Temporada Gulbenkian Música

11 Novembro | 19h00

Grande Auditório

da Fundação Calouste Gulbenkian

Sinfonia Concertante

Programa

Wolfgang Amadeus Mozart – Sinfonia Concertante para Violino, Viola e Orquestra, em Mi bemol maior, K. 320d

Felix Mendelssohn- Bartholdy – Sinfonia n.º 4, em Lá maior, op. 90, Italiana

Nascido no Japão, Fumiaki Miura mudou-se para Viena ainda na adolescência, sendo mentoreado pelo maestro, violinista e violetista Pinchas Zukerman desde os 16 anos. Desde então, tem acumulado prémios e conquistado um justo lugar nos grandes palcos mundiais, tendo-se tornando também um parceiro artístico frequente de Maria João Pires. A confiança e a cumplicidade construídas com músicos desta grandeza fazem prova de um talento que já deixou de ser uma simples promessa. Sobre o seu discípulo, diz Zukerman que “a arte de Miura nos garante o mais elevado nível violinístico para as próximas décadas”.

Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Zulmira van Holstein

Fumiaki Miura | Nasceu em Tóquio, onde iniciou a sua educação musical no Conservatório, antes de se mudar para Viena para continuar os seus estudos com Pavel Vernikov e Julian Rachlin. Desde os 16 anos, Fumiaki é orientado por Pinchas Zukerman. Em 2009 foi galardoado com o Primeiro Prémio no prestigiado Concurso Internacional de Violino Joseph Joachim Hannover, sendo o vencedor mais jovem de sempre.
Após a bem sucedida residência com a Orquestra Filarmónica Real, a sua temporada 22/23 é marcada por atuações como solista com a Orquestra Sinfónica de Bilbau e a Orquestra da Fundação Gulbenkian sob a batuta de Pinchas Zukerman. Além disso, atuará com a ADDA Symphony Orchestra e Vienna Chamber Orchestra. Além disso, na música de câmara, vai atuar na Salle Gaveau (Paris) e fará uma digressão no Japão com o pianista Varvara, com quem colabora regularmente.
Miura apresentou-se com orquestras, incluindo a Los Angeles Philharmonic, NDR Radiophilharmonie Hannover, NDR Sinfonieorchester Hamburg, Radio-Sinfonieorchester Stuttgart des SWR, Sinfonieorchester Basel, Royal Liverpool Philharmonic, Wiener Kammerorchester, Prague Philharmonia, Mariinsky Theatre, Tchaikovsky Symphony Orchestra, NAC Orchestra Ottawa, Orchester de Chambre Lausanne, Warsaw Philharmonic, NHK Symphony Orchestra, Tokio Metropolitan Symphony Orchestra, Utah Symphony, Japan Philarmonic, Orchester Nationale du Capitole de Toulouse, BBC Royal Scottish National Orchestra, Gothenburg Symphony Orchestra, Düsseldorf Symphoniker, hr-Sinfonieorchester ou Hong Kong Sinfonietta, entre outras. 

Fumiaki Miura toca sob a batuta de maestros como Valery Gergiev, Gustavo Dudamel, Pinchas Zukerman, Krzysztof Penderecki, Vladimir Fedoseyev, Andrés Orozco-Estrada, Kazushi Ono, Hannu Lintu, Jakub Hrůša, Vasily Petrenko, Josep Pons, Patrick Hahn, Santtu-Matias Rouvali, Stéphane Denève, Kristjan Järvi, Tatsuya Shimono, Terry Fisher e Rafael Payaré.
Tem sido convidado regularmente para festivais internacionais de música como o Miyazaki International Music, Ravinia Festival, Julian Rachlin and Friends, Schleswig-Holstein Musik Festival, Musique de Menton, Gyeonggi Chamber Music Festival e Menuhin Festival Gstaad. Fumiaki também se apresentou no Auditorium du Louvre e Théâtre des Champs-Élysées em Paris, Auditorio em Madrid, Palau de la Música em Barcelona, ​​Elbephiharmonie em Hamburgo e no Wigmore Hall em Londres.
Miura colaborou com artistas como Yuri Bashmet, Itamar Golan, Sunwook Kim, Mischa Maisky, Maria João Pires, Lawrence Power, Julian Rachlin, Torleif Thedéen, Nobuyuki Tsujii, Jonathan Roozeman, Varvara ou Pinchas Zukerman.
A sua discografia inclui sonatas para violino de Prokofiev com o pianista Itamar Golan para a Sony Japan, bem como concertos para violino de Mendelssohn e Tchaikovsky com a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin e Hannu Lintu editados com selo Avex-Classics.
Fumiaki Miura toca num Stradivarius de 1704 chamado “ex Viotti” gentilmente cedido pela Fundação Munetsugu.

Pinchas Zukerman | Violinista, violetista e maestro israelo-americano. Com uma carreira de cinco décadas, P. Zukerman é considerado como um dos músicos mais procurados e versáteis da atualidade – solista de violino e viola, maestro e músico de câmara. É conhecido como um virtuoso, admirado pelo lirismo expressivo nas suas interpretações, beleza singular de tom e musicalidade impecável. A sua discografia compreende mais de 100 álbuns, tendo ganho dois prémios Grammys e 21 nomeações.

Nasceu em Tel Aviv, filho de sobreviventes do Holocausto. Foi para os Estados Unidos em 1963 e estudou na Juilliard School. 

Iniciou a sua carreira de maestro em 1970 com a English Chamber Orchestra, e atuou como diretor do South Bank Festival de Londres de 1971 a 1974. 

De 1980 a 1987, foi diretor da Saint Paul Chamber Orchestra no Minnesota.

Foi diretor musical em festivais de verão da Orquestra Sinfónica de Dallas (1991–95) e da Orquestra Sinfónica de Baltimore (1996–99). Em 1999, tornou-se Diretor Musical da National Arts Centre Orchestra do Canadá (NACO) em Ottawa, deixando o cargo em 2015. Atua como Maestro Convidado Principal da Royal Philharmonic Orchestra desde 2009.

Zukerman faz parte do corpo docente da Manhattan School of Music, em Nova Iorque.

Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.

Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.    

Fotos Jorge Carmona / Antena 2