Condecoração para o Maestro Jorge Costa Pinto
O maestro e compositor Jorge Costa Pinto, autor do programa semanal Coreto, foi condecorado pelo chefe de Estado, a 11 de Abril, com o grau de comendador da Ordem do Mérito.
A Ordem de Mérito destina-se a galardoar atos ou serviços meritórios, praticados no exercício de de funções que revelem abnegação em favor da colectividade.
Nesta cerimónia, para além do maestro Jorge Costa Pinto, também foi condecorado o letrista e argumentista Nuno Nazareth Fernandes com o grau de comendador da Ordem do Mérito. Os músicos Fernando Tordo e Paulo de Carvalho foram agraciados por Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de comendador da Ordem da Liberdade.
Com carreiras firmadas em nome próprio ao longo das muitas décadas, os percursos destes quatro autores agora agraciados, cruzaram-se na música portuguesa, em colaborações e parcerias artísticas.
Esta distinção vem juntar-se às inúmeras já recebidas pelo Maestro Costa Pinto: “Medalha de Honra da SPA”, em 2005; “Medalha de Mérito” da Freguesia da Parede (Cascais), em 2007; “Medalha Municipal de Mérito Cultural”, da Câmara Municipal de Cascais, em 2008. É membro das organizações nacionais e internacionais: WASBE (World Association for Symphonic Bands and Ensembles ), APRS (Association of Professional Recording Services), IMMS (International Military Music Society), SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), AES (Audio Engineering Society), GDA (Direitos dos Artistas), IAJE (International Association for Jazz Education).
Jorge Costa Pinto cursou piano e composição na Academia Amadores de Música tendo como professores, entre outros, Fernando Lopes Graça, Francine Benoit; música contemporânea: Jorge Peixinho e Louis Sager.
Em Boston, USA, no Berklee College of Music estudou Jazz, Arranging , com Herb Pomeroy; com James Prógris, direção de orquestra.
Na rádio – Emissora Nacional – apresenta o seu primeiro grupo a tocar música de jazz, sob o patrocinio de Luís Vilas Boas, com quem foi co-fundador do Hot Clube de Portugal.
Na RTP, tem a oportunidade de se apresentar com várias formações – sexteto, octeto e big band – em programas de divulgação desta linguagem musical: Jazz no Estúdio ‘A’ . Neste programa, a big band, é a primeira orquestra organizada em Portugal, para interpretar JAZZ – 1963 -.
Aos 29 anos dedica-se à direcção de orquestra. Dirige em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Yoguslávia, Grécia, Irlanda, Brasil, Venezuela, Argentina, África do Sul; neste país grava música portuguesa e internacional, a convite da South African Broadcast Corporation – SABC -. Dirige as Orquestra de Câmara e Orquestra Sinfónica em concertos no City Hall e Auditório da SABC, na cidade de Johannesburg e Cap Town.
No teatro musicado estreia-se, em 1964, como compositor e maestro na peça Boa Noite Lisboa, levada à cena no Teatro Monumental, em Lisboa. No ano seguinte compõe música para a comédia O Impostor Geral, com o protagonista Raúl Solnado na inauguração do seu Teatro Villaret. Em 1988 a comédia musical Enfim Sós tem música de sua autoria e estreia no Teatro Maria Matos.
No cinema compõe a banda sonora e canções para o filme Sarilho de Fraldas, 1966. Para o filme Campista em Apúros, 1967,compõe banda sonora e canções. Em 1969, compõe a banda sonora do filme Portugal Desconhecido. Escreve o tema musical do filme luso-espanhol Os 5 Avisos de Satanás, em 1969.
Colabora como director musical em várias produções televisivas: Convívio Musical; Riso & Rítmo; Quinta do Dois; Um, Dois Três; Festivais da Eurovisão, etc..
De 1960 a 1990 , é produtor e director musical de inúmeras gravações discográficas para as etiquetas internacionais EMI, Philips, RCA, e nacionais: Tecla, Radio Triunfo, Movieplay.
Para o Ministério da Cultura, produz gravações com obras de Compositores eruditos para edições da Discoteca Básica Nacional. Na RTP (1980-1981) exerce a função de sub-director de programas, dirigindo o Departamento de Programas Recreativos e Musicais.
Professor no Conservatório Nacional de Lisboa – Escola de Música – 1987-1989, iniciou a lecionação de Jazz, como cadeira de pós-graduação.
As suas obras – jazz, câmara e sinfónicas – estão gravadas em disco e editadas em partituras, em Portugal, França, Espanha, Brasil, Japão, USA, Inglaterra, Venezuela, Yoguslávia, Grécia.
Organiza e apresenta a sua Big Band, em Julho de 2003, no XXII Festival Internacional de Jazz do Estoril; Hot Club de Portugal; Teatro Aberto, Lisboa; Quinto Funchal Jazz 04; Festival de Big Bands da Nazaré, Lagos Jazz 2004, Gala do Jazz, Estoril-2005, Centro das Artes e Espetáculos, Figueira da Foz-2007; Teatro Municipal de Almada 2008, Póvoa de Varzim 2008.
Dirige, em 2005 , a Orquestra Clássica do Centro-Coimbra, em concerto preenchido com obras de compositores portugueses, estreando a obra Danças Portuguesas nº 1, de Carlos Paredes, em versão concertante.
Na qualidade de maestro e compositor, é convidado a participar nos Cursos de Verão 2006, em Tatuí – Brasil.
O seu duplo-concerto Dialogus Tranquilis, é interpretado por Dale Underwood e Banda Sinfónica.
Colaborou em várias iniciativas editoriais: Let’s jazz in Público, 31 volumes; artigos publicados em jornais , revistas – Público; Diário de Lisboa; Diário de Notícias; Primeiro de Janeiro; Jornal da Costa do Sol; Autores; Sete – Efectua conferências sobre música.
Professor de ‘História da Música’ na Academia Sénior da C.V.P., Parede. Dirige o Coral de S. Francisco Xavier, Lisboa.
Produz e realiza, desde 2006, o programa Coreto, na Antena 2, divulgando a música bandística de todo o mundo.