Uma conversa com Luís Caetano, sobre a Arte, a Beleza e a Dúvida acerca de quem usufruirá delas, uma visão lúcida, e crua, no que respeita à continuidade da existência humana.
Uma conversa a pretexto da publicação do novo livro de poesia de Jorge Vaz de Carvalho, após um hiato de 31 anos, Todos os Caminhos, editado pela Assírio & Alvim. De permeio, a escuta de alguns poemas pela voz do autor.
Jorge Vaz de Carvalho tem um percurso ligado à Música e à Literatura. À Música, como grande voz no canto lírico, barítono por caminhos internacionais, desde a estreia no Teatro de São Carlos de Lisboa, em 1984, mas também como Fundador e Diretor da Orquestra Nacional do Porto, Consultor Artístico do Círculo Portuense de Ópera, e responsável do Instituto das Artes.
Foi também autor de dois programas de rádio, para a Antena 2, um dos quais Amadeus.
Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Clássica de Lisboa, Mestre em Literaturas Comparadas pela Universidade Nova de Lisboa e Doutorado em Estudos de Cultura pela Universidade Católica de Lisboa. É professor e coordenador científico da área de Estudos Artísticos da Universidade Católica Portuguesa. Tem exercido regular atividade de articulista e de conferencista, no país e no estrangeiro.
O seu multifacetado percurso no panorama cultural assume significativa expressão no campo literário, como escritor de poesia, conto e ensaio, e tradutor de grandes obras da literatura mundial como Vida Nova de Dante Alighieri (Relógio d’Água, 2010), Ciência Nova de Giambattista Vico (Fundação Calouste Gulbenkian, 2006; Prémio de Tradução Científica e Técnica FCT/União Latina), Ulisses de James Joyce, O Nome da Rosa de Umberto Eco, ou ainda Canções de Inocência e de Experiência de William Blake (Assírio & Alvim, 2009).
Depois de A Lenta Rendição da Luz (Relógio d’Água) em 1992, Todos os Caminhos é o segundo livro de poesia de Jorge Vaz de Carvalho, apesar da escrita poética fazer parte da sua vida desde tenra idade. A reunião de poemas selecionados, escritos nas últimas décadas e que refletem as vivências culturais e artísticas de quem tem o Renascimento por referência e a cultura grega como necessidade.