6º FESTIVAL ANTENA 2
De 22 a 25 Fevereiro 2023
Centro Cultural de Belém | Lisboa
Música | Performance | Palestra
Este evento vai reverberar numa série variada de concertos de música clássica (nas suas vertentes de música sinfónica com a Orquestra Gulbenkian sob a direção de Dinis Sousa, música de câmara com os clarinetistas do Quarteto Vintage, música para piano solo com António Rosado, e música antiga com o Ensemble Fiori e Fuoco com a soprano Orlanda Velez Isidro), e ainda música coral com o Musaico sob a direção de Tiago Marques num programa baseado em harmonizações de canções dos Beatles; jazz com o Quarteto de Mário Costa e o seu projeto Chromosome que junta o baterista português ao trompetista Cuong Vu, ao pianista Benoit Delbecq e ao contrabaixista Bruno Chevillon; música para banda com a premiada Filarmónica União Taveirense dirigida por João Paulo Fernandes, e música tradicional portuguesa com o Cramol, grupo de canto tradicional de mulheres.
O menu de conteúdos inclui ainda vários pequenos sketches informais (Palavras de Bolso) destinados aos mais novos, e duas palestras em forma de entrevistas ao vivo, uma das quais com Nuno Maulide, professor de Química Orgânica na Universidade de Viena, autor do livro Como Se Transforma Ar em Pão, verdadeiro best-seller na edição livreira dedicada à divulgação científica, e outra com a consagrada escritora Lídia Jorge.
Nos quatro dias desta ocupação festiva, a Antena 2 e o CCB convidam assim os ouvintes / espectadores a celebrar ao vivo “os valores artísticos do passado, os que marcam o presente e os que o futuro nos promete”.
Diretor da Antena 2
Programação
4ª feira | 22 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Música de câmara
João Moreira, clarinete em sib
José Eduardo Gomes, clarinete em sib e cor basset
Ricardo Alves, clarinete baixoPrograma
Steve Reich (1936-?) (arr. Vítor de Faria) – New York Counterpoint
Claude Debussy (1862-1918) (arr. V. Donatelli) – Clair de Lune
Jean Françaix (1912-1997) – Petit Quatuor
I. Gaguenardise
II. Cantilène
III. Sérénade Comique
Giacomo Puccini (1858-1924) (arr. Vítor de Faria) – Quando me’n vo (La Bohème)
Vítor de Faria (1978-?) – Tributo a Zeca
Mantendo ao longo dos anos uma atividade intensa e dinâmica, o quarteto gravou os discos Art Vintage e Clair de Lune, apresentando‐se nas mais importantes salas e festivais do país, bem como no Japão, Canadá, Itália, Espanha, Bélgica e Suíça.
No ano em que celebrou 15 anos, o Quarteto Vintage estreou a primeira obra portuguesa para Quarteto de clarinetes e Banda Sinfónica – Drone Variations de Carlos Azevedo -, encomenda da Banda Sinfónica Portuguesa.
Em 2022 fez a estreia mundial da primeira peça escrita para Quarteto e clarinetes e orquestra – A bênção como espada, a espada como bênção! – da compositora Ana Seara, encomenda da Orquestra Clássica do Centro.
Depois de mais de 20 anos de atividade, o Quarteto Vintage continua a convidar o ouvinte para viagens musicais únicas, através de sonoridades ímpares e inspiradoras.
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Música Filarmónica
Tomás Martin, sax-barítono solo
Ismael Silva, marimba
[obra encomendada em estreia absoluta]Jorge Costa Pinto (1932) – Dialogus Tranquilis, op. 103
1. Andante & moderato
2. Moderato assai
3. Allegro molto
Daniel Bernardes (1986) – Deste Tempo e do Outro
1. Allegro
2. Nostálgico
3. Allegro
Aurélien Vieira Lino (1980) – A Batalha de Ragnarok
Paulo Perfeito (1974) – Rhaposódia em Blues
Luís Cardoso (1974) – Pélago para soprano e coro juvenil, op. 43
1. Barca Bela – Almeida Garrett
2. Mar Português – Fernando Pessoa
3. Os Lusíadas – Luiz Vaz de Camões
Raul Ferrão (1890-1953) e José Galhardo (1905-1967) (arr. João Fernandes) – Coimbra
5ª feira | 23 Fevereiro
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Música Barroca
Ensemble Fiori e FuocoOrlanda Velez Isidro, soprano
Pieter Affourtit, violino
Pedro Lopes, violino
Sophia Reiß, violoncelo
Helena Raposo, teorba
Programa
Dario Castello (1602-1631) – Sonata Quarta, para 2 violinos e contínuo
Giovanni Girolamo Kapsberger (1580-1651) – Prelúdio nº 12 em Lá menor
Tarquinio Merula (1595-1665) – “Canzonetta Spirituale…”
Domenico Gabrielli (1659-1690) – Ricercar 3 em Ré maior, para violoncelo solo
Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594) – “Vestiva e Colli”, para soprano e alaúde
Tarquinio Merula (1595-1665) – Ciaconna em Dó maior, para 2 violinos e contínuo
Dietrich Buxtehude (1637-1707) – “Herr wenn ich nur Dich habe”, para soprano, 2 violinos e contínuo
5ª feira | 23 Fevereiro
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Concerto | Música Sinfónica
Orquestra Gulbenkian
Programa
Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse
Igor Stravinsky (1882-1971) – Suite Pássaro de Fogo
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Música Tradicional
Ó cabo, leira, ó cabo (Douro Litoral/Aveiro/Moldes)
Senhora do Alívio (Minho/Viana do Castelo)
Canções de Embalar
Cala-te, menino cala (Covilhã)
Arroró (Ilhas Canárias/Hierro)
Embalo (Madeira/Machico)
Arroró (Zamora)
José embala o menino (Beira Baixa)
Ró Ró (Trás-os-Montes)
Maçadeiras (Beira Alta/Manhouce)
Tascadeiras do meu linho (Douro Litoral/Arouca/Espiunca)
Espadelada (Beira Alta/Manhouce)
Deita-te ao correr da água (Minho/Braga/Tebosa)
Fui falar à tecedeira (Beira Alta/Arouca/Bouça)
A Fonte do Salgueirinho (Trás-os-Montes)
Em Maio (Beira Alta/Manhouce)
Ai de mim, tanta laranja (Alentejo)
Ai ó meu S. João da Ponte (Minho/Braga/Vilarinho da Furna)
Por riba se ceifa o pão (Beira Baixa)
Misericórdia (Douro Litoral)
Aleluia (Beira Alta/Viseu/Tondela)
Abaixai-vos carvalheiras (Minho/Braga/Bouro/Amares)
Eito fora (Beira Alta)
Menina do Balho (Beira Baixa)
Serra d’Arga (Minho)
Mais de vinte mulheres cantam, muitas das vezes em círculo, polifonias tradicionalmente reservadas ao seu género. Estas mulheres, que partilham a mesma origem urbana, mas que têm profissões e idades muito diversificadas, procuram no seu interior o timbre e a disposição que nasce com cada útero. Esse timbre, por vezes estranho, por vezes estridente, toma diferentes formas não só consoante as regiões do país, mas também conforme a situação em que a canção é evocada, aquilo que conta ou de quem lhe dá voz.
Trata-se de uma pesquisa íntima para cada uma destas mulheres, tomada como uma aventura – a aventura de descobrir a essência e a força da sua feminilidade. É afinal uma outra forma de embalar um filho, de se dizer que se está feliz, que se está em sofrimento, que se está apaixonada.
O grande desafio é, mais do que reproduzir fielmente os cantos tradicionais de mulheres, enfrentar uma nova disponibilidade da voz e do corpo, recriando uma temporalidade que se julgou perdida nas sociedades de hoje.
O Cramol nasceu em 1979 no seio da Biblioteca Operária Oeirense aonde semanalmente ensaia. De um atelier de aprendizagem onde se aprendia o repertório de canto de mulheres, sobretudo da Beiras, Minho, Douro Litoral, Entre Douro e Minho, mas também Trás-os-Montes, Alentejo, Algarve, e alguma incursão nas ilhas, rapidamente se tornou um grupo de nome próprio Cramol – de clamor, o canto, a vozes, que se fazia e faz ouvir nas procissões de preces e rogações que, posteriormente deu cramol e passou a designar o canto a 3 vozes. A primeira abordagem a este repertório e à sua sonoridade deste canto, faz-se através das recolhas de Michel Giacometti e do seu trabalho com Fernando Lopes-Graça.
A paixão, a riqueza, extensão e diversidade do canto tradicional de mulheres tem mantido vivo o grupo e o repertório. O grupo foi alargando a base de trabalho a outros Cancioneiros, como o de Cinfães, Lafões, Arouca, etc.
Constituído atualmente por 21 elementos, o Cramol tem direção artística de Eduardo Paes Mamede desde 2003.
21h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Concerto | Jazz
Quarteto – Chromosome
da bateria em particular, e construiu um notável percurso ao longo dos últimos
anos: são mais de 600 os concertos realizados enquanto baterista de artistas
como António Zambujo, Miguel Araújo e Ana Moura – com quem tem atuado em algumas das mais prestigiadas
salas do mundo (de que são exemplo o Carnegie Hall, a Ópera de Sydney ou a
Filarmonia de Berlim).
uma figura em clara ascensão nesse plano, já partilhou o palco com John Taylor,
John Beasley, Vincent Peirani, Jason Rebello, Metropole Orkest,
Michael Wollny, Theo Ceccaldi, Liudas Mockunas, Dominique Pifarély, Thomas de Pourquery, Yaron Herman, Andy Sheppard (integrando o
novo quarteto do saxofonista inglês) e Emile Parisien (chamado a juntar-se ao super-grupo
revelação do jazz europeu Sfumato). Os dois registos discográficos de Sfumato,
o primeiro dos quais escolhido como álbum do ano pelos prestigiados prémios Victoires du Jazz, consagram em definitivo o
baterista português, permitindo-lhe partilhar os palcos ao lado de figuras
maiores do jazz mundial, como os lendários Michel Portal, Joachim Kühn e Wynton Marsalis.
associado a tudo o que o jazz nacional conquistou além-fronteiras e dentro destas, colaborando com
vários músicos de diferentes gerações, desde João Mortágua ou Hugo Carvalhais a Carlos Bica ou Mário Laginha.
Em 2018, com a edição de Oxy Patina, iniciou uma muito elogiada carreira enquanto
líder e compositor, acompanhado novamente por duas figuras incontornáveis do
jazz europeu: Benoît Delbecq (piano) e Marc Ducret (guitarra).
nome próprio, além de inúmeras críticas internacionais, recebeu a classificação
máxima pela revista Jazz.pt, que lhe atribuiu os títulos de “melhor disco do ano” e “músico de jazz
nacional do ano”.
Fevereiro de 2023 pela editora Cleanfeed, terá como título Chromosome, numa referência directa à composição de Mário Costa, pensada especificamente para o ADN de cada um dos
músicos que agora o acompanha. É esse sentimento, de temas preparados com o
cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas qualidades, que
engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto inesperado nos seus
nove temas.
ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou Laurie
Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de Louis Sclavis,
Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq, além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson,
fica-se com uma pálida ideia do encontro que aqui acontece. Mas porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada
composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada
um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela na união destes quatro
músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música pode falar pelo
deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de Chromosome.
Sábado | 25 Fevereiro
15h00 | 16h30 | Pequeno Auditório
Entrada livre
Maiores 6 anosPalestras | Ciência e Literatura
Programa15h00 | Nuno Maulide (com João Almeida) c/ piano
16h30 | Lídia Jorge (com Luís Caetano)
Nuno Maulide nasceu em Lisboa em 1979, é professor premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano em 2018. Estudou piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidades de Louvaina, Paris e Stanford. Em 2009 assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr. Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. Em 2021 publicou Como Se Transforma Ar em Pão, um livro sobre a relação entre a Química e tudo o que nos rodeia no dia-a-dia, um best-seller que se tornou uma referência no âmbito da divulgação científica.
19h00 | Pequeno Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Música Coral
Ringo Starr (1940) – Octopus’ Garden (arr. Tiago Marques)
John Lennon (1940-1980) / Paul McCartney (1942)
Sábado | 25 Fevereiro
21h00 | Grande Auditório
Entrada 5 €
Maiores 6 anosConcerto | Piano Solo
– El Pelele (Escena Goyesca)
– El amor y la muerte (Balada)
– Epílogo (Serenata del espectro)Federico Mompou (1893-1987) – Variações sobre um tema de Chopin
Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Espanhola
Dele disse a revista francesa Diapason que é um “intérprete que domina o que faz. Tem tanto de emoção e de poesia, como de cor e de bom gosto.”
António Rosado tem uma carreira reconhecida nacional e internacionalmente, corolário do seu talento e do gosto pela diversidade, expressos num extenso repertório pianístico que integra obras de compositores tão diferentes como Georges Gershwin, Aaron Copland, Albéniz ou Liszt. Esta versatilidade permitiu-lhe apresentar, pela primeira vez em Portugal, destacadas obras como as Sonatas de Enescu ou paráfrases de Liszt, sendo o primeiro pianista português a realizar as integrais dos Prelúdios e também dos Estudos de Claude Debussy. No registo dos recitais pode incluir-se também a interpretação da integral das sonatas de Mozart e Beethoven.
Atuou em palco, pela primeira vez, aos quatro anos de idade. Os estudos musicais iniciados com o pai tiveram continuidade no Conservatório Nacional de Música de Lisboa onde terminou o curso Superior de Piano, com vinte valores. Aos dezasseis anos parte para Paris, e aí vem a ser discípulo de Aldo Ciccolini no Conservatório Superior de Música e nos cursos de aperfeiçoamento em Siena e Biella (Itália).
Em 1980, estreou-se em concerto com a Orchestre National de Toulouse, sob a direção de Michel Plasson e desde essa data tem tocado com inúmeras orquestras internacionais e notáveis maestros como: Georg Alexander Albrecht, Moshe Atzmon, Franco Caracciolo, Pierre Dervaux, Arthur Fagen, Léon Fleischer, Silva Pereira, Claudio Scimone, David Stahl, Marc Tardue e Ronald Zollman.
Também na música de câmara tem atuado com prestigiados músicos como Aldo Ciccolini, Maurice Gendron, Margarita Zimermann, Gerardo Ribeiro ou Paulo Gaio Lima, com o qual apresentou a integral da obra de Beethoven para violoncelo e piano. Laureado pela Academia Internacional Maurice Ravel e pela Academia Internacional Perosi, António Rosado foi distinguido pelo Concurso Internacional Vianna da Motta e pelo Concurso Internacional Alfredo Casella de Nápoles. Estes prémios constituem o reconhecimento internacional do seu virtuosismo e o impulso para uma brilhante carreira, com a realização de recitais e concertos por todo o Mundo, e a participação em diversos festivais. Na década de 90, foi o pianista escolhido pela TF1 para a gravação e transmissão de três programas – música espanhola e portuguesa, Liszt e, por fim, um recital preenchido com Beethoven, Prokofiev, Wagner, Liszt. Desde a década de 80, participou inúmeras vezes no Festival de Macau, nomeadamente com a Orq. Gulbenkian, Orq. Metropolitana de Lisboa, Orq. N. da China – no concerto inaugural do Centro Cultural de Macau – Orq. Xangai, Orq. de Câmara de Macau e ainda com o clarinetista António Saiote.
O seu primeiro disco gravado na década de 80, em Paris, é dedicado a Enescu. Outros discos se seguiram, nomeadamente, as obras para piano de Vianna da Motta; um cd comemorativo dos 150 anos da passagem de Liszt por Lisboa; a Fantasia de Schumann e a Sonata de Liszt. Com o violinista Gerardo Ribeiro gravou as Sonatas para piano e violino de Brahms e com o pianista Artur Pizarro, um disco intitulado Mozart in Norway. Com a NDR Sinfonieorchestra de Hamburgo, gravou o Concerto n. 2 e Rapsódia sobre um tema de Paganini de Rachmaninov. Em Portugal gravou os dois Concertos de Brahms com a Orquestra Nacional do Porto, em 2004 a integral das Sonatas para piano de Fernando Lopes-Graça e em 2006 as oito suites “In Memoriam Bela Bartók” do mesmo compositor.
Mais recentemente os Prelúdios de Armando José Fernandes e Luís de Freitas Branco e, em 2012, a integral das Músicas Festivas de Fernando Lopes-Graça. Em 2016, lançou um disco com a Integral dos Prelúdios de Debussy (Calanda Music) e em 2017, com o apoio da Fundação GDA, lançou um disco de autor dedicado às Sonatas para violoncelo e piano de César Franck e Luís de Freitas Branco, com o violoncelista Filipe Quaresma.
António Rosado detém o prestigiado grau de Chevalier des Arts et des Lettres, distinção concedida pelo Governo Francês em 2007.
4ª feira a sábado | 22 a 25 Fevereiro
18h30 | Foyer Pequeno Auditório
Entrada livre
Maiores 6 anosPerformance | Palavras de Bolso
Paula Pina
Pode-se aprender, por exemplo, como se faz a chuva e se cria uma tempestade, ou como se evoca uma lareira a crepitar e o bater do coração, uma árvore a tombar ou um rebanho a pastar.