11 de Fevereiro a 1 de Julho de 2017
O Terras sem Sombra é um festival único no mundo.
E não fica atrás, quanto à qualidade artística, a atuação do excelente quarteto de cordas Brentano, de Nova Iorque, em Santiago do Cacém. O grupo é atualmente o quarteto titular residente da mítica Yale School of Music e termina no Baixo Alentejo uma itinerância por algumas das principais capitais europeias.
Dois agrupamentos de Lisboa protagonizam uma notável representação nacional neste festival internacional. Para a música portuguesa de invocação mariana dos séculos XVI, XVII e XVIII se inclinaram o ensemble Polyphōnos, no seu concerto em Odemira, com autores da craveira de Estevão de Brito (natural de Serpa), Duarte Lobo, D. Pedro da Esperança, Diogo Dias Melgás (natural de Cuba), João Rodrigues Esteves e Francisco António de Almeida. A direcção musical e artística estão a cargo do barítono José Bruto da Costa.
No dia seguinte a cada concerto, são promovidas acções-piloto de salvaguarda da biodiversidade no Alentejo Meridional.
11 de Fevereiro | ALMODÔVAR
21h30 | Concerto Igreja Matriz de Santo Ildefonso
Accademia del Piacere
Da pacem, Domine: Música Espiritual nas Tradições do Barroco e do Flamenco
Antífona, glosa e improvisação sobre o Gregoriano – Da pacem, Domine
Popular – En el alma te llevaré & Jaleos
Popular (atr. São João de Ávila) – No me mueve, mi Dios
Cristóbal de Morales [ca. 1500-1553] – Improvisación y glosa sobre el Kyrie y el Christe (Missa Mille Regretz)
Popular-Juan García de Zespedes [1619-1678] – Guaracha y Guajira (Ay que me abraso)
A singularidade dos seus projectos inovadores, a capacidade técnica dos seus músicos e a forte personalidade do seu director artístico fizeram da Accademia del Piacere um grupo de vanguarda da música antiga espanhola e um dos principais conjuntos deste tipo na Europa. A Accademia é especialmente apreciada pela comunicação fascinante e direta do grupo com o público e pela sua concepção de ver a música histórica, como algo vivo e cheio de emoções, que os seus músicos interiorizam como próprias e transmitem ao espectador.
Nasceu em Huelva (1977). Começa a cantar em 1987, mas só em 1998 é que vê reconhecido o seu talento artístico pelo público e crítica. Desde então, Arcángel começa a cantar para grandes bailarinos e colabora com o guitarrista Vicente Amigo. Editou quatro discos. Em 2012 recebe junto a Fahmi Alqhai o prémio de Melhor Música na Bienal de Flamenco de Sevilla pelo espectáculo Las idas y las vueltas.
Fahmi Alqhai, Viola da gamba e direcção musical
Natural de Sevilha (1976), é considerado um dos mais brilhantes e prestigiados jovens interpretes de Viola da Gamba no mundo, bem como um dos intérpretes mais reconhecidos da música antiga, pela sua abordagem pessoal e comunicativa aos repertórios históricos. De pai sírio e mãe palestina, passa os primeiros onze anos de sua vida na Síria, onde começa a estudar música. Mais tarde, estuda como autodidata em Espanha até entrar no Conservatório Manuel Castillo de Sevilha para estudar Viola de Gamba. Desenvolve os seus estudos na prestigiosa Schola Cantorum Basiliensis (Basiléia, Suíça) e no Conservatorio della Svizzera Italiana (Lugano, Suíça). Desde 2009 é o director artístico do Festival de Música Antigua de Sevilla.
12 de Fevereiro | ALMODÔVAR
Biodiversidade | Pelas alturas do Mú – o Alentejo Serrano
devido à ocorrência recente de fogos florestais de grande magnitude, nomeadamente o grande incêndio de 2004, no qual arderam cerca de 30 mil hectares. De 2004 para cá muitas mudanças ocorreram, a serra perdeu população, viu a transformação o seu capital florestal, mas assistiu também a um incremento dos trabalhos de prevenção e ao surgimento de novas oportunidades em torno dos recursos silvestres. Nesta actividade procuraremos compreender estas mudanças e apontar caminhos para o futuro.
14h30 | Visita guiada à Igreja da Misericórdia
21h30 | Concerto Igreja de São Salvador
José Bruto da Costa, Direcção musical
De Beata Virgine Maria: Música Portuguesa de Invocação Mariana
Estevão de Brito [ca. 1570-1641] – Ave Maris Stella [Hino das Vésperas]
– Sancta Maria [Antífona do Magnificat]
Duarte Lobo [ca. 1565-1646] – Magnifi cat
D. Pedro da Esperança [ca. 1598-1660] – Três Responsórios das Matinas de Natal
O Magnum Misterium
Beata Dei Genitrix
Beata Viscera Mariæ Virginis
Diogo Dias Melgás [1638-1700] – Recordare Virgo Mater [Antífona]
– Salve Regina [Antífona]
João Rodrigues Esteves [ca. 1700-ca. 1751] – Stabat Mater
Francisco António de Almeida [ca. 1702-ca. 1755] – Magnificat
Polyphōnos
Polyphōnos, termo grego que designa a coexistência de muitos sons ou vozes, é um ensemble vocal e instrumental sediado em Lisboa. Criado pelo soprano Raquel Alão, a direcção artística encontra-se a cargo do barítono e musicólogo José Bruto da Costa.
O repertório fundamental deste ensemble centra-se na música portuguesa e ibérica dos séculos XV a XVIII, sendo complementado por composições contemporâneas de compositores portugueses. A formação vocal e instrumental é variável e depende dos programas apresentados.
Raquel Alão, Soprano
Natural de Lisboa, estudou canto na Escola de Música do Conservatório Nacional, sob a orientação da professora Filomena Amaro. Participou em 2007 no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, onde foi galardoada com o Terceiro Prémio para Voz Feminina. É coralista no Coro do Teatro Nacional de São Carlos desde 2007. Em paralelo, dedica-se à interpretação de música antiga, apresentando-se em concertos no território nacional, no Brasil, França e Espanha.
José Bruto da Costa, Barítono e direcção musical
Nascido em Lisboa, concluiu o curso geral de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional, tendo ainda estudado Composição e Música de Câmara. Licenciou-se no Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa. Exerceu funções de docência no Instituto Superior de Educação e Ciências, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e na Academia de Música de Santa Cecília. É colaborador da Revista Portuguesa de Musicologia e do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian. É elemento do Coro Gulbenkian desde 1998. Foi elemento fundador do Grupo Vocal Off icium e cantor residente do ensemble Banchetto Musicale. Colabora, regularmente, com o coro Voces Caelestis. Fundou, em 1998, o coro Opus21, do qual é director artístico, bem como os Lisbon Consort Players.
Carolina Figueiredo, Mezzosoprano
Formou-se em Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa em 2005. Trabalha hoje amiúde com Manuela de Sá, e em âmbito de masterclass, igualmente com Susan Waters e Lucia Mazzaria. Apresenta-se regularmente a solo com piano ou órgão, em recitais, concertos e Festivais. Protagoniza regularmente, desde 2013, produções de música contemporânea, tendo estreado e gravado versões das suas obras tanto para agrupamento de câmara como para orquestra. Na área da ópera, integrou diversos elencos. Licenciada em Direito e com uma Pós-Graduação em Tradução, Carolina Figueiredo prossegue em paralelo uma carreira na área da tradução jurídico-legal.
Marco Alves dos Santos, Tenor
Licenciado em canto pela Guildhall School of Music and Drama, iniciou a carreira como solista profissional em 2003. Apresentou-se como solista em Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha, dando vida a papéis como Tamino (Zauberflöte), Mr. Owen (Postcard from Morocco), Gastone (La Traviata), Tristan (Le Vin Herbé), Leandro (La Spinalba), Orphée (Descente d’Orphée aux Enfers), Ernesto (Don Pasquale), Anthony (Sweeney Todd), Nathanael (Les Contes d’Hoff mann). Duca di Mantova (Rigoletto), Die Hexe (Hänsel und Gretel), Prunier (La Rondine), Kornélis (La Princesse Jaune), Pierre (The Wandering Scholar) The Governor/Vanderdendur/Ragotski (Candide)e Ferrando (Cosí fan Tutte). Em 2015-2016 foi Oddio (Armida), Malcolm (Macbeth), Yamadori (Madame Butterfl y), Sancho (O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis), Comte Barigoulle (Cendrillon) e Conte Almaviva (Il Barbiere di Seviglia), bem como o Evangelista na Oratórias de Natal, Páscoa e Ascensão (Bach).
Tiago Mota, Baixo
Estudou no Conservatório Nacional de Lisboa, formando-se em Canto (2007). Tem uma vasta experiência sobretudo nas áreas de música antiga e contemporânea, tendo colaborado, entre outros, com o Coro Gulbenkian e o Ensemble Officium. Em 2007, iniciou os estudos de música antiga na Schola Cantorum Basiliensis, com Dominique Vellard; obteve em 2012 os mestrados em Canto e em Ensemble Vocal (AVES). Teve igualmente a oportunidade de trabalhar com Gerd Türk, Evelyn Tubb e Anthony Rooley, incluindo, na gravação em CD de The Passions, uma oratória de William Hayes. Colabora actualmente com o Huelgas Ensemble; o Choeur de Chambre de Namur, com o qual gravou, nomeadamente, o Requiem, de Mozart, e Vespro della B. M. Vergine, de Monteverdi, sob a direcção de Leonardo Alarcón; o Coro della Radiosvizzera, sob a direcção de Diego Fasolis; e Basler Madrigalisten. É membro fundador do ensemble Armonia degli Affetti (seleccionado em 2014 como um dos Jeunes Ensembles de Ambronay), não apenas como cantor solista e de ensemble, mas também pesquisando e editando peças dos séculos XVII e XVIII.
O rio Mira tem a particularidade de, tal como o Sado, empreender um curso de sul para norte. Nascendo na serra do Mú, percorre cerca de 150 kms ao longo dos quais se podem encontrar dezenas de habitats, desde os sobreirais, aos sapais e zonas de vasa. É precisamente no seu troço inferior, próximo do estuário, que se podem encontrar algumas das características únicas deste curso de água: as pradarias marinhas e uma população de lontra peculiar. As pradarias marinhas representam alguns dos habitats mais ameaçados a nível mundial. Na secção mais a jusante do estuário do Mira podem-se encontrar pradarias de Zostera, as quais exercem um importante papel na dinâmica sedimentar costeira, permitem a fixação de invertebrados e funcionam ainda como maternidade para várias espécies marinhas. No rio Mira, as lontras apresentam adaptações ecológicas únicas em Portugal, uma vez que utilizam ambientes marinhos. Ao longo de um percurso de barco, serão reconhecidos os habitats mais relevantes deste rio e analisadas as suas principais ameaças.
25 de Março | SANTIAGO DO CACÉM
14h30 | Visita guiada ao Palácio dos Condes de Bracial
21h30 | Concerto Igreja Matriz de Santiago Maior
Perpétuo Movimento: Em torno d’A Arte da Fuga
Carlo Gesualdo [1566-1613] – Cinco Madrigais
Deh, come invan sospiro
Belta, poi che t’assenti
Resta di darmi noia
Gia piansi nel dolore
Moro, lasso
György Kurtag [1926-] – Moments Musicaux (2008)
I. Invocatio
II. Footfalls
III. Capriccio
IV. In memoriam Sebok György
V.…rappel des oiseaux…
VI. Les adieux
Johann Sebastian Bach [1685-1750] – Contrapunctus XVIII de Die Kunst der Fuge
Sofia Gubaidulina [1931-] – Reflections on the theme B-A-C-H
Benjamin Britten [1913-1976] – String Quartet No. 3
1. Duets: With moderate movement
2. Ostinato: Very fast
3. Solo: Very calm
4. Burlesque: Fast-con fuoco
5. Recitative and Passacaglia (La Serenissima): Slow
Brentano String Quartet
“Apaixonante, desinibido e fascinante” (London Independent), o Brentano String Quartet é “tão profundo como um ouvinte poderia querer” (Houston Chronicle) e já foi aclamado pelo The Washington Post como “gratificante em todos os sentidos”. O Brentano String Quartet tornou-se o quarteto residente na Yale School of Music no outono de 2014, sucedendo ao Tokyo Quartet nessa posição. Desde a sua criação em 1992, o Quarteto tem sido muitíssimo aplaudido em todo o mundo pelo público e pela crítica. O Philadelphia Inquirer elogia seus “instintos aparentemente infalíveis para encontrar o centro de gravidade em cada frase e gesto musical” e o Times opina do seguinte modo “os Brentanos são um quarteto de cordas magnífico (…). Maravilhoso, que forma altruísta de fazer música.” Desde a sua formação, o Quarteto ganhou vários prémios importantes.
Realizou a primeira tour europeia em 1997 e foi homenageado no Reino Unido com o Prémio da Real Filarmónica com o Most Outstanding Debut. Nas últimas temporadas, tem viajado muito, percorrendo os Estados Unidos, Canadá, Europa, Japão e Austrália. Actuou nos teatros mais prestigiosos do mundo.
26 de Março | SANTIAGO DE CACÉM
Biodiversidade | A Paisagem Cultural em torno do Convento do Loreto – assegurar a sua continuidade
A actividade versará na área em torno da paisagem cultural do Convento do Loreto, local privilegiado do concelho de Santiago do Cacém. Aproveitando a proximidade ao dia mundial da floresta, o dia será dedicado à salvaguarda do montado de sobro, incidindo num aspecto fulcral da sua sobrevivência – a sua renovação. Para tal serão plantadas várias dezenas de sobreiros, provenientes do Viveiro de Valverde do ICNF, em Alcácer. Pretende-se ainda definir um “caderno de encargos” para o acompanhamento das plantas, assegurando a sua protecção à herbivoria (pela colocação de protectores individuais) e aumentado a sua sobrevivência em período de estio (rega pontual).
8 de Abril | CASTRO VERDE
14h30 | Visita guiada à Igreja da Misericórdia
21h30 | Concerto Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição
O Castelo do Duque de Barba-Azul, de Béla Bartók
Antal Cseh, Tenor
Natural de Makó (1978), graduou-se na Faculdade de Música da Szegedi Tudományegyetem, a Universidade de Szeged, e completou a formação no Departamento de Canto Lírico da Liszt Ferenc Zeneművészeti Egyetem, de Budapeste, onde sobressaiu como aluno de Eva Andor e Balázs Kovalik. Participou em Master classes com Júlia Hamari, Adrienne Csengery, Katalin Halmai, etc. Foi distinguido com o Prémio Vaszy Viktor, o Prémio Szeged e o Prémio Dömötör ao melhor cantor de Ópera, tendo-se outrossim distinguido em vários concursos internacionais e nacionais.
András Rákai, Piano
Formou-se em Piano no Conservatório de Szeged da Liszt Ferenc Zeneművészeti Egyetem, aperfeiçoando seguidamente os conhecimentos em Musicologia nesta mesma instituição. Pianista correpetidor e acompanhante, tem desenvolvido o seu trabalho em teatros, competições e festivais internacionais, em particular na Hungria, com destaque para o Teatro Nacional de Szeged, o Teatro Nacional de Miskolc, o Teatro Bartók, de Dunaújváros, o Szeged Open-air Festival e a Armel Opera Competition. Trabalhou com diversos maestros e encenadores.
9 de Abril | CASTRO VERDE
As contingências da economia global em nada têm beneficiado o mercado nacional da lã. Antigamente, produto de elevada riqueza, hoje mal cobre os custos da tosquia. No contexto da paisagem cultural de Castro Verde, cuja elevada importância está subjacente na recente candidatura a Reserva da Biosfera, a ovelha é um elemento preponderante, e a lã um dos seus produtos mais nobres. Integrando o ciclo da lã, o festival acompanha uma tosquia tradicional das ovelhas auctótones da região (raças merino e campaniça) e visita o recentemente inaugurado pólo do Lombador do Museu da Ruralidade, dedicado à tecelagem.
6 Maio | SERPA
14h30 | Visita guiada ao Palácio dos Marqueses de Ficalho
21h30 | Concerto Praça da República
A Minha Voz na Tua Palavra: Da Devoção Popular à Poesia de Saramago
Kyrie – Petenera (Popular)
Agnus Deis – Soleá (Popular)
Cordero de Díos – Seguriya (Popular)
Alegrías
A ti regreso, mar – Garrotín (José Saramago)
En esta esquina del tiempo – Tanguillos (José Saramago)
Balada – Malagueña y Abandolaos (José Saramago)
Dijeron que había Sol – Soleá (José Saramago)
Bulerías
Esperanza Fernández, Cantaora
Possui uma das vozes mais bonitas e flamencas do actual panorama do cante. Segundo a crítica da especialidade, é uma cantora de amplo registo, “sobrada de compás y muy profunda por soleá o seguiriya, pero además, se ha convertido en una de las intérpretes más identificadas con El Amor Brujo, habiéndolo interpretado con Orquestas de todo el mundo siendo dirigida grandes Maestros". A dualidade e delicadeza da sua garganta permitiram-lhe interpretar também diferentes peças de música contemporânea do compositor Mauricio Sotelo, assim como El Café de Chinitas, com o Ballet Nacional de España, e colaborar com artistas de outras disciplinas. Gravou vários discos, o último dos quais Mi voz en tu palabra, com poemas de José Saramago.
Miguel Ángel Cortés, Guitarra
Nasceu em Granada (1972). Entra no mundo do flamenco através de La Zambra del Sacromonte, com 8 anos. Em 1986, realiza tours por toda a Europa, Japão e Estados Unidos acompanhando grandes figuras do baile. Colabora com grandes artistas do Cante Flamenco. O seu admirável trabalho como solista e a sua faceta de guitarrista de acompanhamento ao cante situam-no como uma das figuras mais proeminentes do flamenco.
7 de Maio | SERPA
Biodiversidade | Engenho humano e olival tradicional em torno da Serra de Ficalho
27 de Maio | FERREIRA DO ALENTEJO
14h30 | Visita guiada à Capela do Calvário
Um Espaço Comum: Aspectos da Tradição Lírica em Portugal e Espanha
Antón García Abril [1933-] – Cantiga de Amigo (D. Sancho I)
Antonio José Martínez Palacios [1903-1936] – Maravillosos et piadosos (Afonso X, o Sábio)
Joaquín Rodrigo [1901-1999] – Serranilla (Marquês de Santillana)
Salvador Bacarisse [1898-1963] – Mira gentil dama (Garcia de Resende)
Robert Gerhard [1896-1970] – Por dó pasaré la sierra (Gil Vicente)
Joaquín Nin-Culmell [1908-2004] – ¿Por do pasaré la sierra?
– Ro, ro, ro… nuestro Dios y redemptor
– ¿Cuál es la niña que coge las flores?
Charles Gounod [1818-1893] – Viens, les gazons sont verts (Y si dormís, doncella, Gil Vicente, versão de Jules Barbier)
Franz Schubert [1797-1828] – Nächtens klang die süsse Laute (Cerca resuena el dulce laúd, versão de Friedrich de la Motte Fouqué)
Robert Schumann [1810-1856] – Melancholie op. 74/6 (Quién viese aquel día, Francisco Sá de Miranda, versão de Emanuel Geibel)
– Hoch, hoch sind die Berge, op. 138/8 (La sierra es alta, Pedro de Padilla, versão de Emanuel Geibel)
– Tief im Herzen trag’ ich Pein, op 138/2 (De dentro tengo mi mal, Luís de Camões, versão de Emanuel Geibel)
– O wie lieblich ist das Mädchen, op. 138/3 (Muy graciosa es la doncella, Gil Vicente, versão de Emanuel Geibel)
Hugo Wolf [1860-1903] – Klinge, klinge mein Pandero (Tengo vos el mi pandero, Álvaro Fernandes de Almeida, versão de Emanuel Geibel)
– Bedeckt mich mit Blumen (Cubridme de flores, Soror Maria do Céu)
Ernesto Halffter [1905-1989] – Canção do Berço (Branca de Gonta Colaço)
Gerinaldo (popular) – Ai que linda moça (popular)
Elena Gragera, Mezzosoprano
Especializou-se em lied pela mão de Irmgard Seefried, Edith Mathis, Gérard Souzay e Aafj e Heynis, obtendo o Diploma Superior com distinção no Koninklijk Conservatorium, de Haia. Desenvolve diversos projectos de carácter temático, centrados nesse género e na canção artística espanhola. Cantou nos principais teatros e salas de Espanha, assim como em reconhecidos festivais internacionais.
Colabora com diversos directores. Das suas gravações destaca-se a primeira gravação mundial da ópera Glauca y Cariolano, de José Lidón, com a orquesta do Museu Estatal de São Petersburgo e Alexis Soriano.
Antón Cardó, Piano
Estudou no Conservatório Superior de Música do Liceo de Barcelona e na Schola Cantorum, de Paris, onde se graduou com o Premier Prix de Piano e Música de Câmara. Trabalhou com Rosa Sabater. O professor Paul Schilhawsky encaminhou-o para o repertorio liederístico, sendo convidado por Miguel Zanetti a integrar o corpo docente da Escuela Superior de Canto de Madrid, onde obteve uma cátedra de Repertório Vocal. Tem efectuado recitais nas principais salas e teatros de Espanha e em auditórios de referência da Europa. Realizou diversas itinerâncias a convite do Ministerio de Asuntos Exteriores de Espanha e do Instituto Cervantes. Preparou e apresentou trabalhos musicológicos e de divulgação sobre diversos autores. Foi professor convidado da Universidade Nacional de Seul (Coreia do Sul) e dos conservatórios de Versalles, Varsóvia e São Petersburgo.
28 de Maio | FERREIRA DO ALENTEJO
Biodiversidade | O Sado – diagnóstico de um rio (ainda) desconhecido
3 de Junho | SINES
14h30 | Visita guiada à Torre de Menagem do Castelo
As Afinidades Electivas: Mozart & Beethoven
Ludwig van Beethoven [1770-1827] – Quinteto em Mi bemol maior, Op. 16, para piano, oboé, clarinete, trompa e fagote
I. Grave. Allegro ma non troppo
II. Andante cantabile
III. Rondo: Allegro ma non troppo
Wolfgang Amadeus Mozart [1756-1791] – Quinteto em Mi bemol maior, KV. 452, para piano, oboé, clarinete, trompa e fagote
I. Largo. Allegro moderato
II. Larghetto
III. Allegretto
]W[ Ensemble
Este agrupamento tem origem na Lucerne Festival Orchestra. Os seus membros, intérpretes de referência nos instrumentos respectivos, desenvolveram uma importante trajectória camerística paralela nos lugares que ocuparam em algumas das principais orquestras europeias, onde são dirigidos por grandes maestros. muito especialmente, Claudio Abbado, que podemos considerar o seu mentor ao longo dos últimos doze anos, influenciando de maneira decisiva a sua concepção musical, desde uma etapa inicial, na Gustav Mahler Jugendorchester, até à consolidação, na Lucerne Festival Orchestra. O agrupamento oferece uma grande variedade de estéticas musicais e adopta diferentes formações, valorizando particularmente os repertórios para instrumentos de sopro.
Enrique Bagaría, Piano
Natural de Barcelona (1978), estudou no Conservatorio Municipal da cidade natal e na École Normale Alfred Cortot, especializando-se no Conservatorio Superior do Liceu, na Escuela Superior Reina Sofía, de Madrid, e no Richard Strauss Konservatorium, de Munique. Tem presença habitual nas principais temporadas e festivais de Espanha. No âmbito internacional, sobressaem as suas actuações em palcos de referência. Como solista colabora com diversas Orquestras Sinfónicas e como músico de câmara, colabora com em vários projectos.
É professor no Conservatorio Superior de Música de Aragón e no Conservatorio Superior de Música del Liceo de Barcelona.
4 de Junho | SINES
Biodiversidade | A fronteira entre o Atlântico e o Mediterrânico – à descoberta dos monges eremitas da Junqueira
17 de Junho | BEJA | Concerto de Encerramento
14h30 | Visita guiada ao Colégio de São Francisco Xavier
21h30 | Concerto Catedral
Caminho, Verdade e Vida: Motetes e Prelúdios Corais de J. S. Bach
Johann Sebastian Bach [1685-1750] – Ária das Variações Goldberg, BWV 988
– Motete Lobet den Herrn, alle Heiden, BWV 230
– Prelúdio coral Erbarm’dich mein, o Herre Gott, BWV 721
– Motete Ich lasse dich nicht, BWV Anh.III 159
– Préludio coral Ich ruf’zu dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
– Motete Jauchtzet den Herrn alle Welt, BWV Anh.III 160
– Prelúdio coral Wer nur den lieben Gott lässt walten, BWV 691
– Motete Jesu, meine Freude, BWV 227
– Prelúdio coral Liebster Jesu, wir sind hier, BWV 730-1
– Motete Komm, Jesu komm, BWV 229
Coro Gulbenkian
Fundado em 1964, e tendo celebrado recentemente o seu 50.º aniversário, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, actuando igualmente em grupos vocais mais reduzidos, conforme a natureza das obras a executar. Assim, apresenta-se tanto como grupo a cappella, como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou outros agrupamentos sinfónicos. O Coro Gulbenkian tem sido convidado a colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais, e foi dirigido por grandes figuras tais como Claudio Abbado, Sir Colin Davis, Frans Brüggen ou Gustavo Dudamel. Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular do Coro, sendo as funções de Maestro Adjunto e de Maestro Assistente desempenhadas por Jorge Matta e Paulo Lourenço respetivamente.
Michel Corboz, Direcção musical
A entrada de Michel Corboz no universo da música está profundamente ligada ao seu fascínio pela voz e pelas obras escritas no domínio da música vocal. Depois de fundar o Ensemble Vocal de Lausanne, em 1961, a adesão entusiasta da imprensa às suas gravações das Vésperas e do Orfeo de Monteverdi (1965 e 1966) marcaram o início de uma longa carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo-se todos os anos com uma nova obra. Em 1969, foi nomeado Maestro Titular do Coro Gulbenkian, cargo que vem exercendo com inexcedível competência desde então. Em Dezembro de 1999 foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Fernando Miguel Jalôto, Órgão
É natural de Vila Nova de Gaia. Graduou-se com em Cravo no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real de Haia, com Jacques Ogg. Frequentou master classes e estudou órgão barroco, pianoforte e clavicórdio. Foi membro da Académie Baroque Européenne d’Ambronay, em 2004, sob a direção de Cristophe Rousset, e das Academias MUSICA, em 2006, 2008 e 2010. É Mestre em Música pela Universidade de Aveiro e doutorando em Ciências Musicais/Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, como membro do INET-MD (Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança). Como solista e continuísta, apresentou-se em vários festivais e concertos na Europa e Japão. É cofundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble, membro da Orquestra Barroca da Casa da Música do Porto e solista convidado da Orquestra Gulbenkian (cravo, órgão e pianoforte). Apresenta-se internacionalmente com grupos especializados. Trabalhou sob a direção dos maiores especialistas em Música Antiga.
Sofia Diniz, Viola da gamba
Nasceu em Lisboa em 1977. Tendo recebido, desde cedo, formação nas áreas da dança e da música nas escolas do Conservatório Nacional, optou pelo Curso de Violoncelo e concluiu o bacharelato na Escola Superior de Música de Lisboa. Foi nos cursos da Academia de Música Antiga de Lisboa que surgiu o seu interesse pela interpretação histórica em instrumentos originais e a motivação para especializar-se neste domínio. Estudou violoncelo barroco e viola da gamba com Rainer Zipperling em Colónia e viola da gamba com Wieland Kuijken e Philippe Pierlot em Haia e Bruxelas. Toca violoncelo e viola da gamba com vários grupos de câmara e orquestras com os quais toca por toda a Europa em variados festivais. No âmbito da sua actividade concertística, participou em gravações com o Ricercar Consort, sob direcção de Philippe Pierlot, e com o Colegium Vocale Gent, sob direcção de Philippe Herreweghe.
18 de Junho | BEJA
Biodiversidade | O Homem e o Guadiana, elementos que estruturam a paisagem
O rio Guadiana é ímpar em vários aspectos. Tendo uma das maiores bacias hidrográficas da península, os seus humores moldaram ao longo de milhões de anos a peneplanície. O Vale antigo e erodido contém uma biodiversidade muito rica sendo corredor de aves, mamíferos, peixes e plantas. A dinâmica hidrológica está também presente nos elementos culturais como as peculiares azenhas de submersão e fortins. Apesar da grande intensificação que decorre nas áreas envolventes a jusante de Alqueva, este rio ainda mantem elementos patrimoniais relevantes como os que se podem observar na zona de Quintos. O desafio decorre em torno do percurso PR1 – Azenhas e Fortins do Guadiana (Quintos) do Município de Beja (percurso pedestre homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal), com o seu término no Guadiana. Aqui far-se-á a avaliação do elemento água, recorrendo a um kit de análise.
1 de Julho | SINES | Centro das Artes
18h30 | Entrega do Prémio Internacional Terras sem Sombra 2017
O Conselho de Curadores do Terras sem Sombra criou, em 2011, o Prémio Internacional com o mesmo nome, destinado a homenagear uma personalidade ou uma instituição que se tenham salientado, ao nível global, em cada uma das seguintes categorias: a promoção da Música; a valorização do Património Cultural; e a salvaguarda da Biodiversidade.
A escolha dos recipiendários é da responsabilidade de um júri internacional, designado pela entidade promotora do Festival. O Prémio consta de um diploma e de uma obra de arte encomendada a um artista contemporâneo, sendo entregue no momento culminante da temporada musical no Alentejo.