Temporada Gulbenkian Música
2 maio | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
La Valse
Marco Pereira, violoncelo
Orquestra Gulbenkian
Direção de Aziz Shokhakimov
Programa
Bedřich Smetana – A Minha Pátria: O Moldava
Edward Elgar – Concerto para Violoncelo e Orquestra, em Mi menor, op. 85
Claude Debussy – La Mer
Maurice Ravel – La Valse
Aos 21 anos, Aziz Shokhakimov foi o precoce segundo classificado do disputado Prémio Internacional Gustav Mahler para Maestros. Desde esse momento auspicioso, em 2010, conquistou um lugar entre os maestros mais requisitados, tendo sido distinguido, seis anos mais tarde, com o Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros. Atual Diretor Musical da Orquestra Filarmónica de Estrasburgo, o jovem maestro uzbeque dirige a Orquestra Gulbenkian num programa que inclui Smetana, Debussy, Ravel e o imperdível Concerto para Violoncelo de Elgar, com o solista Marco Pereira.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Marco Pereira | Estudou violoncelo na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo e na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, com Paulo Gaio Lima. Frequentou posteriormente a Escuela Superior de Música Reina Sofia, em Madrid, onde foi aluno de Natalia Shakovskaya. Durante este percurso teve a oportunidade de trabalhar com outros grandes mestres do violoncelo como Natalia Gutman, Gary Hoffman, Phillipe Muller, ou Ivan Monighetti.
O quarteto de cordas esteve sempre presente na sua carreira, desde muito cedo, atingindo o seu auge com a fundação do Quarteto de Cordas de Matosinhos. Este quarteto foi selecionado como ECHO Rising Stars 2015.
Em 2003, Marco Pereira foi laureado nos concursos Júlio Cardona da Juventude Musical Portuguesa e no Prémio Jovens Músicos da RTP/Antena 2, neste, na categoria de música de câmara nível médio com 1º e 3º prémio. Também ganhou o 1º prémio no mesmo concurso (PJM), na categoria de violoncelo nível Superior em 2003. A nível internacional, foi-lhe atribuído um 1.º prémio no concurso Liezen International Wettbewerb für Violoncello, na Áustria. Recebeu também o 1º premio no VI Certamen de Música de Cámara del Sardinero, em Santander, em 2006.
Marco Pereira é 1º Solista no naipe de violoncelos da Orquestra Gulbenkian. Apresenta-se regularmente como solista de concerto, tendo colaborado com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Joensuu Orchestra (Finlândia) e a Orquestra do Atlantic Music Festival (E.U.A.), entre outras.
Foi professor de violoncelo na Universidade de Aveiro e na Universidade do Minho. Desde 2011, é D’Addario Bowed Artist e Faculty Artist do Atlantic Music Festival – Watterville (E.U.A.).
Aziz Shokhakimov | É Diretor Musical da Orquestra Filarmónica de Estrasburgo e Diretor Artístico da Orquestra Filarmónica Tekfen (Turquia). Entre 2015 e 2021, foi Kapellmeister na Deutsche Oper am Rhein. Como maestro convidado, dirigiu a Sinfónica da Rádio da Baviera, a NDR Elbphilharmonie Orchester, a Sinfónica WDR (Colónia), a Filarmónica da Radio France, a hr-Sinfonieorchester Frankfurt, a Sinfónica de Houston, a Sinfónica de Toronto e a Sinfónica de Seattle, entre outras prestigiadas orquestras.
No domínio da ópera, na temporada passada, Shokhakimov estreou-se com a Ópera Nacional de Paris, em Lucia de Lammermoor. A temporada 2023-2024 inclui a sua estreia com a Bayerischer Staatsoper, na direção de A Dama de Espadas de Tchaikovsky. Com a Filarmónica de Estrasburgo dirige uma nova produção de Lohengrin na Ópera do Reno. Como Kapellmeister na Deutsche Oper am Rhein, dirigiu novas produções de A Dama de Espadas, Madama Butterfly, Salome e Tosca.
Aziz Shokhakimov tem uma relação especial com o Festival de Salzburgo, onde foi distinguido com o prestigiado Prémio para Jovem Maestro, em agosto de 2016. Regressou em 2017 para dirigir o concerto dos laureados, à frente da Sinfónica da Rádio de Viena, e em 2019 para dirigir na Cerimónia de Abertura do Festival de Salzburgo, com a violinista Patricia Kopatchinskaja.
Aziz Shokhakimov nasceu em 1988 em Tashkent, no Uzbequistão. Aos seis anos ingressou na Escola de Música Uspensky, onde estudou violino, viola e direção de orquestra. Aos treze anos dirigiu a Sinfonia nº 5 de Beethoven e o Concerto para Piano nº 1 de Liszt, à frente da Sinfónica Nacional do Uzbequistão. No ano seguinte dirigiu a sua primeira ópera, Cármen, na Ópera Nacional do Uzbequistão. Foi Maestro Assistente da Sinfónica Nacional do Uzbequistão, tendo assumido as funções de Maestro Principal em 2006. Em 2010 foi segundo classificado no Concurso Internacional Gustav Mahler, em Bamberg.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2 (2023)