4ª feira 17h00 | 6ª feira 13h00 | Sábado 04h00
Desde Janeiro de 2017
Um programa de João Pereira Bastos
Um programa que une palco, canto e cinema numa mistura de contornos instáveis, que dá para tudo.
Se quisermos definir numa só palavra o conceito do novo programa de João Pereira Bastos – Ecos da Ribalta – basta referir que se trata de uma “partilha”.
Sendo uma pessoa normalmente com os olhos postos no futuro João Pereira Bastos não enjeita a necessidade de partilhar com os outros as vivências artísticas e neste caso a sua sub-divisão musical e teatral que a rádio permite divulgar. Um êxtase que descobriu ainda em criança.
Como diria um amigo :
– se a televisão tivesse sido inventada depois da rádio dir-se-ia que esta cumpria integralmente os objetivos da primeira mas sem necessitar da imagem.
O fator imaginação permite fazer nascer em nós a criatividade de um encenador quando por exemplo se “assiste” a uma peça de teatro radiofónico, se ouve a transmissão de São Carlos de La Traviata, em 1958, com Maria Callas na protagonista, passando pelas frivolidades, algumas de gosto duvidoso, de programas como Ouvindo as Estrelas ou Uma Hora de Fantasia. O que passa em cima de um palco abrange praticamente tudo. Da ópera à opereta centro europeia aos concertos e recitais e à descoberta do mundo fascinante do musical americano.
Um arquivo razoavelmente importante permite recriar o cenário isolado da fruição artística, num ECO fiel das múltiplas paixões e criticas. Mas também do muito que foi vivenciando em contacto com gente de todos os credos, etnias e gostos, de todas as idades e gerações.
Uma base analítica e de discussão que une palco, canto e cinema numa mistura de contornos instáveis, que dá para tudo. Sem esquecer um norte de qualidade que “cola” qualquer dos três elementos entre si, que se preserva na sombra de um denominador comum que dá pelo nome de RIBALTA!
Ribalta, que hoje identifica praticamente tudo que tem a ver com espetáculo, era na sua origem, apenas sinónimo dum conjunto de projetores colocados na primeira linha de um tablado sem que o público desse conta da sua existência, embora usufruindo do que a iluminação frontal, sem sombras, lhe proporcionava.
Para os mais velhos uma época; para os mais novos uma descoberta.
João Pereira Bastos