A 23 de Maio de 2023, cumpre-se 100 anos do nascimento de Eduardo Lourenço, um dos maiores vultos da cultura portuguesa; foi professor, ensaísta, escritor, pensador incansável de Portugal, da sua identidade e destino.
A Antena 2 associa-se a esta eféméride com a transmissão de conversas, entrevistas, palestras e leituras em programas comemorativos.
Centenário de Eduardo Lourenço | 23 Maio 2023
– A Ronda da Noite | 22 Maio
Eduardo Lourenço e as memórias d’O Labirinto da Saudade
– Excerto [inédito] da intervenção de Eduardo Lourenço na Feira do Livro de Lisboa, em 2018 aquando da apresentação do filme documental O Labirinto da Saudade
– Conversa de Luís Caetano com o Capitão de Abril Luís Sequeira sobre a sua amizade com Eduardo Lourenço e sobre o filme O Labirinto da Saudade
– Conversa de Luís Caetano com Eduardo Lourenço na Feira do Livro de 2018 – os livros e a música
Para ouvir, clicar aqui.
– Das 7h00 às 10h00 | 23 Maio
no Império dos Sentidos, de Paulo Alves Guerra
Leituras por Eduardo Lourenço de páginas do seu Diário.
Entrevista a Eduardo Lourenço, e o seu gosto por Bela Bartok.
Para ouvir, clicar aqui.
– Das 23h00 às 24h00 | 23 Maio
em A Ronda da Noite, de Luís Caetano
Leituras de excertos da obra de Eduardo Lourenço.
A música por Eduardo Lourenço.
Uma conversa sobre o mundo, o futuro e o presente.
Eduardo Lourenço num encontro no CCB, por ocasião dos 25 anos da revista Ler.
Para ouvir, clicar aqui.
– Das 23h00 às 24h00 | 25 e 26 Maio
em A Ronda da Noite, de Luís Caetano
em A Ronda da Noite, de Luís Caetano
Eduardo Lourenço e Alberto Manguel, numa conversa cheia de livros, no Festival Literário da Madeira, em 2015.
Nos Arquivos RTP, pode encontrar várias entrevistas e programas com, ou sobre, Eduardo Lourenço, numa coleção de registos áudio e vídeos, a consultar aqui.
O programa comemorativo oficial inicia-se no dia de aniversário de Eduardo Lourenço, na Guarda e na sua aldeia natal – S. Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida -, com a realização de uma Sessão Solene Comemorativa de homenagem ao pensador e do Congresso do Centenário.
Durante um ano – até 23 de maio de 2024 – estão previstas Conferências, Colóquios, Seminários, Exposições, Edições, Roteiros e outros eventos, que acontecem em múltiplos lugares do país e do estrangeiro, entre Universidades, Bibliotecas, Escolas, etc.
Na elaboração deste programa presidem quatro grandes coordenadas com o objetivo de entendimento da obra deste filósofo e ensaísta, e irradiar o seu legado cultural, de crítica e reflexão:
– Aprofundar o Conhecimento da Obra
Apesar de ter suscitado enorme interesse de investigadores de vários países, o conhecimento do itinerário e da obra de Eduardo Lourenço não está esgotado. O ano de Centenário é assinalado por várias iniciativas científicas, de dimensão e alcance variáveis, confluindo para esse aprofundamento.
– Ampliar o Universo de Leitores
As obras de Eduardo Lourenço estão disponíveis. É necessário, no entanto, ampliar o universo dos seus leitores: os leitores especialistas, os leitores interessados e os leitores do futuro. Os livros (com realce para a Rede de Bibliotecas Escolares e a Rede de Leitura Pública), as artes plásticas, a música e o cinema são meios privilegiados dessa atividade.
As obras de Eduardo Lourenço estão disponíveis. É necessário, no entanto, ampliar o universo dos seus leitores: os leitores especialistas, os leitores interessados e os leitores do futuro. Os livros (com realce para a Rede de Bibliotecas Escolares e a Rede de Leitura Pública), as artes plásticas, a música e o cinema são meios privilegiados dessa atividade.
– Expandir o Legado
A par do prosseguimento da edição das obras, prevê-se expandir o legado de Eduardo Lourenço através de edições, exposições, concertos e ciclos de cinema.
A par do prosseguimento da edição das obras, prevê-se expandir o legado de Eduardo Lourenço através de edições, exposições, concertos e ciclos de cinema.
– Territorializar um Pensamento Desterritorializado
Eduardo Lourenço manteve uma intensa circulação nacional e internacional, que constitui um sinal de generosidade e, ao mesmo tempo, a importância genuína concedida a um “outro”. Ancorar um pensamento desterritorializado em referências territoriais visíveis delimita um território biográfico de especial incidência.
Eduardo Lourenço manteve uma intensa circulação nacional e internacional, que constitui um sinal de generosidade e, ao mesmo tempo, a importância genuína concedida a um “outro”. Ancorar um pensamento desterritorializado em referências territoriais visíveis delimita um território biográfico de especial incidência.
Para saber mais sobre o Programa das Comemorações, clicar aqui.
Na Feira do Livro de Lisboa, 2018
Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco (Almeida) a 23 de maio de 1923 e faleceu em Lisboa, a 1 de dezembro de 2020.
Considerado um dos mais prestigiados intelectuais europeus e uma das mais emblemáticas figuras do século XX português, Eduardo Lourenço deixa uma obra de vulto e um legado que o perpetuará na história da Cultura Portuguesa.
Eduardo Lourenço frequentou o Liceu da Guarda e cursou Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde lecionou como professor assistente até 1953, assumindo desde então uma atitude crítica e um pensamento autónomo.
A partir de 1954, lecionou em universidades estrangeiras nas cidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, São Salvador da Baía, Grenoble e Nice, onde se aposentou em 1988, ficando a viver na região. Fixou residência em Vence até 2013, altura em que, após a morte da esposa, Annie Salomon de Faria, regressou a Portugal.
Atento à realidade portuguesa, participou, na vida política do país através da obra escrita e até no apoio a figuras e candidaturas políticas, apesar do seu afastamento. A produção ensaística de Eduardo Lourenço, abrangendo diversas áreas, da literatura e da arte aos acontecimentos políticos contemporâneos, tornou-se um fenómeno singular na cultura portuguesa, orientada por uma constante argumentação personalista, que se traduziu em mais de 40 livros e inúmeros artigos, prefácios, críticas e recensões. As suas Obras Completas têm vindo a ser editadas pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Expoente máximo do ensaísmo literário e cultural contemporâneo, Eduardo Lourenço foi unanimemente reconhecido no meio universitário com quatro Doutoramentos Honoris Causa e no meio cultural e social com a atribuição de vários prémios nacionais e internacionais, para além de condecorações do Estado Português, Francês e Espanhol, e de inúmeras homenagens.
Através do desafio da criação, na Guarda, em 1999, de um Instituto da Civilização Ibérica que unisse as duas Universidades mais antigas da Península (Coimbra e Salamanca), Eduardo Lourenço retornou simbolicamente à sua cidade como Diretor Honorífico do Centro de Estudos Ibéricos e como patrono da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, inaugurada em 2008 e que conta com grande parte do seu acervo literário. O Centro de Estudos Ibéricos instituiu, em 2004, o Prémio Eduardo Lourenço, em homenagem ao seu mentor, patrono e Diretor Honorífico, destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
Considerado um dos mais prestigiados intelectuais europeus e uma das mais emblemáticas figuras do século XX português, Eduardo Lourenço deixa uma obra de vulto e um legado que o perpetuará na história da Cultura Portuguesa.
Eduardo Lourenço frequentou o Liceu da Guarda e cursou Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde lecionou como professor assistente até 1953, assumindo desde então uma atitude crítica e um pensamento autónomo.
A partir de 1954, lecionou em universidades estrangeiras nas cidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, São Salvador da Baía, Grenoble e Nice, onde se aposentou em 1988, ficando a viver na região. Fixou residência em Vence até 2013, altura em que, após a morte da esposa, Annie Salomon de Faria, regressou a Portugal.
Atento à realidade portuguesa, participou, na vida política do país através da obra escrita e até no apoio a figuras e candidaturas políticas, apesar do seu afastamento. A produção ensaística de Eduardo Lourenço, abrangendo diversas áreas, da literatura e da arte aos acontecimentos políticos contemporâneos, tornou-se um fenómeno singular na cultura portuguesa, orientada por uma constante argumentação personalista, que se traduziu em mais de 40 livros e inúmeros artigos, prefácios, críticas e recensões. As suas Obras Completas têm vindo a ser editadas pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Expoente máximo do ensaísmo literário e cultural contemporâneo, Eduardo Lourenço foi unanimemente reconhecido no meio universitário com quatro Doutoramentos Honoris Causa e no meio cultural e social com a atribuição de vários prémios nacionais e internacionais, para além de condecorações do Estado Português, Francês e Espanhol, e de inúmeras homenagens.
Através do desafio da criação, na Guarda, em 1999, de um Instituto da Civilização Ibérica que unisse as duas Universidades mais antigas da Península (Coimbra e Salamanca), Eduardo Lourenço retornou simbolicamente à sua cidade como Diretor Honorífico do Centro de Estudos Ibéricos e como patrono da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, inaugurada em 2008 e que conta com grande parte do seu acervo literário. O Centro de Estudos Ibéricos instituiu, em 2004, o Prémio Eduardo Lourenço, em homenagem ao seu mentor, patrono e Diretor Honorífico, destinado a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
Numa alargada geografia, nacional e internacional, integram a rede de parceiros destas Comemorações: o Centro de Estudos Ibéricos, o Instituto Politécnico da Guarda, a Universidade de Coimbra, as Câmaras Municipais de Almeida, da Guarda e de Coimbra, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Nacional de Cultura, o Instituto Camões e as suas redes externas, a Biblioteca Nacional de Portugal, a Rede de Bibliotecas Escolares, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, a RTP, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Fundação José Saramago, a Casa Fernando Pessoa, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, a Associação Portuguesa de Estudos Franceses e o Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras (Universidade do Porto), o Turismo de Portugal, o Turismo Centro de Portugal, a Comissão de Coord. e Desenvolvimento Regional do Centro, a Direção Regional da Cultura do Centro, a Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela – Rede Intermunicipal de Bibliotecas, e ainda, a Universidade de Salamanca, as Cátedras Eduardo Lourenço das Universidades de Bolonha e de Aix-Marseille, e no Brasil, a Universidade da Bahia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2