21 dezembro | 20h00
Título de referência maior na história do cinema, O Couraçado Potemkine faz cem anos. Com estreia a 21 de dezembro de 1925, a segunda longa-metragem de Sergei Eisenstein, sucedeu então a Greve (também de 1925) e antecedeu Outubro (de 1928), seguindo-se na obra do cineasta, mas aí já com som, obras como Alexandre Nevsky (1938) e as duas partes de Ivan, O Terrível (entre 1945 e 1958).
Este filme, que só teve exibição em Portugal depois do 25 de Abril (a estreia portuguesa teve lugar em maio de 1974), propõe uma dramatização do histórico motim a bordo de um couraçado russo Potemkine, em junho de 1905.
Obra-prima do cinema-mudo, O Couraçado Potemkin é evocado por inúmeras razões, uma delas sendo a visão inovadora para a montagem que aqui se apresentava e que se manifestou também em outros cineastas russos contemporâneos de Eisenstein, entre os quais Dziga Vertov.
Filme mudo, conheceu ao longo dos anos várias bandas sonoras, a primeira das quais criada por Edmund Meisel em 1926 para a estreia em Berlim. Com o passar do tempo outras bandas sonoras surgiram, assinadas por Nikolai Kryukov (1950), Chris Jarrett (1985), Eric Aalmann (1986), Pet Shop Boys (2005) ou Michael Nyman (2011), entre outros. Em 2025, João Paulo Esteves da Silva apresentou uma banda sonora improvisada ao piano, na Cinemateca Portuguesa.
João Paulo Esteves da Silva é, agora, um dos convidados numa emissão especial da Antena 2, conduzida por Nuno Galopim, que assinala o centenário da estreia do filme. A ele juntam-se o crítico de cinema João Lopes e Luís Miguel Oliveira, programador da Cinemateca Portuguesa.
