25 Novembro | 19h00
Grande Auditório
Karen Gomyo & Valentina Peleggi
1. Nocturne: Moderato
2. Scherzo: Allegro
3. Passacaglia: Andante – Cadenza –
4. Burlesque: Allegro con brio – Presto
Piotr Ilitch Tchaikovsky – Sinfonia n.º 4, em Fá menor, op. 36
2. Andantino in modo di canzona
3. Scherzo: Pizzicato ostinato – Allegro
4. Finale: Allegro con fuoco
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Karen Gomyo | Nasceu na cidade de Tóquio, mas iniciou a sua formação musical em Montreal, no Canadá. Mais tarde mudou-se para Nova Iorque, onde estudou na Juilliard School. Atualmente reside em Berlim e apresenta-se com regularidade com as principais orquestras europeias, norte-americanas, australianas e da Nova Zelândia. Na presente temporada, estreia-se com a Orquestra Sinfónica de Pittsburgh, a Metropolitana de Tóquio, a New World Symphony e a Metropolitana de Montreal. Colabora também com a Sinfónica de Bamberg, num concerto na Isarphilharmonie de Munique, com a Filarmónica de Los Angeles, com a National Arts Centre Orchestra e com a Orquestra Sinfónica Nacional de Taiwan. Participa no Festival de Música de Seattle e apresenta-se com a pianista Kiveli Dörken e o violoncelista Julian Steckel em vários concertos na Alemanha.
Karen Gomyo demonstra um interesse particular pela interpretação do repertório contemporâneo. Em 2015 realizou a estreia norte-americana do Concerto n.º 2, Mar’eh, de Matthias Pintscher, com a National Symphony Orchestra (Washington D.C.), sob a direção do compositor. Em 2018 estreou o novo Concerto de Câmara de Samuel Adams, com a Sinfónica de Chicago e o maestro Esa-Pekka Salonen. Outros maestros com os quais colaborou incluem Sir Andrew Davis, David Robertson, David Zinman, Hannu Lintu, Pietari Inkinen, Jaap van Zweden, Dima Slobodeniouk, James Gaffigan, Karina Canellakis, Leonard Slatkin, Louis Langrée, Mark Wigglesworth, Neeme Järvi, Pinchas Zukerman, Thomas Dausgaard, Thomas Søndergård, Vasily Petrenko ou Yannick Nézet-Séguin.
Karen Gomyo é também uma admiradora e grande intérprete do Nuevo Tango de Astor Piazzolla, tendo recentemente colaborado com Pablo Ziegler, o lendário pianista de Piazzolla, e com os bandoneonistas Hector de Curto e JP Jofre. Em 2021 a BIS Records lançou o álbum A Piazzolla Triology, gravado com um grupo de cordas da Orchestre National des Pays de la Loire e a guitarrista Stephanie Jones.
No domínio da música de câmara, Karen Gomyo tem colaborado com outros artistas de topo como Kathryn Stott, Leif Ove Andsnes, James Ehnes, Antoine Tamestit, Emmanuel Pahud, Lawrence Power, Christian Poltéra, Alisa Weilerstein, Tine Thing Helseth, Lars Anders Tomter, Eric le Sage, Daishin Kashimoto e Paul Meyer. Realizou uma digressão na Austrália com a meio-soprano Susan Graham e membros da Orquestra de Câmara Australiana. Participa como violinista, anfitriã e narradora num filme documental sobre Antonio Stradivari, intitulado The Mysteries of the Supreme Violin, produzido pela NHK.
Valentina Peleggi | É Diretora Musical da Richmond Symphony (Virgínia, EUA) desde a temporada 20/21 e já revitalizou a produção artística da orquestra. Enquanto se concentra no desenvolvimento do som da própria orquestra, também lançou novos formatos de concerto, juntou-se a parcerias nacionais de co-comissão, iniciou um programa de residência de composição de 3 anos, lançou masterclasses em colaboração com as universidades locais e defendeu compositores negligenciados de diversas origens. Durante a pandemia, fez parte do júri do primeiro concurso virtual Menuhin organizado pela Richmond Symphony.
Em 2021 foi lançado o seu primeiro CD, com obras a cappella de Villa-Lobos numa nova edição crítica para Naxos, editada por Valentina Peleggi e interpretada pelo Coro Sinfónico de São Paulo, do qual foi Maestro Titular e Assessora Artística. Foi simultaneamente regente residente da Orquestra Sinfónica de São Paulo.
A primeira mulher italiana a ingressar no programa de Direção de Orquestra da Royal Academy of Music de Londres, V. Peleggi formou-se com distinção e foi premiada com o DipRAM com um excelente concerto final, assim como vários outros prémios, e foi recentemente homenageada com o título de Associada. Prosseguiu os seus estudos com David Zinman e Daniele Gatti no Zurich Tonhalle e em masterclasses do Royal Concertgebouw. Ganhou o Prémio de Regência 2014 no Festival Internacional de Inverno Campos do Jordão, recebeu uma bolsa Bruno Walter Foundation no Cabrillo Festival of Contemporary Music na Califórnia, e uma bolsa Taki Concordia Conducting Fellow 2015-2017 sob orientação de Marin Alsop.
Peleggi estudou na Itália com Piero Bellugi, Gianluigi Gelmetti e Bruno Campanella. Possui mestrado em Direção de Orquestra com distinção pelo Conservatorio Santa Cecilia de Roma, e em 2013 recebeu o maior prémio da Accademia Chigiana, passando a assistir Bruno Campanella e Gianluigi Gelmetti no Teatro Regio di Torino, Opera Bastille Paris, Lyric Opera of Chicago, Teatro Regio di Parma e Teatro San Carlo. Foi também assistente numa transmissão ao vivo mundial e produção de DVD da Cenerentola de Rossini com a Orchestra Nazionale della RAI. De 2005 a 2015 foi Maestro Titular e Diretora Musical do Coro Universitário de Florença e continua sendo sua Maestro Honorária, recebendo um prémio especial do Governo em 2011 em reconhecimento deste seu trabalho.
Valentina Peleggi é apaixonada pelas artes e tem mestrado em Literatura Comparada.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.