realizadores como Gonçalo Almeida, Guilherme Daniel, Pedro Caldeira e Fábio Rebelo, após terminar uma pós-graduação em Film Scoring pela Film Scoring Academy of Europe como bolseiro.
Recebeu uma Menção Honrosa para o “Call to Scores 2022” da European Recording Academy e é um dos finalistas do Berlin International Film Scoring Competition 2023.
Elogiado pelos media como “um estudo sonoro de contrastes” (NYJazzRecords), o seu terceiro álbum The Garden of Earthly Delights, considerado para os Grammy 2019, saiu pela editora americana Outside in Music. André apresentou-o pela Europa e pelos EUA em locais como o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), Blue Note (Nova York), Color Jazz Fest (Paris) e o Centro Andaluz de Arte Contemporânea (Sevilha). A suite em 11 movimentos, escrita para sexteto, foi inspirada no enigmático tríptico do pintor holandês Hieronymus Bosch – The Garden of Earthly Delights.
André é formado pela Manhattan School of Music (mestrado em Jazz performance) e pela Universität für Musik und Darstellend Kunst, Viena (licenciatura em Contrabaixo). André mudou-se para os EUA em 2014 como bolseiro Fulbright. Ao terminar a sua primeira licenciatura em Informática (Faculdade de Ciências de Lisboa), apaixonou-se por música, levando-o a estudar no Hot Club de Portugal e na Academia de Amadores de Música (com Fernando Flores). Paralelamente, estudou particularmente com Sam Yahel, Ben Street, Ari Hoenig, Matt Brewer e Phil Markowitz.
Atualmente, André faz parte do corpo docente do Hot Clube de Portugal. André lecionou na Academia de Amadores de Música, ESTAL, Conservatório de Música de Angra do Heroísmo e Mark Murphy Music (New Jersey, USA).
Diogo Alexandre | Baterista nascido em 1998, em Leiria. É um dos mais jovens músicos em ascensão no país, galardoado com vários prémios nacionais e cuja carreira tem chamado a atenção da crítica: “Diogo Alexandre, tem-se afirmado uma verdadeira força da natureza, destacando-se onde quer que esteja presente (…) o baterista não se limita a marcar o tempo, acrescenta sempre ideias, faz sublinhados, puxa o grupo para a frente.” – Por Nuno Catarino na jazz.pt sobre o concerto no HCP no dia 12/09/2022.
Recentemente lançou o seu disco de estreia Pipe Tree de Diogo Alexandre Bock Ensemble que foi considerado um dos melhores discos de Jazz Português de 2021 pela Jazz.pt – “Pipe Tree é um disco raro no panorama jazzístico português por ser diferente e ambicioso, procurando – e conseguindo – traçar um caminho próprio” – Gonçalo Falcão (2022).
Depois de se mudar para Lisboa (2016) para estudar na Escola Superior de Música, começou a atuar de forma regular tendo a oportunidade de viver experiências imprescindíveis. Com apenas 21 anos, tocou e gravou com artistas de relevância do panorama nacional e internacional tais como, Django Bates, João Barradas, Perico Sambeat, Bram de looze, Ohad Talmor, Amir El Safar, Fabrizio Cassol, Ben Van Gelder, John O’Gallagher, Frederico Heliodoro, João Mortágua, Pedro Moreira, João Paulo Esteves da Silva, Demian Cabaud, Carlos Barretto, André Fernandes.
Foi galardoado com vários prémios nacionais incluindo, Músico Revelação RTP/Festa do Jazz (2020), Revelação do Ano 2021 JazzLogical.pt, Prémio Jovens Músicos da RTP / Antena 2 (2019), Melhor Instrumentista (2015 e 2017) e Melhor Combo (2015) na Festa do Jazz dos Sons da Lusofonia.
Atualmente reside em Bruxelas após terminar a licenciatura em bateria com nota máxima (20/20 valores), prepara o disco de musica improvisada com João Mortágua; e continua a trabalhar numa base regular com vários artistas do panorama jazz internacional. Alexandre conta 26 anos e a sua carreira promete um futuro promissor.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2