De 3ª a sábado, 01h00 Mil e Uma Noites é uma rubrica de experimentação da voz e das palavras que torna simbióticas as vozes de duas mulheres, a cada noite: juntas, estas duas vozes são Xerazade, contando estórias de mulheres que escreveram no século XX: dos diários aos poemas, das lenga-lengas às cartas de amor; das declarações de voto aos lenços bordados, das atas dos sindicatos aos ensaios. Ao longo dos últimos dois anos, a equipa do UmColetivo, estrutura com sede em Portalegre, tem recolhido afetivamente estórias e escritos, entre bibliotecas públicas, residências artísticas, acervos, arquivos e espólios pessoais. É um labor que não terminou nem termina em breve: vai viajando na mochila com que a equipa percorre o país, num projeto que foi inspirado pela obra de Maria Lamas. A cada noite, partilhamos um excerto de uma obra de uma mulher e falamos brevemente sobre a sua biografia, procurando abrir pistas para novas leituras, novos estudos e, talvez, novas edições.
também disponível
Ouvimos Pedreiro Pica na Pedra - música tradicional do cancioneiro de Arouca.
Manuela Machado publicou um único livro de poesia, porque a sua vida foi sobretudo dedicada ao teatro e ao ensino.
Mauperrin foi a primeira grande radialista portuguesa. Entrou na rádio por mero acaso e granjeou simpatia pela sua voz, pela competência e pelo rigor com que dizia cada palavra da língua portuguesa.
Isabel Filipa de Sousa escreveu o texto que partilhamos enquanto criança, aos 11 anos, num revolucionário projeto que pretendia fazer ouvir as vozes e os pensamentos das crianças.
Manuela Eanes tem-se batido ao longo da vida pelo que diz serem causas maiores de ação social.
Alice Gomes é um nome maior da arte e educação, tendo-se destacado na escrita e tradução de livros para a infância.
Nada sabemos de Maria do Céu Ricardo além dos dois livros que deixou escritos - em que estão publicadas duas peças de teatro que foram levadas à cena no Barreiro
Escreveu desde muito cedo, tendo rejeitado os seus primeiros livros por sentir que não diziam da sua linguagem.
Autora de diversas rimas infantis de cariz popular, fazia desenhos a carvão, pinturas e compunha musica para a Igreja. Era conhecida como benfeitora local, em Idanha-a-Nova, de onde é natural.
Atualmente reside na casa da mata nos Fortios, freguesia de Portalegre situada na base da serra de São Mamede - lugar que se torna nuclear na sua arrojada e corajosa obra fotográfica e literária.