A Antena 2, no âmbito da 34ª edição do Prémio Jovens Músicos 2020/21, encomendou a sete jovens compositores, novas obras para serem interpretadas, em cada uma das categorias solo a concurso, pelos candidatos jovens músicos.
Os compositores convidados são Bernardo Beirão, Carlos Lopes, Inês Lopes, Lucas Rei Ramos, Luís Mandacaru, Rodrigo Bacelar, Sara Marita.
Apresentamos em estreia os vídeos com interpretações dessas novas obras por um dos finalistas deste concurso.
Obras encomendadas
a 7 Compositores
Obra para Canto
Sara Marita – “I will never have time”, sobre poema de Júlia Durand
Interpretação de Ana Vieira Leite
Sara Marita | Nasceu no Porto em 1999. Iniciou os estudos musicais em 2005 no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian (Braga) onde estudou piano e composição. Frequentou masterclasses, workshops e palestras com vários compositores, nomeadamente Annette Vande Gorne, Åke Parmerud, Dimitris Andrikopoulos, John Chowning, Daniel Teruggi, Mario Mary, Robert Normandeau, João Pedro Oliveira, Yan Maresz, e estudou com compositores como Carlos Caires, Luís Tinoco, Jaime Reis, Paulo Bastos, entre outros. Atualmente está a terminar o Bacharelado em Composição Musical pela Escola Superior de Música de Lisboa com Luís Tinoco.
As suas obras têm sido apresentadas a nível nacional e internacional em diversos festivais, nomeadamente na bienal Monaco Electroacoustique 2019, BoCA 2019 (Bienal de Arte Contemporânea), Festival DME (Lisboa Incomum), Festival Música Viva (Oculto d’Ajuda), Radiografia # 1 – perspectiva sobre novos compositores bracarenses (gnration). No domínio da multimédia, colaborou com o Laboratório de Reabilitação Psicossocial,do Instituto Politécnico do Porto, contribuindo musicalmente para um vídeo 360º de sensibilização para o autismo.
Obra para Fagote
Inês Madeira Lopes – “Reminiscências”
Interpretação de Carlos Soares
Inês Madeira Lopes | Nasceu em Setúbal, em 1999. Iniciou o seu percurso musical no Conservatório Regional de Setúbal, tendo passado pelas classes de violino, viola d’arco e composição. Encontra-se a terminar a licenciatura em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, com Carlos Caires, tendo estudado também com outros compositores como João Madureira, António Pinho Vargas e Luís Tinoco.
Participou em masterclasses e conferências com Kaija Saariaho, Thomas Adès, Jaime Reis, John Chowning, Mario Mary, entre outros.
Criou “Jano” com a bailarina Michele Luceac para o projeto de investigação “Música para espaço específico”, parceria entre a ESML e a Faculdade de Motricidade Humana.
Compôs “Primeira sensação de um lugar” para guitarra solo, encomenda do Festival de Música
de Setúbal, para a inauguração da exposição “Lanzarote, a janela de Saramago” de João Francisco Vilhena.
Compôs música, em parceria com a compositora Sara Marita, para o projecto “Vozes abafadas e instrumentos distantes”, encomendada para a Festa dos Anos de Álvaro de Campos.
Criou “Jano” com a bailarina Michele Luceac para o projeto de investigação “Música para espaço específico”, parceria entre a ESML e a Faculdade de Motricidade Humana.
Compôs “Primeira sensação de um lugar” para guitarra solo, encomenda do Festival de Música
de Setúbal, para a inauguração da exposição “Lanzarote, a janela de Saramago” de João Francisco Vilhena.
Compôs música, em parceria com a compositora Sara Marita, para o projecto “Vozes abafadas e instrumentos distantes”, encomendada para a Festa dos Anos de Álvaro de Campos.
Obra para Guitarra
Bernardo Beirão – “Por um fio”
Interpretação de Diogo João
Bernardo Beirão | Nasceu em 1997, em Lisboa. Licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa (ESML). Iniciou a sua formação musical na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional aos 11 anos, onde frequentou o curso de piano, concluindo-o em 2016, estudando com Joaquim B. Fernandes. Durante os seus estudos passou a apreciar a música coral e passou a integrar o coro Musaico, dirigido por Tiago Marques. Em 2016 inscreveu-se na ESML e durante esse período teve a oportunidade de estudar e trabalhar com Luís Tinoco, Sérgio Azevedo, João Madureira, Carlos Caires, Roberto Pérez e Carlos Marecos.
No seu repertório encontram-se obras para instrumento solo, música de câmara, orquestra e coro. As suas obras já foram apresentadas em salas de concerto como o Teatro São Luiz, Centro Cultural de Belém, Conservatório Nacional e Auditório Vianna da Motta.
Atualmente integra o Nova Era Vocal Ensemble com quem teve a oportunidade de estrear a sua obra “Nunca Mais” e integra o quarteto de barbearia Contratempo.
Obra para Oboé
Luís Mandacaru – “#DelayPedal”
Interpretação de Valentina Azevedo
Luís Mandacaru | Nasceu em 1997, em Cascais. Iniciou os estudos musicais aos 7 anos de idade, na Sociedade Musical União Paredense. Aos 11 anos de idade ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional, tendo estudado Trompete com Nelson Rocha e Daniel Louro, até ao 5.º grau. No Ensino Secundário ingressou no curso de Composição da Escola de Música do Conservatório Nacional, tendo estudado com Eurico Carrapatoso e Daniel Schvetz.
Ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa no ano letivo 2017/2018, em Composição. Teve como professores João Madureira e Luís Tinoco, encontrando-se no terceiro e último ano de Licenciatura, tendo como professor de Composição Carlos Caires.
Foi vencedor da 7.ª Edição do Prémio de Composição Séc. XXI – Homenagem a Fernando Lapa. A peça Lied para Flauta e Piano arrecadou o 1.º prémio da categoria Peça para instrumento solo ou com acompanhamento de piano. A sua peça Hexagramas, para Piano a 4 Mãos, arrecadou Menção Honrosa no VI Prémio Internacional de Composição Fernando Lopes-Graça, em 2017.
Colaborou por diversas vezes com a Companhia de Teatro da SMUP, compondo e interpretando a sua música ao vivo para diversos espetáculos de Teatro com Música.
No ramo da Direção de Orquestra, estudou no Conservatório Nacional com Alexandre Weffort Branco. Estudou também com Jean-Sebastien Bereau a nível privado em Lille e em Lisboa e ainda em diversos estágios de Orquestra.
Assumiu a Direção Musical do projeto A Peregrina, entremez anónimo português do séc. XVIII, numa iniciativa do núcleo de estudantes de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa.
Obra para Trompa
Rodrigo Bacelar – “There will be nonsense in it”
Interpretação de João Campos
Rodrigo Bacelar | Nasceu em 1995 no Porto. Iniciou os seus estudos musicais aos 5 anos, tendo sido admitido um ano depois no Conservatório de Música do Porto como aluno de violoncelo de Vicente Chuaqui. Aos 11 anos iniciou as aulas de piano com Fausto Neves. Concluiu o ensino médio em Belas Artes em 2013 e, no ano seguinte concluiu no mesmo nível os cursos de piano e violoncelo.
Rodrigo estreou as suas obras no âmbito das aulas de Composição do Conservatório com Fernando Lapa. Em 2014 iniciou a Licenciatura em Composição na ESMAE, onde estudou, entre outros, com Dimitris Andrikopoulos, Carlos Azevedo e Eugénio Amorim. Em 2017, Concluiu seus estudos de bacharelado como aluno Erasmus em Pádua, Itália, sob a orientação de Giovanni Bonato (enquanto estudava órgão com Pierpaolo Turetta). Está concluindo o Master of Music in Composition na Norwegian Academy of Music, sob a orientação de Lasse Thoresen.
Rodrigo teve a oportunidade de participar de seminários e workshops ministrados por Richard Ayres, Harrisson Birtwistle, Clemens Gadenstätter, Philippe Hurel, Helmut Lachenmann, Fabien Lévy e Salvatore Sciarrino.
Internacionalmente, Rodrigo teve obras estreadas em Pádua, em Edimburgo e Oslo, e outra interpretada pela Orquestra Sinfónica de Trondheim.
Rodrigo teve a oportunidade de participar de seminários e workshops ministrados por Richard Ayres, Harrisson Birtwistle, Clemens Gadenstätter, Philippe Hurel, Helmut Lachenmann, Fabien Lévy e Salvatore Sciarrino.
Internacionalmente, Rodrigo teve obras estreadas em Pádua, em Edimburgo e Oslo, e outra interpretada pela Orquestra Sinfónica de Trondheim.
Em 2018 obteve o primeiro prémio no XI Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim.
A produção de Rodrigo como compositor é principalmente voltada para instrumentos acústicos, sendo frequentemente influenciada por impressões não musicais, como as originadas na pintura, literatura e cinema.
A produção de Rodrigo como compositor é principalmente voltada para instrumentos acústicos, sendo frequentemente influenciada por impressões não musicais, como as originadas na pintura, literatura e cinema.
Obra para Violino
Lucas Rei Ramos – “Não incomodar”
Interpretação de Filipe Fernandes
Lucas Reis Ramos | Nasceu em 1986, em Muros, na Galiza. Iniciou-se como pianista de jazz, mas acabou por se interessar pela composição, o que o levou à Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE), depois da formação em Comunicação Audiovisual e do curso de História e Ciências da Música, em Espanha.
Venceu o 13.º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim, com a obra “As Estruturas de Solaris”.
É professor do Conservatório de Música do Porto.
Obra para Violoncelo
Carlos Lopes – “Clepsydra”
Interpretação de Beatriz Raimundo
Carlos Lopes | Nasceu em 1995, em Guimarães. Estudou piano com Constantin Sandu na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, e previamente com Cristina Lima no Centro de Cultura Musical (Santo Tirso). Além da Licenciatura em Piano, concluiu também a Licenciatura em Composição na ESMAE, em 2020, sob a orientação de Pedro Santos, Dimitris Andrikopoulos e Carlos Azevedo.
Já teve obras estreadas pela Orquestra Gulbenkian (5 Variações do Desassossego para barítono e orquestra), pela Orquestra Sinfónica da ESMAE (A M O K para orquestra) e pelo Quarteto Verazin (tragoidia para quarteto de cordas), destacando-se ainda uma obra para piano, toy piano e fita estreada por Inês Lopes — [1n ^ s].
Foi premiado no 11.º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim e fez seminários com compositores como Luís Antunes Pena, Philippe Manoury, João Pedro Oliveira, Luís Tinoco e Harrison Birtwistle.
Em 2021 é artista residente na Casa da Música, no Porto.
Em 2021 é artista residente na Casa da Música, no Porto.