27, 30 e 31 Outubro | 19h00
Concerto Aberto
Realização e Apresentação: Andrea Lupi
Gravação da Antena 2 / RTP
no Teatro Thalia
a 30 de Abril de 2022
Quartetos de Mozart
Solistas da Metropolitana
Janete Santos, flauta
Sally Dean, oboé
Joana Dias, violino
Irma Skenderi, viola
Ana Cláudia Serrão, violoncelo
Programa
W. A. Mozart – Quarteto em Fá Maior, KV 370
W. A. Mozart – Quarteto em Dó Maior, KV 171
W. A. Mozart – Adagio em Sol Maior, KV 580a
W. A. Mozart – Quarteto em Ré Maior, KV 285
Mozart escreveu muita música de câmara ao longo da vida. Algumas dessas peças são tocadas por um trio de cordas e um «convidado», para formar um Quarteto.
Neste programa são a flauta e o oboé que se juntam alternadamente ao violino, à viola d’arco e ao violoncelo.
Podemos assim conhecer bem de perto dois instrumentos de sopro que tantos melhoramentos técnicos sofreram no século XVIII.
Vamos (re)descobrir as diferenças.
Janete Santos | Natural do Porto, iniciou os seus estudos musicais no ambiente familiar, prosseguindo-os na Academia de Música de Castelo de Paiva e, posteriormente, no Conservatório de Música do Porto, onde terminou o curso complementar com a classificação máxima, na classe de Flauta de Luís Meireles.
Mais tarde, ingressou na Academia Superior de Orquestra, onde concluiu a licenciatura, tendo estudado com os professores Tristan Hayoz, Sandra Pina e Anabela Malarranha, na disciplina de Flauta, e com o maestro Jean-Marc Burfin, integrada na Orquestra Académica Metropolitana. Participou em masterclasses com os mais prestigiados flautistas, como Vicenz Pratz, Magdalena Martinez, Patrick Gallois, Herbert Weissberg e Rien de Reed, entre outros.
Foi laureada em diversos concursos, destacando-se o Prémio Jovens Músicos, na categoria de Flauta e Música de Câmara, Juventude Musical Portuguesa, Prémio Fórum Musical e Concurso de Interpretação do Estoril. Integrou várias orquestras de jovens, como a Orquestra Portuguesa da Juventude, a Orquestra das Escolas Particulares, a Orquestra de Sopros dos Templários e a Orquestra Internacional de Jovens Europeus.
Apresentou-se como solista com a Orquestra Académica Metropolitana e a Orquestra Clássica do Porto. Realiza frequentemente recitais, com várias formações de câmara, interpretando repertórios de vários estilos, desde a música barroca à música contemporânea.
Atualmente, ocupa o lugar de Solista B na Orquestra Metropolitana de Lisboa e, paralelamente, leciona no Conservatório de Música da Metropolitana e na Academia Nacional Superior de Orquestra.
Sally Dean | Nasceu em 1978 em Adelaide, na Austrália. Estudou no Elder Conservatorium da Universidade de Adelaide com o famoso oboísta Jiri Tancibudek, a quem Martinů dedicou o seu Concerto para Oboé e Orquestra.
Posteriormente, continuou os seus estudos em Londres, na prestigiada Royal Academy of Music, onde completou o diploma de pós-graduação em Oboé, assim como o diploma de professora deste instrumento. Nesta escola, teve como professores Douglas Boyd e Melinda Maxwell. Concluídos os estudos em Londres, instalou-se em Karslruhe, na Alemanha, para estudar na Musikhochschule com o famoso músico e pedagogo Thomas Indermühle, concluindo com alta distinção o Diplom Künstlerische Ausbildung.
Foi distinguida em vários concursos internacionais, incluindo o Janet Craxton Prize para o melhor aluno de Oboé da Royal Academy of Music (2001), o 1º Prémio no Concurso Internacional de Oboé Lauschmann em Mannheim (2003). Nesse mesmo ano, foi finalista do prestigiado Concurso Internacional para Instrumentos de Sopro de Bayreuth, na Alemanha.
Tem-se dedicado a uma intensa atividade como solista e em música de câmara, tendo atuado em países como França, Inglaterra, Alemanha, Portugal e Austrália, onde se apresentou a solo com a Adelaide Symphony Orchestra.
Tem sido frequentemente convidada a desempenhar o lugar de primeiro oboísta em várias orquestras, das quais se destacam a Adelaide Symphony Orchestra, Orquestra Nacional do Porto, Kürpfalsiches Kammerorchester Mannheim e English National Ballet Orchestra.
Em 2004, Sally Dean integrou a Orquestra Metropolitana de Lisboa, onde ocupa o lugar de Solista A e chefe de naipe, assim como professora de Oboé na Academia Nacional Superior de Orquestra.
Joana Dias | Nasceu na Covilhã, em 1987, e iniciou os estudos musicais em 1999 na Escola Profissional de Artes da Beira Interior, nas classes de Clara Ramos, António Martelo e António Oliveira e Silva (Violino, Música de Câmara e Orquestra, respetivamente), terminando o curso com distinção em 2005. Recebeu uma Menção Honrosa da Cidade da Covilhã pelo mérito das qualificações obtidas no ensino secundário e, nesse mesmo ano, foi ainda premiada no PJM / Edição 2005 com o 1º Prémio em Música de Câmara / Nível Médio.
Ingressou em 2005 na Escola Superior de Música de Lisboa, onde frequentou as classes de António Anjos, Irene Lima e Paulo Pacheco, terminando a licenciatura em 2008. Durante a licenciatura foi bolseira por dois anos consecutivos da Orquestra Sinfónica Juvenil, em parceria com a Fundação EDP (2006/07, 2007/08). Entre 2010 e 2012 estudou no Conservatório Real de Bruxelas na classe de Yuzuko Horigome (1º Prémio no Queen Elisabeth Competition / 1980) onde completou o mestrado em Performance e se graduou em 2012 com distinção. Em 2011 foi ainda premiada no Concurso Internacional de Arcos Júlio Cardona (Prémio Covilhanense).
Durante o ciclo de mestrado foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Os seus últimos anos de formação, entre 2012-2016, tiveram lugar na Hochschule für Musik und Tanz Köln, em parceria com Orchesterzentrum NRW na classe de Emilian Piedicuta (2.º Concertino da Düsseldorfer Symphoniker) onde tirou o mestrado de especialização em Orquestra com distinção.
Frequentou várias masterclasses de Violino e Música de Câmara, estudando e aprendendo com professores e músicos como Angel Sanpedro, Michael Bochmann, Michael e Irina Tseitlin, Erkki Lahesmma, Jeroen Reuling, David Le Fèvre, Rainer Schmidt, Xuan Du, Gerardo Ribeiro, Marco Rizzi, El-Bacha e Yuzuko Horigome, Shirley Laub, Christian Heubes e Timothy Summers.
Participou em diversos festivais de orquestra, destacando-se a Semaine International de Musique du Luxembourg, a OPEM / Orquestra Portuguesa das Escolas de Música, a Fondazione Cantiere Internazionale di Musica, a Aproarte, o Festival de Schleswig com a Orquestra Báltica Hostein e, mais recentemente, com a Orquestra XXI. Esteve em contacto com solistas de nomeada, como Nelson Freire, Maria João Pires, Boris Berezovsky, Mischa Maisky e Martha Argerich, e maestros como Kristyan Järvi, Adam Fischer, Pablo Heras Casado e Daniel Harding.
Foi academista da Mahler Chamber Orchestra durante as temporadas 2012/13 e 2015/16. Colaborou ainda com a Deutsche Radio Philharmonie Saarbrücken (2014/15) e com a Düsseldorfer Symphoniker (2016/17). Atualmente, integra o naipe dos Primeiros Violinos da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Irma Skenderi | Nasceu em Tirana (Albânia). Iniciou a sua formação musical aos seis anos de idade, diplomando-se em Viola no Conservatório Jordan Misja, em 1992. Finalizou o Curso de Viola com a classificação máxima na Academia Delle Belle Arti (Tirana) com Arben Llozi. Em 1994, prosseguiu os seus estudos de aperfeiçoamento na Scuola di Musica di Fiesole, com Piero Farulli e Amadeo Baldovino, e na Accademia Chigiana, com Ricardo Brengola, onde obteve com o Trio di Tirana dois «Diplomi di mérito» (1995-96) e um «Diploma de Honra» (1997).
Em 1996, ganhou com a mesma formação o prémio especial do júri no Concurso Internacional de Música da Câmara de Caltanisetta. Trabalhou com prestigiados mestres na área de Música de Câmara, tais como os elementos do Quarteto Alban Berg e do Quarteto de Praga. Realizou concertos, quer de Música de Câmara quer como solista, na Albânia, em Itália, na Grécia, em Portugal, em França, na Áustria e em Malta. Vive em Portugal desde 1998. Trabalhou como solista B na Orquestra Filarmonia das Beiras até 2004. Colaborou com várias outras orquestras, tais como a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Nacional do Porto, o Remix Ensemble Casa da Música, a Orchestra del Maggio Fiorentino, o Remix Orquestra e Orquestra Gulbenkian.
É Solista B da Orquestra Metropolitana de Lisboa desde setembro de 2005. Na mesma orquestra, exerceu o Lugar de Chefe de Naipe de Viola entre os anos 2011 e 2017. Em julho de 2014, participou nas audições públicas da Orquestra do Maggio Musicale Fiorentino, em Florença (Itália), sendo desde então convidada com regularidade como Solista A e como Prima Viola, apresentando-se, entre outros, com os maestros Fabio Luisi, Daniel Cohen, Carlo Rizzi e Daniele Gatti, entre outros, e com os solistas Maurizio Baglini e Aldo Ciccolini. Já lecionou no Conservatório Regional do Viseu, no Conservatório das Artes de Loures e no Projecto Orquestra Geração. Atualmente, leciona na Escola de Música Nossa Senhora de Cabo (Linda Velha).
Ana Cláudia Serrão | Iniciou a sua formação musical aos sete anos de idade com Carlos Gama e Dália de Lacerda, no Fundão. Aos quinze anos, começou a estudar violoncelo com Rogério Peixinho, no Conservatório Regional de Música da Beira Interior, continuando posteriormente com Luís Sá Pessoa na Escola Profissional de Artes da Beira Interior. Frequentou masterclasses com Paulo Gaio Lima, Márcio Carneiro, Jeroen Reuling, Jed Barahal, Luís Claret, Jian Wang, Xavier Gagnepain, Miguel Rocha e Hans Jorgen Jensen.
Já tocou com diversas orquestras nacionais e internacionais; a Orquestra Portuguesa das Escolas de Música APROARTE, a Orquestra da Semana Internacional de Música do Luxemburgo, a Orquestra de Jovens da União Europeia, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, entre outras.
Teve aí a oportunidade de trabalhar com os maestros Richard Hortien, Vasco Azevedo, Luís Cipriano, Dominique Sourrisse, Jean Marc Burfin, Leonardo de Barros, Miguel Graça Moura, Ernst Schelle, Vladimir Ashkenazy e Bernard Haitink.
É licenciada no curso de Instrumentista de Orquestra pela Academia Superior de Orquestra da Metropolitana, onde estudou com Jeremy Lake e Pedro Neves. Prosseguiu os seus estudos com Paulo Gaio Lima e com Dmitri Ferschtman no Conservatório de Amesterdão.
Em julho de 2004, venceu o 3º Prémio (nível superior) de Violoncelo do Prémio Jovens Músicos da RDP. Desde maio de 2006, é violoncelista da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Terminou recentemente o mestrado em Ensino da Música na Academia Nacional Superior de Orquestra.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2