9 Abril | 21h00
Aula Magna do Politécnico de Viseu
Roman Rabinovich
Recital de piano
Programa
Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Variações Goldberg” BWV 988, em Sol maior
Ária e 30 variações:
Aria
Variação 1. a 1 Clav.
Variação 2. a 1 Clav.
Variação 3. Cânone all’Unisuono. a 1 Clav.
Variação 4. a 1 Clav.
Variação 5. a 1 ou 2 Clav.
Variação 6. Cânone à Segunda. a 1 Clav.
Variação 7. a 1 ou 2 Clav. ao tempo de Giga
Variação 8. a 2 Clav.
Variação 9. Cânone à Terceira. a 1 Clav.
Variação 10. Fughetta. a 1 Clav.
Variação 11. a 2 Clav.
Variação 12. Cânone à Quarta em movimento contrário. a 1 Clav.
Variação 13. a 2 Clav.
Variação 14. a 2 Clav.
Variação 15. Cânone à Quinta. a 1 Clav.: Andante
Variação 16. Abertura. a 1 Clav.
Variação 17. a 2 Clav.
Variação 18. Cânone à Sexta. a 1 Clav.
Variação 19. a 1 Clav.
Variação 20. a 2 Clav.
Variação 21. Cânone à Sétima. a 1 Clav.
Variação 22. a 1 Clav. alla breve
Variação 23. a 2 Clav.
Variação 24. Cânone à Oitava. a 1 Clav.
Variação 25. a 2 Clav.: Adagio
Variação 26. a 2 Clav.
Variação 27. Cânone à Nona. a 2 Clav.
Variação 28. a 2 Clav.
Variação 29. a 1 ou 2 Clav.
Variação 30. Quodlibet. a 1 Clav.
Aria da Capo
Roman Rabinovich, vencedor do Concurso Internacional de Piano Arthur Rubinstein, tem construído uma carreira de prestígio em algumas das mais importantes salas de concerto do mundo. Reconhecido pela expressividade e pela profundidade das suas interpretações, tem colaborado com orquestras de renome e maestros de referência, destacando-se ainda pelo seu trabalho dedicado ao repertório de Haydn e Bach.
Neste recital, Rabinovich apresenta a icónica obra de J. S. Bach, um dos maiores desafios do repertório pianístico. As Variações Goldberg foram concebidas sobre uma linha de baixo fixa, ao invés de uma variação melódica da Ária inicial. A cada três variações, há um cânone, avançando gradualmente desde a uníssona até a nona. Outras incluem danças, tocatas e peças de grande virtuosismo. A sua criação é atribuída ao pedido do conde Hermann Carl von Keyserlingk, que procurava música para aliviar as suas noites de insónia, sendo interpretadas pelo cravista Johann Gottlieb Goldberg — daí o nome da peça.
Este concerto promete revelar toda a riqueza e complexidade desta obra, sob a visão de um pianista profundamente ligado à tradição e à inovação interpretativa.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís
Roman Rabinovich | Elogiado pelo The New York Times pela sua “sensibilidade e expressividade incomuns”, o pianista foi o vencedor da 12.ª edição do Concurso Internacional de Piano Arthur Rubinstein, em 2008. Desde então, a sua carreira levou-o a atuar por toda a Europa e Estados Unidos, em salas como o Gewandhaus de Leipzig, o Wigmore Hall de Londres, o Carnegie Hall de Nova Iorque, a Cité de la Musique em Paris e o Kennedy Center em Washington, D.C.
Como solista, apresentou-se com diversas orquestras, incluindo a Royal Scottish National Orchestra, a Scottish Chamber Orchestra, a Seattle Symphony, a Sarasota Orchestra, a Meininger Hofkapelle, a Orpheus Chamber Orchestra, a Orchestre de Chambre de Paris, a NFM Leopoldinum, a KBS Symphony, a Prague Symphony, a Buffalo Philharmonic e todas as principais orquestras israelitas. Colaborou com maestros como Sir Roger Norrington, Zubin Mehta, Ludovic Morlot, Kristjan Järvi, Michael Stern, Christoph Koenig, Gerard Schwarz e Joseph Swensen, recebendo elogios pela sua interpretação de concertos que abrangem um vasto repertório, de Bach a Lutosławski.
Os destaques da temporada 2024-25 incluem o regresso ao Wigmore Hall para uma série de três recitais, bem como ao Festival Lammermuir, na Escócia, e ao Festival de Música de Câmara da Academia Liszt, em Budapeste. Estreia-se ainda como solista com a Saint Paul Chamber Orchestra e regressa a Israel para uma digressão de recitais e concertos com a Haifa Symphony. A temporada de 2024-25 terá um enfoque especial nas Variações Goldberg de J. S. Bach, com diversas apresentações programadas, incluindo no Wigmore Hall, em Londres, e no Bösendorfer-Zyklus, em Viena, coincidindo com o lançamento de um novo álbum em maio de 2025.
Descrito como “um verdadeiro polímata, no sentido renascentista da palavra” (Seen & Heard International), Rabinovich é também compositor e artista visual, com um repertório que se estende por seis séculos, de Byrd a Boulez e além. Destaca-se pelas suas interpretações de Haydn, tendo apresentado ciclos das sonatas do compositor nos festivais de Lammermuir e Bath, no Reino Unido, e no ChamberFest Cleveland, nos EUA. Atuou ainda no Festival Herbstgold, em Eisenstadt, e organizou um dia inteiramente dedicado a Haydn no Wigmore Hall, em 2022. Gravou dois álbuns de sonatas de Haydn para a First Hand Records, aclamados pela crítica, com a BBC Music Magazine a destacar que “a elegância e vivacidade do estilo pianístico de Rabinovich são um verdadeiro prazer de ouvir, e a sua musicalidade e inventividade permitem-lhe penetrar no coração expressivo do universo de Haydn”.
Roman Rabinovich estreou-se com a Orquestra Filarmónica de Israel sob a direção de Zubin Mehta aos 10 anos, tendo imigrado para Israel um ano antes, vindo de Tashkent, no Uzbequistão. Licenciou-se no Curtis Institute of Music, onde estudou com Seymour Lipkin, e obteve o grau de mestre na Juilliard School, sob a orientação de Robert McDonald. Foi um dos primeiros três jovens pianistas selecionados por Sir András Schiff para o programa Building Bridges. Juntamente com a sua esposa, a violinista Diana Cohen, é co-diretor dos festivais ChamberFest Cleveland e ChamberFest West (Calgary).
Mais informações em Música da Primavera