Temporada Gulbenkian Música
25 outubro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
Carlos Ferreira & Lorenzo Viotti
Carlos Ferreira, clarinete
Orquestra Gulbenkian
Direção de Lorenzo Viotti
Programa
Wolfgang Amadeus Mozart – Concerto para Clarinete e Orquestra, em Lá maior, K. 622
Johannes Brahms – Sinfonia nº 1, em Dó menor, op. 68
Primeira de três apresentações de Lorenzo Viotti ao longo da temporada 24/25. Mantendo uma forte cumplicidade artística com a Orquestra Gulbenkian, de que foi Maestro Titular entre 2018 e 2021, Viotti dirige, neste programa inicial, duas famosas obras sinfónicas de Brahms e Mozart. Do compositor austríaco, o maestro dirige o Concerto para Clarinete, que conta com Carlos Ferreira como solista, um dos mais solicitados clarinetistas a nível internacional e Clarinete Principal na Orquestra Nacional de França.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Carlos Ferreira | Natural de Paredes, é um dos mais proclamados clarinetistas da atualidade. Vencedor do 2º Prémio no ARD International Competition em Munique, do 3º Prémio e Prémio do Público no Concurso Internacional de Genebra e do WEMAG Soloist Prize do Festspiele Mecklenburg-Vormopern.
Carlos Ferreira é atualmente Clarinete Principal numa das principais orquestras mundiais, a Orquestra Nacional de França. É convidado regular dos principais festivais e salas mundiais. Tocou como solista com diversos ensembles e formações, entre os quais se destacam a Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Filarmónica do Estado da Transilvânia, a Orquestra de Câmara de Genebra, a Münchener Kammerorchester, a Münchener Rundfunkorchester e a Orquestra Nacional de França. Academista da Orquestra Royal Concertgebouw em 2016, Carlos Ferreira continuou o seu percurso orquestral na Orquestra Filarmónica de Monte Carlo e posteriormente ocupou o lugar de Clarinete Principal na Orquestra Nacional de Lille e também na Orquestra Filarmónica de Londres.
Em música de câmara, atuou com músicos de renome mundial tais como Emmanuel Pahud, Ericle Sage, Paul Meyer, Lise Berthaud, Pierre Fouchenneret, Sarah Nemtanu, Quatuor Hermès, entre outros.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian enquanto estudava na Escola Superior de Música Reina Sofía em Madrid, na classe dos professores Michel Arrignon e Enrique Pérez Piquer. Posteriormente, ingressou no Conservatorium van Amsterdam na classe de Arno Piters, e no HEMU de Lausanne na classe de Florent Héau. Em Portugal, foi aluno de José Ricardo Freitas na Academia de Música José Atalaya e na ARTAVE, tendo concluído a licenciatura com Nuno Pinto na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
Carlos Ferreira acaba de lançar o seu primeiro álbum intitulado XX-XXI, com obras para clarinete e piano, em colaboração com o pianista e compositor Pedro Emanuel Pereira.
Carlos Ferreira é Artista Buffet Crampon e Vandoren.
Lorenzo Viotti | Na quarta temporada como Maestro Principal da Orquestra Filarmónica e da Ópera Nacional dos Países Baixos, Viotti dirige O Morcego de Johann Strauss e uma nova produção de Peter Grimes, de Benjamin Britten. Dá também continuidade à sua relação profissional com a Ópera de Zurique com uma nova produção de A Cidade Morta de Korngold. Para além dos concertos regulares e digressões com a Filarmónica dos Países Baixos, regressa aos EUA para a suas estreias com a Filarmónica de Los Angeles e com a Sinfónica de Pittsburgh. Na Europa, dirige a Filarmonica della Scala, a Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia, a Gürzenich Orchestra e a Orchester der Deutschen Oper Berlin. Estreia-se à frente da Orchestre de la Suisse Romande e conclui a temporada com a Sinfónica de Viena.
Na qualidade de maestro convidado, Lorenzo Viotti trabalhou com muitas das principais orquestras mundiais, incluindo as Filarmónicas de Viena, Berlim e Munique, a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Sächsische Staatskapelle Dresden, a Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, a Orquestra Cleveland, a Sinfónica da Rádio Sueca, a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra Estadual de Berlim ou a Sinfónica de Tóquio.
Natural de Lausanne, na Suíça, Lorenzo Viotti nasceu no seio de uma família de músicos de ascendência italiana e francesa. Estudou piano, canto e percussão em Lyon, tendo inicialmente sido percussionista da Filarmónica de Viena. Paralelamente estudou direção de orquestra com Georg Mark, em Viena, e com Nicolás Pasquet, no Conservatório Franz Liszt, em Weimar. No início da sua carreira, venceu prestigiosos concursos de direção, incluindo o Concurso Internacional de Cadaqués, o Concurso de Direção MDR (2013) e o Nestlé and Salzburg Festival Young Conductors Award (2015). Em 2017 recebeu o International Opera Newcomer Award nos International Opera Awards, em Londres. Foi Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian entre 2018 e 2021, sendo atualmente Maestro Convidado Principal.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2
Carlos Ferreira & Pedro Emanuel Pereira | 16 Outubro | 19h00
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