Teatro Sem Fios
12 Setembro | 19h00
17 Setembro | 14h00 (repetição)
Gravado no Auditório 2 do
Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa
Produção: Anabela Luís / Artistas Unidos
Breve Relato Dominical | Matías Feldman
Tradução
Rita Bueno Maia
Intérpretes
Américo Silva, Rita Durão, Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles
Direção
Andreia Bento
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Sinopse
O desgosto é como uma casa que se torna fria e turva. Às vezes, pequenos movimentos desencadeiam eventos incontroláveis e tudo o que é incontrolável é perigoso. Estamos no meio de uma batalha (desigual) entre o inevitável e a força de vontade.
Maurício Estou na casa de banho. Acabo de lavar a cara. Vejo-me ao espelho. Estou surpreendido… Levantei-me, vim à casa de banho, lavei os dentes, lavei a cara e esta sensação começou a apoderar-se de mim. Há sete anos e meio que não a vejo. Foi o amor da minha vida… E acabo de decidir que lhe vou telefonar.
Matías Feldman, Breve Relato Dominical
Matías Feldman | Nasceu em Buenos Aires em 1977. É pianista, ator, diretor e dramaturgo. É diretor geral da companhia Escénica de Buenos Aires e fundador do Teatro Defensores de Bravard.
Desde 2013 realiza o projeto Testing, desenvolvendo pesquisas e reflexões relacionadas com a percepção, modelos de representação, procedimentos cénicos e linguagem: O espectador, A desintegração, As convenções, O tempo, O ritmo e O hiperlink.
Escreveu e dirigiu inúmeras peças, incluindo: Tudo desmorona exceto esta dor, Reflexos, Breve relato dominical, Rumo a onde as coisas caem, Rapsódia para um príncipe da loucura, Fábula gótica, Pasolini, 68 (ópera contemporânea encomendada pelo CETC), e Perspectiva (no âmbito da Bienal de Performance 2019).
Entre os prémios, menções e bolsas que recebeu estão: Prémio Municipal de Dramaturgia da Cidade de Buenos Aires, Prémio Nacional de Dramaturgia, Teatro s. XXI, Teatro del Mundo, Prémio Germán Rozenmacher de Dramaturgia, Bolsa Fundação Antorchas, Bolsa Fundação Carolina, Bolsa Konex-Argentores e Bolsa Iberescena.
As suas obras e ensaios foram publicados pela Editorial Colihue, Editorial del Rojas, INT Editorial e Editorial Excursiones. Leciona na Universidade Nacional das Artes (UNA). Ministrou conferências, masterclasses e cursos de dramaturgia e atuação na América Latina e Europa.
Américo Silva trabalhou com Ávila Costa, José Peixoto, João Lagarto, Carlos Avilez, Rui Mendes, Diogo Dória, Depois da Uma… teatro?, Francisco Salgado, Manuel Wiborg e no cinema com Jorge Silva Melo, Alberto Seixas Santos e Miguel Gomes. Colabora com os Artistas Unidos desde 1996, tendo participado recentemente em A Máquina Hamlet de Heiner Müller (2020), Morte de um Caixeiro Viajante de Arthur Miller (2021), Vida de Artistas de Noël Coward (2022) e Terra de Ninguém de Harold Pinter (2022).
Rita Durão tem construído um percurso de grande visibilidade na televisão e no cinema, área em que foi premiada pelos filmes Vingança de uma Mulher de Rita Azevedo Gomes e Em Segunda Mão de Catarina Ruivo. Trabalhou com João Perry em A Disputa de Marivaux e O Sonho de Uma Noite de Verão de Shakespeare, e em vários espectáculos do Teatro da Cornucópia. No cinema trabalhou com João César Monteiro, Rita Azevedo Gomes, Fonseca e Costa, Maria de Medeiros, José Álvaro de Morais, Raúl Ruiz e Jeanne Waltz. Trabalhou anteriormente com os Artistas Unidos em Baal de Brecht (2003) e, mais recentemente, em Vidas Íntimas de Noël Coward (2019) e Proximidade de Arne Lygre (2022).
Isabel Muñoz Cardoso trabalhou com Luís Varela, José Peixoto, José Carlos Faria, José Mora Ramos, Diogo Dória, Jean Jourdheuil, Solveig Nordlund. Nos Artistas Unidos participou em inúmeros espetáculos a partir de António, Um Rapaz de Lisboa de Jorge Silva Melo (1995) tendo participado recentemente em O Teatro da Amante Inglesa de Marguerite Duras (2018), O Vento Num Violino de Claudio Tolcachir (2018), Emília de Claudio Tolcachir (2019), Vidas Íntimas de Noël Coward (2019) e Proximidade de Arne Lygre (2022).
João Meireles tem o curso do IFICT (1992). Trabalhou com Luís Varela, Manuel Borralho, Ávila Costa, Adolfo Gutkin, Aldona Skiba-Lickel, José António Pires, o Pogo Teatro e o Teatro Bruto. Integra os Artistas Unidos desde 1995, tendo participado recentemente em Nesta Hora Primeira nos 40 anos da Constituição da República Portuguesa de Jorge Silva Melo (2016), A Noite da Iguana de Tennessee Williams (2017), O Grande Dia da Batalha variações sobre o Albergue Nocturno de Máximo Gorki de Jorge Silva Melo (2018) e e Terra de Ninguém de Harold Pinter (2022).
Andreia Bento tem a Licenciatura de Actores/Encenadores da ESTC. Realizou o estágio curricular nos Artistas Unidos. Como atriz trabalhou com Pogo Teatro, Teatro Infantil de Lisboa, Teatro da Malaposta com Ana Nave, Teatro Aberto com José Wallenstein ou Mala Voadora com Jorge Andrade. Participou na curta-metragem A Rapariga no Espelho de Pedro Fortes, no filme Ruth de António Botelho e na série Sul de Ivo Ferreira. Autora dos textos para o programa de Cowboy Mouth de Sam Shepard, com encenação de Francisco Salgado. Integrou ainda a equipa de produção do TNDMII. Colabora com os Artistas Unidos desde 2001, trabalhando como assistente de encenação, diretora de projeto, produtora, editora, atriz e encenadora. Sócia dos Artistas Unidos entre 2006 e 2019. Recentemente nos Artistas Unidos: Emília de Claudio Tolcachir (2019) e Vemo-nos ao Nascer do Dia de Zinnie Harris (2019).