Letra Original:
Study of a Spider
From holy flower to holy flower
Thou weavest thine unhallowed bower.
The harmless dewdrops, beaded thin,
Ripple along thy ropes of sin.
Thy house a grave, a gulf thy throne
Affright the fairies every one.
Thy winding sheets are gray and fell,
Imprisoning with nets of hell
The lovely births that winnow by,
Winged sisters of the rainbow sky.
Elf-darlings, fluffy, bee-bright things,
And owl-white moths with mealy wings,
And tiny flies, as gauzy thin
As e’er were shut electrum in.
These are thy death spoils, insect ghoul,
With their dear life your fangs are foul.
Thou felon anchorite of pain
Who sittest in a world of slain.
Hermit, who tunest song unsweet
To heaving wing and writhing feet.
A glutton of creation’s sighs,
Miser of many miseries.
Toper, whose lonely feasting chair
Sways in inhospitable air.
The dark board is bare, the bloated host
Drinks to himself toast after toast.
His lips require no goblet brink
But like a weazel he must drink.
The vintage is as old as time
And bright as sunset, pressed and prime.
Ah, venom mouth and shaggy thighs
And paunch grown sleek with sacrifice,
Thy dolphin back and shoulders round
Coarse-hairy, as some goblin hound
Whom a hag rides to sabbath on,
While shuddering stars in fear grow wan.
Thou palace priest of treachery,
Thou type of selfish lechery,
I break the toils around thy head
And from their gibbets take thy dead.
Tradução para Português:
Estudo de uma aranha
De flor celestial em flor celestial,
Tu teces o teu iníquo abrigo,
As inocentes gotas de orvalho em pérolas esguias
Ondulam ao longo das tuas cordas de pecado.
A tua casa, uma sepultura, um golfo, o teu trono
Assustam todas as fadas.
Os teus lençóis ondulantes são cinzentos e mortais,
Aprisionando com redes do inferno,
As encantadoras aves que passam batendo as asas,
Irmãs aladas do arco-íris no céu.
Duendes, seres de penugem, abelhas brilhantes
E mariposas com farinhosas asas,
E minúsculas moscas como gaze fina,
Como se estivessem fechadas num metal.
Estas são as tuas presas de morte, vampiro de insectos,
Com a sua querida vida as tuas tenazes são infames.
Tu, criminoso anacoreta da dor,
Que te sentas num mundo de carnificina.
Eremita que tocas a canção amarga
Para as asas que se elevam e os pés que se contorcem.
Um glutão dos suspiros da criação,
Usurário de muitas misérias.
Devorador, cuja cadeira comemorativa solitária
Balança no inóspito ar.
A mesa escura está vazia, o anfitrião embriagado
Faz, para si próprio, brinde após brinde.
Os seus lábios não necessitam da borda do copo,
Pois como uma doninha ele deve beber.
O vintage é tão velho como o tempo
E claro como o pôr do sol, estimulante e excelente.
Ah, boca de veneno e peludas coxas
E barriga protuberante alisada com sacrifício,
As tuas costas de golfinho e os teus ombros redondos,
De cabelo áspero como um cão de um gnomo
Que uma bruxa monta para uma reunião,
Enquanto estrelas tremulantes em receio se abrem em leque,
A ti sacerdote palaciano da traição,
A ti tipo de egoísta lubricidade,
Eu rompo as redes à volta da tua cabeça
E das tuas forcas tiro os teus mortos.