A Antena 2 apresenta, a partir de 2 de Outubro até ao final de Dezembro, a série do programa Caleidoscópio, intitulada “Haskalah" Judeus na Música Alemã, da autoria de Tânia Valente.
Caleidoscópio II | Domingo 22h00 | Quarta 13h00 | Sábado 5h00
Haskalah Judeus na Música Alemã
Por Tânia Valente
Haskalah é a palavra hebraica para conhecimento, educação e iluminação (no sentido de esclarecimento). É utilizada para descrever um movimento originário da Alemanha do séc. 18 com o objectivo de alargar a vida social e intelectual dos judeus, de forma a que eles pudessem ocupar o seu lugar na sociedade ocidental. Até ao advento da "Haskalah" os judeus viviam em comunidades fechadas, ou guetos, e a música que praticavam era sobretudo a música das sinagogas e a música mais popular, hoje conhecida como "klezmer".
A "Haskalah" foi um movimento de emancipação do povo judeu, e o grande filósofo e mentor da “Haskalah” foi Moses Mendelssohn, avô dos compositores Fanny e Felix Mendelssohn. Até ao séc. 19 são muito raros os registos de compositores e músicos judeus fora das comunidades judaicas. Por isso, este movimento permitiu que surgissem compositores judeus, como os Mendelssohn, Offenbach, Meyerbeer, Mahler, Schönberg, entre outros, que o programa dará a conhecer.
Numa série de 13 programas, Haskalah percorre a história de compositores de origem judaica na Alemanha, desde o advento do iluminismo judaico até ao pós-guerra, passando pelos ataques anti-semitas de que foram alvo, que levaram à clasificação da sua música como “arte degenerada” e que culminaram no aprisionamento de muitos talentos, nomeadamente no campo de concentração de fachada cultural em Theresienstad.
Numa série de 13 programas, Haskalah percorre a história de compositores de origem judaica na Alemanha, desde o advento do iluminismo judaico até ao pós-guerra, passando pelos ataques anti-semitas de que foram alvo, que levaram à clasificação da sua música como “arte degenerada” e que culminaram no aprisionamento de muitos talentos, nomeadamente no campo de concentração de fachada cultural em Theresienstad.
Episódios
Ep. 1 | 2 outubro
Em busca de uma identidade
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Ep. 3 | 16 outubro
O legado judaico no Conservatório de Leipzig: Ignaz Moscheles
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Ep. 4 | 23 outubro
O legado judaico no Conservatório de Leipzig: Ferdinand David e Joseph Joachim
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O legado judaico no Conservatório de Leipzig: Ferdinand David e Joseph Joachim
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Tânia Valente | Doutorada em Música e Musicologia, ramo de Interpretação, pela Universidade de Évora, divide a sua carreira de cantora com a de docente na Escola de Música do Conservatório Nacional e de investigadora no CESEM (NOVA/FCSH) e no CET-FLUL. Iniciou os seus estudos musicais no IGL. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas: Estudos Ingleses e Alemães (Faculdade de Letras de Lisboa) e em Canto (ESML).
É autora de artigos e do livro A Língua Portuguesa no Canto Lírico: contexto histórico e relações entre técnica e fonética. Em 2017 lançou o CD Cancioneiro Musical Português de Gustavo Romanoff Salvini com o pianista Bernardo Marques e convidados (projecto com o apoio da Fundação GDA), e em 2020 uma edição moderna, transcrita e comentada por si de As minhas lições de Canto: Notas ao Vaccai para uso dos portugueses (AvA Editions), também de Salvini.
É autora de artigos e do livro A Língua Portuguesa no Canto Lírico: contexto histórico e relações entre técnica e fonética. Em 2017 lançou o CD Cancioneiro Musical Português de Gustavo Romanoff Salvini com o pianista Bernardo Marques e convidados (projecto com o apoio da Fundação GDA), e em 2020 uma edição moderna, transcrita e comentada por si de As minhas lições de Canto: Notas ao Vaccai para uso dos portugueses (AvA Editions), também de Salvini.
Foi autora e apresentadora do programa Claraboia: música e literatura portuguesa para a RTP/Antena 2.
Para além de se apresentar regularmente em recitais, é membro do Coro Gulbenkian.