2º FESTIVAL ANTENA 2
Sala Eça de Queiroz,
17 Fevereiro | 15h00
Conferência | Explorar o Universo – Viver Fora da Terra
José Manuel Afonso
João Fernandes
Rui Agostinho
Zita Martins
Sérgio Sousa
João Almeida (moderador)
Desde que o telescópio Hubble começou a funcionar, nos anos 90, o conhecimento acerca do Universo evoluiu com uma rapidez inédita. Todos os dias surgem notícias e novidades sobre o espaço, numa escala que vai do sistema solar aos confins do universo. Quais as mais significativas descobertas? O que mudou na conceção que temos do universo e da sua história? O que podemos esperar, por exemplo, dos exo-planetas? E qual a probabilidade de encontrarmos vida fora da Terra? E será possível a humanidade viver fora da Terra, por exemplo em Marte? Ou viver décadas (séculos?) no espaço, em busca de um planeta habitável? E o que se espera das novas tecnologias no que respeita à exploração do espaço?
Estas são algumas das questões que esperamos ver respondidas nesta conferência, organizada em parceria com o
Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, com moderação de João Almeida (Diretor da Antena 2) e participação de
José Manuel Afonso (coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, coordenador do doutoramento em Astronomia e Astrofísica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, membro de equipas internacionais envolvidas na construção de instrumentos para os telescópios ELT e ATHENA),
Rui Agostinho (Diretor do Observatório Astronómico de Lisboa de 2006 a 2017, fundador do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa),
Zita Martins (astrobióloga, investigadora da Royal Society no Imperial College em Londres durante 8 anos e atual professora no Instituto Superior Técnico),
João Fernandes (doutorado em Astrofísica e Técnicas Espaciais pela Universidade de Paris, coordenador do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra), e
Sérgio Sousa (doutorado em astronomia pela Universidade do Porto, investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, especialista no estudo de exo-planetas com mais de 130 publicações em revistas internacionais).
José Manuel Afonso é Investigador Auxiliar no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, desde 2004. Os seus interesses científicos centram-se no estudo da formação e evolução de galáxias. Obteve o Doutoramento em Astrofísica em 2002 pelo Imperial College de Londres, tendo sido representante português no Comité Técnico e Científico do Observatório Europeu do Sul (ESO) entre 2005 e 2011. Participou no Comité de Aconselhamento Científico para o ALMA no ESO no mesmo período, tendo presidido a esta Comissão entre 2007 e 2009. Foi Coordenador do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa entre 2011 e 2014, e coordena o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço desde 2015.
Recebeu o prémio Valerie Myerscough da Universidade de Londres em 2000, e é autor ou co-autor de mais de 50 publicações científicas.
Rui Agostinho é Professor Auxiliar no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), director do Observatório Astronómico de Lisboa, fundador e investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica da UL (CAAUL), fundador e sócio da Sociedade Portuguesa de Astronomia (1999), da União Astronómica Internacional, membro da European Astronomical Society, e da Sociedade Portuguesa de Física.
Licenciou-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) em 1982, efectuou provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica na FCUL em 1986, concluiu o doutoramento em Doutoramento em Física/Astrofísica na Univ. da Carolina do Norte (Chapel Hill, EUA) em 1992.
As áreas de investigação em Astronomia a que se dedica centram-se na Estrutura, dinâmica e evolução da Via Láctea, nas Abundâncias químicas estelares na galáxia, e na Detecção de buracos negros estelares.
É Coordenador e investigador de muitos projectos científicos na FCT. Foi Coordenador Científico do Projecto YALO: utilização do telescópio de Yale no Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo (CTIO), com as Research in Astronomy (AURA) e a Universidade do Chile. Utilização de telescópios em observatórios internacionais no Chile. Organização e participação em encontros científicos internacionais. Orientador de diversos estudantes de Mestrado e Doutoramento em Astronomia e Astrofísica, na FCUL.
Zita Martins é Astrobióloga, e os seus interesses científicos incluem a deteção de assinaturas de vida extraterrestre em missões espaciais, e a potencial contribuição de compostos orgânicos presentes em meteoritos e cometas para a origem da vida na Terra. É Professora Associada no Instituto Superior Técnico desde 2018. Foi University Research Fellow (URF) da Royal Society no Imperial College em Londres até ao Outono de 2017, sendo desde então Investigadora no Instituto Superior Técnico.
Licenciada em Química pelo Instituto Superior Técnico (2002), foi Cientista Convidada da NASA (2005 e 2006) enquanto concluía o doutoramento em Astrobiologia na Universidade de Leiden, Países Baixos (2007). Em 2012 foi Professora Convidada na Universidade Nice-Sophia Antipolis (França).
Entre 2007 e 2009 trabalhou para a missão a Marte ExoMars. Em 2009 foi galardoada pela Royal Society com uma University Research Fellowship no valor de 1 milhão de Libras. É Co-Investigadora de duas missões espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA) que irão ser instaladas na Estação Espacial Internacional (ISS). É membro do Comité da Astrobiology Society of Britain, e faz parte de duas Topical Teams (equipa de aconselhamento) da ESA.
Faz ativamente
comunicação de Ciência, incluindo mais de 100 entrevistas sobre Ciência nos meios de comunicação social internacional, e foi selecionada pelo canal de TV BBC como Expert Scientist Women. O seu retrato foi pintado para a exposição da Royal Society sobre mulheres de sucesso em Ciência, e encontra-se agora de forma permanente na sede da Royal Society em Londres. Em 2015 foi selecionada como um dos 11 “Portugueses fora do tempo” pelo Jornal
Público, e em 2016 foi selecionada como uma das “Mulheres na Ciência” pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica Ciência Viva. Foi condecorada em 2015 por Sua Excelência o Presidente da República de Portugal com o título de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
João Fernandes é Professor Auxiliar do Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) desde 1999. Licenciou-se em Fisica/Matemática Aplicada (ramo Astronomia) pela Universidade do Porto (1991) e é doutorado em Astrofísica e Técnicas Espaciais pela Universidade de Paris VII (1996). Obteve a agregação em Física (ramo Astrofísica) pela Universidade de Coimbra (2014). As suas áreas de investigação são a formação e evolução das estrelas, física solar e a história da Astronomia em Portugal. Publicou cerca de 80 trabalhos de investigação em revistas internacionais e actas de congressos científicos. Tem desenvolvido actividade de divulgação cientifica (nomeadamente com palestras em escolas) e foi o single point of contact nacional para o Ano Internacional da Astronomia 2009, por nomeação da União Astronómica Internacional. Recebeu a distinção “Caras de Futuro” da revista “Visão” em 2013.
Atualmente é sub-director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra com o pelouro do Observatório Geofísico e Astronómico da UC (desde 2013) e coordenador do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra (desde 2015).
Sérgio Sousa é Investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, no âmbito do programa Investigador FCT. Licenciou-se em Física/Matemática Aplicada e obteve o grau de Mestre em Astronomia na Universidade do Porto, e em 2009 doutorou-se em Astronomia na mesma universidade num projeto misto com o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa. Durante seis anos foi ainda bolseiro pós-doutoramento no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e no Instituto de Astrofísica das Canárias.
Especializou-se no estudo da caracterização e compreensão de sistemas planetários participando também na descoberta de planetas extra-solares. Desenvolveu software automático e livre para a comunidade cientifica que permite uma caracterização mais rápida, mais sistemática e mais precisa das estrelas do tipo-solar, permitindo assim encontrar pistas para a compreensão da formação e evolução de sistemas planetários. Durante este período teve acesso aos melhores observatórios astronómicos europeus, como é o caso do Observatório Europeu do Sul (ESO, localizado no Chile).
Tem 132 publicações em revistas internacionais, com mais de 5000 citações. Os principais resultados foram publicados em revistas da especialidade como a Astronomy & Astrophysics, Montly Notices of the Royal Astronomical Society, The Astrophysical Journal, mas também em revistas de maior impacto geral como a Nature e a Science.
Nos últimos anos tem participado fortemente no desenvolvimento de grandes projectos internacionais de instrumentação astronómicas. Participa quer em missões espaciais fazendo parte da equipa científica da missão CHEOPS da Agencia Espacial Europeia (ESA) contribuindo também numa componente técnica no Centro de Operações Cientificas desta missão. Contribuiu também para o desenvolvimento do espectrógrafo de alta resolução ESPRESSO que foi recentemente instalado no VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO), para o qual também pertence à sua equipa científica. Quer o CHEOPS, quer o ESPRESSO, pertencem a um leque de instrumentos de ponta dos quais se esperam grandes avanços nesta área científica e num futuro muito próximo.
Transmissão direta (antena e online)
Entrada Livre
Para maiores de 6 anos