2 Dezembro | 21h30
23ª Gala de Ópera
Concerto integrado nas
Comemorações do 50º Aniversário da da Orquestra Sinfónica Juvenil
Aula Magna da Universidade de Lisboa
+ info
Alexandra Bernardo, soprano
Carlos Monteiro, tenor
André Henriques, barítono
Coro de Câmara da Universidade de Lisboa
Coro de Câmara do Instituto Gregoriano de Lisboa
Vocal Da Capo
Orquestra Sinfónica Juvenil
Direção de Christopher Bochmann
Programa
Engelbert Hunperdink – Hansel und Gretel
Richard Wagner – Tannhäuser – “Wie Todesahnung…O du, mein holder Abendstern”
Richard Wagner – Lohengrin – “Treulich geführt ziehet dahin”
Carl Maria von Weber – Der Freischütz – “Cavatina de Agathe”
Giusepe Verdi – La forza del destino – “Le minacce, i fieri accenti”
Giusepe Verdi – La Traviata – “Si ridesta in ciel l’aurora”
Gaetano Donizetti – Don Pasquale – “A quel vecchio affe la testa”
Giusepe Verdi – I Lombardi alla prima Crociata – “O Signore dal tetto nation”
Carl Maria von Weber – Der Freischütz – “Durch die Wälder, durch die Auen”
Giusepe Verdi – La traviata – “Parigi, o cara”
Gaetano Donizetti – Lucia di Lammermoor – “Per te d’immenso giubilo”
Gioachino Rossini – Il Barbiere di Siviglia – “Zitti, zitti, piano piano”
Gaetano Donizetti – La Fille du Regiment – “Tous les trois reunis”
Carl Otto Nicolai – Die lustigen Weiber von Windsor – “Er gesteht noch immer nicht”
A Gala de Ópera da OSJ, que, desde há 23 anos acontece na Aula Magna, ganhou, já, estatuto de grande acontecimento musical.
Pelo rigor colocado na preparação do repertório.
Pela excelência da direção a cargo de uma figura incontornável da cultura musical portuguesa Christopher Bochmann.
Pelo nível superlativo dos cantores solistas.
Pelo impacte de mais de 150 jovens músicos e coralistas em palco.
Pelo público que sempre acorre em grande número, esgotando os 1.600 lugares da Aula Magna.
Com um repertório que inclui trechos das mais famosas óperas mundiais, a Gala de Ópera da OSJ pretende levar ao grande público a magia da ópera, e, este ano, simultaneamente, celebrar os 50 anos da mais antiga orquestra sinfónica portuguesa.
Um concerto de música “clássica”, mas que se pretende tão descontraído e alegre quanto o são os 150 jovens que, em palco, vão apresentar o resultado de um trabalho longo e perseverante.
Concerto gravado pela RTP/Antena 2
para posterior transmissão
Produção: Alexandra Louro de Almeida
Alexandra Bernardo | Especializou-se em Ópera com Elena Dumitrescu-Nentwig. Trabalhou com Joana Levy, Nico Castel e Pamela Armstrong.
O seu percurso operático tem sido feito, em grande parte, através das personagens de Mozart como Donna Anna (Don Giovanni), Fiordiligi (Così fan tutte), Vitellia (La Clemenza di Tito) e Pamina (Die Zauberflöte), mas inclui também interpretações de Dido (Dido & Aeneas, Purcell), Euridice (Orfeo ed Euridice, Gluck), Cunegonde (Candide, Bernstein), Violetta (La Traviata, Verdi) e Micaëla (Carmen, Bizet).
Em concerto, destacam-se os Requiems de Brahms, Mozart, Fauré, Duruflé e Rutter, Lauda per la Natività del Signore de Respighi, Exsultate, jubilate de Mozart, Magnificat em Talha Dourada de E. Carrapatoso, Gloria de Vivaldi, Magnificat de Bach, a cantata O holder Tag, erwünschte Zeit de Bach, a Fantasia Coral e 9ª Sinfonia de Beethoven e a 4ª Sinfonia de Mahler.
Conquistou vários prémios nacionais e internacionais (1º Prémio e Prémio do Público no 8º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa, o 2º Prémio e Prémio do Público do 15º Concurso de Interpretação do Estoril, ou o 3º Prémio no 1st Barcelona Music Festival Competition, entre outros).
Tem colaborado com orquestras como Divino Sospiro, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra do Norte, Orquestra de Guimarães, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa e Orquestra Gulbenkian.
É membro fundador da Nova Ópera de Lisboa.
Carlos Monteiro | Iniciou os estudos musicais no Conservatório Regional de Setúbal. Licenciou-se em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Lisboa. Fez o curso de Canto no Conservatório Nacional de Lisboa com Rute Dutra.
Concluiu a licenciatura em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa com Luis Madureira. Terminou em 2018 o Mestrado em Canto no Real Conservatório de Haia na classe de Rita Dams.
Em Ensemble trabalha regularmente com La Capella Reial de Catalunya (Jordi Savall). É membro do Grupo Vocal Olisipo.
Desde 2009 que se apresenta como solista em produções de diferentes géneros musicais.
Em ópera, entre vários papéis, interpretou: Peppe em Rita (G. Donizetti); Don Ottavio em Don Giovanni (W. A. Mozart); Commissario di Polizia em Il Signor Bruschino (G. Rossini); Basilio/Don Curzio em Le Nozze di Figaro (W. A. Mozart); Gherardo em Gianni Schicchi (G. Puccini); Nerone em L’Incoronazione di Poppea (C. Monteverdi); Gérald em Lakmé (Léo Delibes).
Participou em várias gravações, entre as quais: Lux in Tenebris, Obras de Jean-Sébastien Béreau (La Mà de Guido); Magnificat & Concerti, Jordi Savall (Alia Vox); Guerre & Paix, Jordi Savall (Alia Vox); Heinrich Isaac, Jordi Savall (Alia Vox); Messiah, Jordi Savall (Alia Vox).
André Henriques | É diplomado em Canto pela Escola de Música do Conservatório Nacional (classe de António Wagner Diniz) e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar Opera Performance na Royal Welsh College of Music and Drama (onde estudou com Donald Maxwell). Atualmente, aperfeiçoa-se regularmente com Lúcia Lemos.
De entre os vários projetos em que participou, destaque para a estreia absoluta de A Canção do Bandido (de Nuno Côrte-Real/Pedro Mexia com encenação de Ricardo Neves-Neves), onde cantou o papel de Macaco, numa co-produção entre o Teatro Nacional de São Carlos e o Teatro da Trindade/Força de Produção; o papel titular de Don Giovanni de Mozart com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (direção de Pedro Amaral); e as partes de baixo-barítono de Die Schöpfung de Haydn na Fundação Gulbenkian (dir. Leonardo Garcia Alarcón).
Recentemente, cantou papéis como o Baixo de A Laugh to Cry de Miguel Azguime no O’culto da Ajuda (dir. Pedro Neves); Bellini Belcanto em O Anel do Unicórnio, numa produção do Teatro do Eléctrico; Don Parmenione em L’occasione fa Il ladro de Rossini, no Festival de Música de Sintra; e Don Alvaro em Viaggio a Reims, no CCB.
Coro de Câmara da Universidade de Lisboa | É fundado em Maio de 1997 pelo então diretor artístico, Maestro José Robert, tendo como maestro assistente Pedro Teixeira. Desde 2010 é dirigido pelo maestro Luís Almeida.
Do repertório do coro destacam-se várias primeiras apresentações nacionais, como a Bendita Sabedoria de Heitor Villa Lobos, Pai Nosso de Janacék, Réquiem para seis Vozes de Duarte Lobo e a Missa Brevis de Kodaly. Tem promovido também um trabalho de divulgação de jovens compositores portugueses, apresentando em primeira audição mundial a Missa Brevis em Memória de Aristides de Sousa Mendes de Sérgio Azevedo e Díptico Mariano de Eurico Carrapatoso, dedicado ao CCUL e interpretado no Concerto Comemorativo do 10º aniversário do Coro.
Participou em diversos festivais, nomeadamente no Festival dos Cem Dias, no âmbito da Exposição Mundial de Lisboa (1998), Festival Mundial de Coros de Puebla, México (2001), Semana Coral Internacional de Álava, Espanha (2002), Festival de Inverno de Sarajevo (2003), Festival Música em São Roque, Festival de Música de Santarém, Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora”, Festival Internacional de Música de Tomar, Ciclo de Música Acústica de Cascais, Festival Cistermúsica, Festival Corolário (2011) – no qual recebe uma menção honrosa pela apresentação, em estreia mundial, de Manta de Poemas de Silvia Mendonça – e no IX Cantemus Festival na Hungria (2012). Já se apresentou na Fundação das Casas da Fronteira e Alorna, Centro Cultural de Belém, Palácio das Galveias, Sé de Lisboa, Basílica de Mafra, Igreja de São Roque, Culturgest e Aula Magna, bem como noutras localidades em todo o país.
Das parcerias com o Coro da Universidade de Lisboa, destacam-se a Missa em Ré Maior de Dvórak, Catulli Carmina de Carl Orff, a cantata ecológica Summer Sunday, O Pequeno Dicionário do Menino Jesus de Fernando Lopes-Graça – esta última obra sob a direção do maestro Jean Sébastien Béreau – e a Mass of the Children de John Rutter, com o Coro Infantil da Universidade de Lisboa e o Coro da Universidade de Lisboa.
Coro de Câmara do Instituto Gregoriano de Lisboa | Foi criado por Christopher Bochmann com o objetivo de desenvolver um trabalho especializado com os alunos mais avançados desta escola. Poderiam ser assim abordados tipos de repertório que, pela sua dificuldade ou especificidade, não se destinariam à generalidade dos alunos. O coro é formado por alunos e ex-alunos do Instituto Gregoriano.
O extenso repertório de música a cappella que se estende da Renascença ao Século XXI inclui obras como as Missae Pro Defunctis de Duarte Lobo e Frei Manuel Cardoso, Un Soir de Neige de Francis Poulenc, Hymn to Saint Cecília de Benjamin Britten e o motete a 40 vozes Spem in Alium de Thomas Tallis
Para além de concertos com música a cappella, o Coro de Câmara apresentou-se já em obras como as óperas Venus and Adonis de John Blow, Dido and Aeneas de Henry Purcell, La Déscente d’Orphée aux Enfers de Marc Antoine Charpentier e Don Quixotte chez la Duchesse de Joseph Bodin de Boismortier, Responsoria in Festo Sanctae Anne de João de Sousa Carvalho, Magnificat e Oratória de Natal de Bach, Requiem em Memória de Camões de Domingos Bomtempo, Requiem, Missa em dó menor e Missa da Coroação de Mozart, Missa Nelson de Haydn, Requiem de Fauré, Requiem de Duruflé e Plaint de Christopher Bochmann, em colaboração com a Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Sinfonia B, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra do Algarve e Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Desde a sua formação o coro participou em concertos em todo o país, destacando-se participações no Festival Internacional de Música do Algarve, Festival do Estoril, Música em S. Roque, Musicaldas, Festival de Órgão de Lisboa e Festival de Música de Guimarães. Participou também no Festival Coros de Verão em Lisboa, tendo conquistado medalhas de prata e ouro nas categorias de coros mistos e música sacra.
O coro foi dirigido pelos maestros Christopher Bochmann, Vasco Pearce de Azevedo, Armando Possante e, desde 2020, por Filipa Palhares.
Vocal Da Capo | Fundado em janeiro de 1982 e constituído legalmente como Associação em outubro de 1994.
Em Junho de 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural, pela Câmara Municipal de Cascais, em reconhecimento da atividade exercida em prol da cultura, e em Julho de 2009 foi declarada, pelo Primeiro Ministro, Pessoa Coletiva de Utilidade Pública.
Dedica-se a repertório que abrange música sacra e profana desde o século XIII até à atualidade.
Entre 2000 e 2009 participou no 6º Festival Internacional de Corais, em Juiz de Fora, Brasil. Deslocou-se a Espanha e França tendo atuado em Valladolid, Salamanca e Biarritz.
Participou, em Praga, no XIV Festival Internacional de Música do Advento e Natal, tendo obtido o Diploma Prata. Participou também no 11º Festival Internacional de Coros da Alta Pusteria, Itália, e, em Barcelona, nas 44ª Jornadas Internacionais de Cant Coral.
Em Novembro de 2006 lançou o seu segundo CD, Axis Mundi, obra original do maestro e compositor, Eduardo Paes Mamede que dirigiu o Vocal Da Capo durante 22 anos.
Em 2011 participou no 80º aniversário do Museu dos Condes de Castro Guimarães.
É dirigido desde 2016 pela maestrina Filipa Palhares.
Orquestra Sinfónica Juvenil | Fundada em 1973, é hoje reconhecida como uma instituição fundamental no nosso panorama músico-pedagógico.
Sendo em Portugal a única orquestra de jovens com atividade permanente, desempenha um papel fulcral na formação de jovens músicos, numa perspetiva de aperfeiçoamento de alto nível e profissionalização.
Nestes 50 anos de existência, a OSJ recebeu e formou muitos dos atuais instrumentistas das nossas orquestras, incentivou e deu a conhecer ao público muitos jovens solistas e levou a sua ação em favor da cultura musical a todo o país, contribuindo para a criação de novos públicos.
Contando nos seus quadros com 70 elementos das diversas escolas de música da área de Lisboa, o seu repertório, em permanente renovação, é ambicioso e vasto: foram já tocadas mais de 800 obras abrangendo os séculos XVIII, XIX e XX.
A OSJ e os seus agrupamentos são convidados para atuar em importantes acontecimentos artísticos. Em 1990, a convite da UNESCO, participou num estágio de aperfeiçoamento orquestral em Hortos (Grécia). Em 2002, representou Portugal no Festival Internacional de Jovens de Tianjin, China. Em Agosto de 2005, efetuou um Estágio em Vigo (Galiza) em colaboração com a orquestra de jovens local. Em 2007 uma formação da Orquestra Sinfónica Juvenil efetuou uma digressão na Índia com concertos em Goa e Bangalor. Agrupamentos de câmara da OSJ apresentam-se todos os anos em Espanha, desde 2013. Em 2016 o Quarteto de Cordas da OSJ efetuou uma digressão na Índia, com concertos em Nova Deli, Bombaim e Goa. Em 2018 e 2019 apresentou-se em Macau (Igreja de S Domingos e Centro Cultural.
Em 2022 realizou um concerto de particular sucesso no Teatro Ayalla de Badajoz.
A OSJ encomenda regularmente obras a jovens compositores portugueses, apresentando-as em estreias mundiais.
Mantém acordos de colaboração com orquestras similares de vários países, com as quais estabelece intercâmbio de jovens músicos.
Nos períodos de férias de Verão, realiza estágios de aperfeiçoamento orquestral, com uma presença regular na Região Autónoma dos Açores.
A OSJ colabora regularmente com diversos coros na apresentação de repertório coral-sinfónico.
Para além dos Maestros-Titulares (Alberto Nunes de 1973–83) e Christopher Bochmann (desde 1984) foi dirigida por Francisco d’Orey, Jorge Matta, António Saiote, Roberto Perez, Georges Adjinikos, José Palau, Andrew Swinerton, Vasco Azevedo, Julius Michalsky e Pedro Amaral.
A OSJ desenvolve as suas atividades com o apoio do Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e Juventude, RTP, Câmara Municipal de Lisboa e com o apoio mecenático da Fundação EDP, instituição com a qual tem desenvolvido um fecundo programa de bolsas.
Christopher Bochmann | Filho de pais violoncelistas, viveu nove anos na Turquia, em criança. Cantou no coro de St. George´s Chapel, Castelo de Windsor, continuando os estudos no Radley College. Estudou particularmente com Nadia Boulanger, em Paris, antes de entrar para o New College, Universidade de Oxford, onde trabalhou com David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson. Foi em Oxford que adquiriu os graus de B.A.Hons., B.Mus., M.A. e D.Mus.
Estudou, também, particularmente, com Richard Rodney Bennett, em Londres.
Lecionou em Inglaterra e no Brasil, onde esteve ligado durante dois anos à Escola de Música de Brasília. Tem lecionado regularmente no Curso Internacional de Verão de Brasília.
Desde 1980, vive e trabalha em Lisboa. Foi professor do Instituto Gregoriano de Lisboa e do Conservatório Nacional. De 1985 a 2006, foi professor da Escola Superior de Música de Lisboa, da qual foi Diretor durante seis anos e onde, por quase vinte, coordenou o Curso de Composição. É Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Évora.
Em 2003, publicou o livro Linguagem Harmónica do Tonalismo (JMP).
Desde 1984 é maestro-titular da Orquestra Sinfónica Juvenil com a qual já dirigiu centenas de concertos. Com esta orquestra, gravou cinco CD com obras suas, para além de ter estreado várias outras.
Ganhou vários prémios de composição: entre outros, o Prémio Lili Boulanger (duas vezes) e o Clements Memorial Prize.
Em 2004 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura (Portugal).
Em Junho de 2005 foi agraciado com a Order of the British Empire pela Rainha Isabel II (Reino Unido).
Em 2023 foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Christopher Bochmann tem uma ampla lista de obras para quase todos os géneros, para além de numerosos arranjos e orquestrações.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2