A Antena 2 estreia a 2 de Abril uma nova série do programa Caleidoscópio, intitulada Travessia, da autoria de Daniel Schvetz. Até ao final de Junho.
Travessia
por Daniel Schvetz
Domingos 22h00
Quartas-feiras 13h00
Sábados 5h00
Já na própria música, podemos encontrar, também, categorias e dimensões das mais variadas índoles, como as habituais estratificações em música popular, música erudita, música ligeira, música séria,…. talvez proveniente das categorias que habitavam a idade media, "Música profana" – "Música religiosa", que de facto tinham origens ou razões justificáveis.
Pretendemos partilhar expressões musicais que representem algo do essencial da cada região/país, em particular do universo Ibero-Americano, em que as línguas predominantes são, em primeiro lugar, os muitos modos que adoptou o castelhano, do México à Argentina, com variadíssimas feições regionais, reflectidas particularmente nas muitas formas estilísticas que enformam o universo latino-americano, e o Português, evidentemente, representado pelo seu filho pródigo, o Brasil, em que as muitas vertentes da língua, carregam com análogas formas e estilos musicais ao longo deste gigantesco território.
Cada um dos países estará representado por géneros musicais, chamemos-lhes assim, a) tradicionais; b) por aqueles em que a música tradicional é tratada com recursos vindos das escolas estéticas e técnicas europeias; e c) pelo que representam, – e muitas vezes o conseguem -, caminhos independentes e próprios, incluindo, em muitos casos, a utilização de recursos electro-acusticos.
Tal é o sentido que se pretende reflectir na ideia contida no título deste pequeno ciclo de programas chamado Travessia.
Daniel Schvetz
Programas
Venezuela
Paraguai
Uruguai
Peru
Espanha
México
Fez cursos de piano e composição no Conservatório Nacional López Bouchardo e na Universidade Católica de Buenos Aires. Trabalhou com mestres destacados como Roberto Brando e Moisés Makaroff em piano, Guillermo Graetzer em Contraponto e Composição e Femina Cassanova em Harmonia.
Participou nos cursos latino-americanos de música contemporânea e nos cursos de electroacústica da Universidade Ricardo Rojas.
Viajou por todos os países da América do Sul, em especial no interior da Argentina, Bolívia e Perú, de modo a estudar as características das culturas locais, interpretando reportório próprio e de compositores argentinos e latino-americanos.
Fundou os grupos El Borde em 1989 e Ophris em 1991.
Participou como compositor em várias obras para teatro, tendo composto música para vários poetas de língua espanhola, em especial Federico García Lorca e Jorge Luís Borges, além de Neruda, César Vallejo e outros; na língua portuguesa, Fernando Pessoa e Vitorino Nemésio, em particular.
Compôs música para diferentes formações de câmara, para piano solo, para coro e orquestra, três sinfoniettas concertantes, um triplo concerto e um concertino para piano de cordas.
Leccionou no Sindicato dos Músicos e na Escola Nacional de Danzas nº 2, em Buenos Aires. É, atualmente, professor na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, no Conservatório Regional de Tomar e na Escola de Música de Santarém.