16 Maio | 19h00
Sala Sophia de Mello Breyner Andresen,
Concerto 10º Aniversário
Programa
Eli Camargo Jr. (1956) –
Lubramix II, música quase um doc
I. Parque das Naus
II. Juke Box (I. Berceuse na Porta do Sol)
Juke Box (II. Blues quasi una codetta)
III. Espichel
Sérgio Azevedo (1968)
–
Concertino da Camera [estreia mundial]
I. Madrigal
II. Frottola
III. Pastoral
IV. Alla Madrigalesca
Clotilde Rosa (1930-2017) – Wind Trio
Fran Griffin – The Arachnophobia
Diferenciando-se dos agrupamentos convencionais de Música de Câmara, o
Entre Madeiras Trio apresenta um trabalho pioneiro nesta área. Apresentou-se ao público pela primeira vez, a 11 de Maio de 2009, na Sala do Trono do Palácio Nacional da Ajuda, conta com uma vasta lista de concertos divulgando sempre a música contemporânea a portuguesa. Destaque para o projeto “Ligações Contemporâneas”, realizado no auditório da Casa Fernando Pessoa (concerto Antena 2) – Concertos MPMP realizados no Palácio Foz, na Casa Dr. Anastácio Gonçalves e na Biblioteca Nacional, para além de concertos realizados no Grande Auditório da ESML, na Fundação Cidade de Lisboa, no Auditório do ISEG (concerto Antena 2), na Galeria Valbom, Palácio Nacional de Mafra, Festival Internacional de Palmela 2016 (FISP), Síntese – XII ciclo de música contemporânea da Guarda, Temporada de Música de Benavente 2018, entre outros.
Adaptando-se aos variadíssimos estilos musicais, a versatilidade do saxofone, oboé e flauta, é a imagem de marca deste agrupamento. O Entre Madeiras Trio conta já com várias estreias de obras de compositores nacionais e residentes em solo português como: Eli Camargo Jr., Sérgio Azevedo, Clotilde Rosa, Christopher Bochamann, Edward Ayres D’Abreu, Rui Lavos, Nuno da Rocha e Mário Chan, Fábio Cachão, Francisco Cortés-Álvarez, Chen Yihan, Alfredo Teixeira, Ivan Moody.
A 28 de Novembro de 2015 lança o seu primeiro CD, composto exclusivamente por obras escritas para o grupo, produzido pelo MPMP. Em 2019 assinala o seu 10º aniversário com a criação do I Concurso Internacional de Composição Entre Madeiras Trio – Prémio Clotilde Rosa, assumindo-se como promotor de criação musical e homenageando Clotilde Rosa, referência da música contemporânea portuguesa, cujo aniversário também se celebrava a 11 de Maio e cuja ligação extrapolava a proximidade com as partituras.
Transmissão direta
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
Notas ao Programa
Lubramix II – música quase um doc.
Uma obra de evocações autobiográficas, escrita em 2009, conforme nos relata o Lu(so)-Bra(sileiro), por navegação vital entre o ponto de partidas ancestrais e o da recolha dos barcos – sonoridades de memórias além de mim. O Parque das Naus fica onde nasci, São Vicente (Brasil), abrigo de caravelas, jardim de lembranças surreal, infantil. Porta do Sol: entrada da Baía de S. Vicente, barra difícil, grandes ondas. Cabo Espichel: onde moro: de lá vê-se o outro lugar onde também nasci, é farol que acende a rota-retorno a um berço meu: o micro ser na maré do sem-fim: estive lá, sou cá, sou estive cá sou lá…
Concertino da Camera
Obra encomendada para assinalar o 10º aniversário do Entre Madeiras Trio. Uma peça de linguagem simples, de influência neo-renascentista, com alguma presença do folclore imaginário.
Wind Trio
Composta em 2013, é uma obra de escrita difícil que assume um lirismo com frases bem cantabiles contrapondo com uma secção rítmica bem definida. Nas palavras da compositora “Um trio especial, um desafio.”
João Andrade Nunes | Saxofone | Natural do Sabugal, ingressou no Conservatório de Música Pedro Álvares Cabral de Belmonte, em 1999, na classe de Carlos Canhoto, aos 9 anos de idade. Finalizou o Curso Supletivo Complementar de Saxofone no Conservatório Escola de Musica São José da Guarda com a classificação de 19 valores. É licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de José Massarrão. Trabalhou em regime de masterclass com Mario Marzzi, Claude Delangle, Pavel Gomziakov, Christian Lauba, Richard Ducros, entre outros.
Obteve o 3º Prémio na categoria juvenil no Concurso Internacional de Saxofones de Palmela. Tem participado em diversos projetos de divulgação de música contemporânea como Peças Frescas e Festival de Música do S. Luiz. Atualmente, frequenta o Mestrado do Curso de Direito – Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde também é docente. Foi o primeiro professor de saxofone, em Portugal, a integrar o projeto Orquestra Geração. É maestro e membro fundador do Coro e Ensemble São Tomás de Aquino. Desde 2008, é solista na Banda da Armada Portuguesa.
Miriam Tallette Cardoso | Flauta
| Nasceu em 1983, em Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Musical e Desportiva de Caneças aos 11 anos. Concluiu o curso de flauta transversal na Escola de Música do Conservatório Nacional, em 2006 na classe de João Pereira Coutinho, no mesmo ano ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Olavo Barros. É Mestre em Música, variante Interpretação pela Universidade de Évora com 17 valores, com a dissertação subordinada ao tema
A flauta no contexto da música de câmara contemporânea portuguesa – Os últimos 40 anos. Encontra-se a terminar o Mestrado em Liderança, Pessoas e Organizações na Academia Militar. Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento, onde se destaca o trabalho que desenvolveu com o flautista Michel Debost, antigo flautista da Orquestra de Paris. Foi bolseira pela associação Rotary Club Lisboa Estrela da Fundação Rotária Portuguesa. Lecionou em diversas escolas, tendo assumido a Direção Pedagógica da Academia de Música da Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo, entre 2012 e 2014. Foi a primeira mulher a ingressar na Banda Sinfónica da GNR (2008). Publicou em 2013 dois artigos “Concerto em sol menor para Flauta e Orquestra de Frederico de Freitas – uma perspetiva” na revista
Glosas e na revista
Pela Lei Pela Grei, “Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana – Há 175 anos a fazer pela cultura”. Como oradora participou em 2017 no Colóquio
Bandas e Música para Sopros: (Re)Pensar Histórias Locais e Casos de Sucesso, na FCSH – Universidade Nova de Lisboa e no Festival Flauta UÉ (Universidade de Évora).
Filipe Pereira Branco | Oboé
| Nasceu em 1982, em Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos na Banda de Música de Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures. Estudou na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Fundação Musical dos amigos das crianças, na classe de Manuel Lopes da Cruz. Frequentou ainda a Academia Nacional Superior de Orquestra nas classes de Hristo Kasmetski e de Pedro Ribeiro. É Licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa na classe de Andrew Swinnerton e Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico pela Escola Superior de Educação de Lisboa. É professor de Educação Musical em escolas do ensino básico. Desde 2003, é solista na Banda da Armada Portuguesa.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2