10 Setembro | 21h00
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Pedro Ramos
a 11 de Outubro de 2019
Concerto Euroradio Premium
Prokofiev e Shostakovich
Nikolai Demidenko, piano
Direção de Pablo González
Programa
Música bajo sospecha [Música sob suspeita]
Sergei Prokofiev – Concerto para piano e orquestra nº 2 em Sol menor, Op. 16
Dimitri Shostakovich – Sinfonia nº 5 em Ré menor, Op. 47
Para saber mais sobre este concerto, clicar aqui.
Para aceder ao Programa do Concerto (em castelhano), clicar aqui.
Este concerto, com obras de Prokofiev e Shostakovich, é o primeiro da série ‘Música sob Suspeita’, da temporada da Orquestra Sinfónica da RTVE, que inclui algumas partituras de compositores soviéticos entre 1922 e 1953, obras que podem ter afectado não só a carreira artística dos seus compositores, mas também as suas vidas.
Em primeiro lugar, a interpretação do Concerto para Piano nº 2 de Prokofiev que, na sua estreia, provocou uma forte reação do público, por ser considerado muito vanguardista. Prokofiev escreveu a partitura entre 1912 e 1913, dedicando-a ao seu amigo e colega no Conservatório de São Petersburgo, Maximilian Schmidthof, que se suicidara numa floresta na Finlândia, não sem antes deixar ao compositor uma carta de despedida. A estreia ocorreu a 23 de agosto de 1913 em Pavlovsk, com Sergei Prokofiev ao piano e Alexander Aslanov na direção de orquestra. Contudo, esta partitura perdeu-se num incêndio ocorrido após a Revolução Russa, restando apenas uma versão reduzida para piano. Com base nisso, Prokofiev recompôs a partitura em 1923, mas introduziu tantas mudanças que, como ele mesmo reconheceu, quase poderia ser considerado seu Quarto Concerto, em vez de uma versão revista do Segundo. Esta revisão foi estreada a 5 de maio de 1924 em Paris, novamente com o compositor ao piano e dirigida pelo maestro Sergei Koussevitsky.
Em primeiro lugar, a interpretação do Concerto para Piano nº 2 de Prokofiev que, na sua estreia, provocou uma forte reação do público, por ser considerado muito vanguardista. Prokofiev escreveu a partitura entre 1912 e 1913, dedicando-a ao seu amigo e colega no Conservatório de São Petersburgo, Maximilian Schmidthof, que se suicidara numa floresta na Finlândia, não sem antes deixar ao compositor uma carta de despedida. A estreia ocorreu a 23 de agosto de 1913 em Pavlovsk, com Sergei Prokofiev ao piano e Alexander Aslanov na direção de orquestra. Contudo, esta partitura perdeu-se num incêndio ocorrido após a Revolução Russa, restando apenas uma versão reduzida para piano. Com base nisso, Prokofiev recompôs a partitura em 1923, mas introduziu tantas mudanças que, como ele mesmo reconheceu, quase poderia ser considerado seu Quarto Concerto, em vez de uma versão revista do Segundo. Esta revisão foi estreada a 5 de maio de 1924 em Paris, novamente com o compositor ao piano e dirigida pelo maestro Sergei Koussevitsky.
A peça final deste programa é a Sinfonia nº 5 de Dmitri Shostakovich. Como se sabe, quando Shostakovich escreveu esta sinfonia, acabara de sair de um período de relações complicadas com as autoridades políticas russas. E seria esta composição que acabaria por contribuir para resolver essa situação, pois sob o ponto de vista político, esta estaria consonante com o denominado "realismo socialista" na arte. O próprio compositor realizou um ato de contrição – voluntário ou não, sincero ou irónico – quando publicou no Vechernyaya Moskva que a sua Sinfonia nº 5 era "uma resposta criativa de um artista soviético à crítica justa". Segundo as suas palavras, "queria transmitir como, por meio de uma série de conflitos trágicos de grande turbulência espiritual interior, o otimismo se afirma como uma visão de mundo. Cada obra de arte contém elementos autobiográficos e o tema da minha sinfonia é a génese do indivíduo."
Escrita entre abril e julho de 1937 para comemorar o 20º aniversário da Revolução de Outubro, estreou em Leningrado em 21 de novembro desse ano, com Yevgeny Mravinsky à frente da Orquestra Filarmónica de Leningrado. O enorme sucesso, que se traduziu em quase quarenta minutos de aplausos, não se limitou ao dia da estreia. É uma das partituras que carrega uma marca onde quer que seja executada.
@ Jorge Carmona / Antena 2
Nikolai Demidenko tem uma profícua carreira interpretando grandes compositores como Beethoven, Chopin, Brahms, Prokofiev, Rachmaninov, Scriabin, Medtner e Tchaikovsky, tendo granjeado reconhecimento mundial pelo seu virtuosismo, paixão e musicalidade.
Trabalhou com maestros proeminentes como Yuri Termikanov, Sir Roger Norrington, Vladimir Fedoseyev, Charles Dutoit, Sir Andrew Davis, Giancarlo Guerrero, Dima Slobodeniouk e Robert Treviño. Colaborou com a Filarmónica de São Petersburgo, a Royal Philharmonic Orchestra, a BBC National Orchestra of Wales, a Philharmonia Orquestra, Queensland Symphony Orchestra, Seoul Philharmonic, Singapore Symphony, Orchestre National de France, Helsinki Philharmonic, Prague Symphony Orchestra, Xi´an Symphony Orchestra, a Danish National Symphony Orchestra, a Orquesta de Barcelona e Nacional de Catalunha, a Orquestra Nacional de Espanha e a Orquestra Gulbenkian. Em 2016 foi Artista Residente da Queensland Symphony Orchestra.
Trabalhou com maestros proeminentes como Yuri Termikanov, Sir Roger Norrington, Vladimir Fedoseyev, Charles Dutoit, Sir Andrew Davis, Giancarlo Guerrero, Dima Slobodeniouk e Robert Treviño. Colaborou com a Filarmónica de São Petersburgo, a Royal Philharmonic Orchestra, a BBC National Orchestra of Wales, a Philharmonia Orquestra, Queensland Symphony Orchestra, Seoul Philharmonic, Singapore Symphony, Orchestre National de France, Helsinki Philharmonic, Prague Symphony Orchestra, Xi´an Symphony Orchestra, a Danish National Symphony Orchestra, a Orquesta de Barcelona e Nacional de Catalunha, a Orquestra Nacional de Espanha e a Orquestra Gulbenkian. Em 2016 foi Artista Residente da Queensland Symphony Orchestra.
@ Jorge Carmona / Antena 2
Entre os recitais que frequentemente dá em Londres, destacam-se a sua participação na Great Performers Series no Barbican, na International Piano Series do Southbank Centre e na Pianoforte Series em Wigmore Hall. A sua temporada de 2019/20 inclui recitais na Alemanha, China, Polónia, Suíça, Turquia e Espanha.
Tem uma extensa discografia de quase 40 gravações. Para a Hyperion Records, gravou mais de 20 CDs, incluindo Concertos para Piano nº 2 e nº 3 de Prokofiev com a London Philharmonic Orchestra reeditados em março de 2015, o premiado álbum Gramophone Editor’s Choice da Medtner, Music for Two Pianos, com Dmitri Alexeev; o seu CD com obras de Rachmaninov foi premiado como Best of the Year pelo BBC Music Magazine e pelo Diapason D’Or, e o os Concertos para Piano de Tchaikovsky e Scriabin ganharam o prémio de Melhor CD do Ano pelo BBC Music Magazine e de Melhor Gravação de Concerto do Ano para Clássicos. O álbum de Chopin de Nikolai Demidenko, publicado em 2008 para a ONYX Classics, ganhou o Prémio Chopin MIDEM de 2010.
@ Jorge Carmona / Antena 2
Nikolai Demidenko faz parte da escola russa de piano, sendo um de seus representantes mais brilhantes. Estudou no Conservatório de Moscovo com o pianista e pedagogo Dmitri Bashkirov. Foi premiado no Concurso International de Montreal e no Concurso Internacional Tchaikovsky. Em 2014, recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela University of Surrey como reconhecimento pela sua contribuição para o campo da Música.
@ Jorge Carmona / Antena 2
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