3 Março | 19h00
Grande Auditório
Missa Solemni, de Ludwig van Beethoven
Lucy Crowe, soprano
Beth Taylor, meio-soprano
Toby Spence, tenor
Mathew Brook, baixo-barítono
Coro e Orquestra Gulbenkian
Programa
Gloria
Credo
Sanctus – Benedictus
Agnus Dei
"O dia em que uma Missa Solene composta por mim for interpretada durante as cerimónias em honra de Vossa Alteza Imperial será o dia mais glorioso da minha vida; e Deus me iluminará para que os meus pobres talentos contribuam para a glorificação desse dia solene".
Apresentação: Maria Alexandra Corvela
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Mathew Halls | Desde setembro
de 2022, Matthew Halls é Maestro Principal e Diretor Artístico indigitado da
Filarmónica de Tampere, na Finlândia, iniciando essas funções em 2023/24. No
outono de 2022, o maestro inglês regressou a Tampere para dirigir a 7.ª
Sinfonia de Bruckner, antes de se estrear à frente da Orquestra de Câmara de Paris
e da Orquestra do Minnesota. Em seguida, dirigiu a Orquestra do Mozarteum de Salzburgo,
a Sinfónica de Houston e a Sinfónica de Indianapolis.
convidado, Matthew Halls dirige regularmente, entre outras, a Orquestra de Cleveland,
a Sinfónica de Seattle, a Sinfónica da Islândia, a Sinfónica de Viena, a
Sinfónica da Rádio Finlandesa, a Sinfónica de Dallas e a Orquestra de Câmara de
Los Angeles. Destaques recentes incluem a Sinfonia n.º 2 de Mahler, com a
Sinfónica de Toronto, a estreia americana da 4.ª Sinfonia de James MacMillan,
com a Sinfónica de Pittsburgh (previamente, dirigiu a estreia mundial do European
Requiem de MacMillan) e a sua estreia à frente da Sinfónica de Chicago.
inclui a música antiga e as interpretações de época, tendo sido um dos
primeiros maestros convidados a dirigir o Concentus Musicus Wien de Nikolaus
Harnoncourt.
dirigidos a partir do teclado, a primeira gravação de Parnasso in Festa,
de G. F. Händel (Prémio Stanley Sadie), além da Oratória de Páscoa e da Oratória
da Ascensão de J. S. Bach. No domínio da ópera, o seu repertório
estende-se de Ariodante de Händel até Madama Butterfly de
Puccini..
Lucy Crowe | Nasceu em Staffordshire e estudou na Royal
Academy of Music, em Londres. O seu repertório de ópera estende-se de Purcell a
Janáček, tendo-se apresentado na
Royal Opera House – Covent Garden, no Festival de Glyndebourne, na English
National Opera, no Teatro Real de Madrid, na Deutsche Oper Berlin, na Ópera da
Baviera (Munique) e na Metropolitan Opera de Nova Iorque. Recentemente
estreou-se na Ópera Nacional dos Países Baixos, no papel principal de Rodelinda. Outros destaques incluem os papéis de Poppea (Agrippina), na Royal Opera House, Susanna
(As bodas de Figaro), no MET,
e Pamina (A flauta mágica)
no Gran Teatre del Liceu de Barcelona. Em 2022/23, regressa à Royal Opera
House para interpretar Musetta, em La bohème.
Em concerto, Lucy Crow colaborou com prestigiadas
orquestras como a City of Birmingham Symphony, a Filarmónica de Berlim, a
Filarmónica de Viena, a Orchestra of the Age of Enlightenment, a Orquestra de
Câmara Escocesa, a Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia ou a Sinfónica
de Londres, sob a direção de relevantes maestros como E. Haïm, S. Oramo, A. Nelsons,
R. Egarr, Y. Nézet-Séguin, J. E. Gardiner, A. Pappano ou S. Rattle. Atuações
recentes incluem a Missa Solemnis de Beethoven (Sinfónica da Rádio da Baviera), Alcina e Serse, de Händel
(The English Concert, em digressão), a Oratória
de Natal, de MacMillan (Filarmónica de Londres), a Sinfonia
n.º 4 de Mahler (Sinfónica de
Londres) e Das Paradies und die Peri de Schumann (Staatskapelle Berlin). Na presente temporada, junta-se ao Monteverdi
Choir and Orchestra numa digressão europeia da Missa Solemnis
de Beethoven, incluindo os
BBC Proms.
com o Dunedin Consort (Grande Missa em Dó menor de Mozart), com a Filarmónica
de Roterdão (A Criação de Haydn), com Les Violons du Roy (Morgana,
em Alcina de Händel), no Quebeque
e em Montreal.
recital, nomeadamente em palcos como o Concertgebouw de Amesterdão, o Carnegie
Hall de Nova Iorque ou os Festivais de Aldeburgo, Edimburgo, Salzburgo e "Mostly
Mozart". É convidada regular dos BBC Proms e do Wigmore Hall. Neste
domínio, a sua gravação de estreia (canções de Berg, R. Strauss e Schönberg) foi
lançado pela Linn Records em 2021, ano em que foi
nomeada para os prémios Grammy
na categoria de "Melhor Gravação de
Ópera", em A raposinha matreira,
de Janáček, com a Sinfónica de Londres e o maestro Sir
Simon Rattle.
Beth Taylor | Nos últimos três anos, estreou-se em importantes palcos. No verão de 2022, apresentou-se pela primeira
vez no Festival de Glyndebourne, no papel de Bradamante, numa nova produção de Alcina
de Händel. Depois da sua estreia como La Cieca (La Gioconda), interpretou
Erda (O Ouro do Reno), Primeira Norna (O Crepúsculo dos Deuses)
e Schwertleite (A Valquíria) na Deutsche Oper Berlin, sob a direção de Sir
Donald Runnicles. Interpretou Falliero, em Bianca e Falliero de Rossini,
na Ópera de Frankfurt, palco onde se estreara no papel de Dardano, em Amadigi
di Gaula de Händel. Como Argia, integrou as primeiras representações
modernas de La Merope de Giacomelli, sob a direção de Andrea Marcon, no
Concertgebouw de Amesterdão.
2022/23 incluem: Arsace (Semiramide), na Deutsche Oper Berlin; a estreia
na Ópera de Zurique, no papel de Giuliano Gordio, em Eliogabalo de
Cavalli; uma nova estreia no Festival Berlioz – La Côte-Saint-André, no papel
de Ursule (Béatrice et Bénédict); e o Requiem de Mozart, no Théâtre
de Beaulieu, em Lausanne.
Outros compromissos recentes incluem: presenças
em Madrid e Basileia, para interpretar Cornelia, em Giulio Cesare de
Händel, sob a direção de Andrea Marcon; Bradamante (Alcina), na Ópera
de Nancy, com Leonardo García Alarcón; a Missa da Coroação de Mozart, no
Concertgebouw de Amesterdão; Jakob Lenz de Rihm, na estreia da cantora no
Festival d’Aix-en-Provence; Marcellina, em As bodas de Figaro, no New Generation
Festival, em Florença, Melanto, Anfinomo e Fortuna, em Il ritorno d’Ulisse
in patria, na Ópera de Lyon; Arnalta, em L’incoronazione di Poppea,
no Festival de Longborough (Gloucestershire);
Rosmira, em Partenope, no Iford Arts Festival; A raposinha matreira,
de Janáček, no Festival Grimeborn
(Londres); e Olga, em Eugene Onegin, com a Fife Opera, na
Escócia.
Conservatoire of Scotland e pela Open University. Atualmente, aperfeiçoa a sua
técnica com Jennifer Larmore e Iain Paton. Participou em masterclasses de
Sarah Connolly, Susan Graham, Sir Thomas Allen, Sophie Daneman e Dame Emma
Kirkby. Venceu o 2022 Elizabeth Connell Award, foi 3.ª classificada na 2019
Wigmore Hall Competition e premiada nos 2018 Gianni Bergamo Classical
Music Awards.
Toby Spence
| Estudou no New College, em Oxford, e na Opera School of the Guildhall School of
Music and Drama, em Londres. Venceu o prémio Royal Philharmonic Society 2011 Singer of the Year.
solicitado como solista de concerto, colaborando com orquestras e maestros de
renome internacional. Atuações recentes incluem: uma versão encenada da Oratória
de Natal de Bach, no
Teatro Arriaga, sob a direção de Calixto Bieito; Jack, em The Midsummer
Marriage de Tippett, com a
Filarmónica de Londres e Edward Gardner; o Stabat Mater de Dvořák, Das Klagendes Lied de Mahler e Die Erste Walpurgisnacht de Mendelssohn,
com a Sinfónica de Houston; a Sinfonia n.º 8 de Mahler, no Atlanta Symphony
Hall; Serenade for Tenor, Horn and Strings de Britten, com a Orquestra Nacional de Lyon; As Estações de Haydn, com a Philharmonie de Paris; a Missa em Fá menor de Bruckner,
com a Sinfónica de Basileia; A Canção da
Terra de Mahler, com a Orquestra do Festival de Budapeste e o maestro Iván Fischer; a Sinfonia Fausto de Liszt,
com a Orquestra do Mozarteum de Salzburgo; o
War Requiem de Britten, com a Orchestre de la Suisse Romande; Carmina Burana de Orff, com a Sinfónica
de Xangai e o maestro Long Yu (para o 120.º aniversário da Deutsche Grammophon);
There Was a Child, de Jonathan Dove, com a Filarmónica de Berlim; e a 9.ª Sinfonia de Beethoven, com a Filarmónica de Los Angeles.
No domínio
da ópera, Toby Spence interpretou recentemente os papéis de Aschenbach (Morte em Veneza), para a Ópera Nacional do Reno; Captain Vere (Billy Budd de
Deborah Warne), para a Ópera de Roma e a Royal Opera House; Anatol (Vanessa), para a Ópera de Frankfurt; Don Ottavio (Don Giovanni), para
o Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Eisenstein (O Morcego) e Antonio
(The Tempest), para a Metropolitan
Opera; Florestan (Fidelio),
para a Garsington Opera e a Opera North; Tom
Rakewell (The Rake’s Progress) e David (Os Mestres Cantores de Nuremberga), para a Ópera de Paris.
e Monsieur Taupe (Capriccio), na Ópera da Baviera (Munique). As apresentações em concerto incluíram
Béatrice et Bénédict de Berlioz, para o Festival de la Côte Saint-André, a Paixão segundo São Mateus de Bach, com a Residentie Orkest, e Les
Illuminations de Britten, no Teatro
Filarmonico, em Verona.
Mathew Brook | A sua carreira recebeu um
renovado impulso internacional quando, em 2007, foi atribuído um prémio Gramophone
à gravação do Messias de Händel, pelo Dunedin Consort, seguindo-se
gravações de Acis and Galatea e da Paixão segundo São Mateus
que foram igualmente elogiadas pela crítica. Apresentou-se como solista por
toda a Europa, na Austrália, nas Américas e no Extremo Oriente, colaborando com
alguns dos mais conceituados maestros.
interpretações da música de J. S Bach e de G. F. Händel, mas a sua competência
estende-se muito para além destes compositores, incluindo a interpretação de
obras encomendadas.
estreia de Dido’s Ghost de Errollyn Wallen, uma co-encomenda do Dunedin
Consort, do Barbican Centre, dos Festivais Internacionais de Edimburgo e de
Buxton e da Philharmonia Baroque Orchestra & Chorale; um regresso aos BBC
Proms para interpretar a Missa em Si menor de Bach, com a Orchestra
of the Age of Enlightenment; o Messias, com a Orquestra de Câmara
Escocesa, a Academy of Ancient Music, a BBC National Orchestra of Wales e a
Orquestra de Câmara Inglesa; A Criação de Haydn, com a Academy of Ancient Music e a Handel
and Haydn Society Boston; e a Paixão segundo São Mateus de Bach, com a Orchestra
of St Luke’s, no Carnegie Hall, e com a Sinfónica de Montreal.
entre outras obras: cantatas de Bach, com Les Violons du Roy, no Quebeque; a Oratória
de Natal de Bach, com a Orquestra Nacional de Lyon; a 9.ª Sinfonia de Beethoven, com a Royal
Philharmonic; a Paixão segundo São Mateus (Cristo) de Bach, no Concertgebouw
de Amesterdão; A Criação de Haydn, com a Sinfónica de Montreal; e A
Child of Our Time de Tippett, com a Sinfónica da BBC, sob a direção de Sir
Andrew Davies.
as editoras EMI/Virgin, Chandos, Hyperion, Naxos, Linn e Delphian. O seu mais
recente registo, intitulado Ich habe genug, Cantatas BWV 82, 32 &106,
de Bach, com o Dunedin Consort (Linn), recebeu o Choral Award dos 2022
BBC Music Magazine Awards.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.