de Nova Iorque
23 Fevereiro | 18h00
Giuseppe Verdi | Rigoletto
Rigoletto: Roberto Frontali (BT)
Gilda: Nadine Sierra (S)
Duque de Mântua: Vittorio Grigolo (T)
Sparafucile: Stefan Kocán (B)
Maddalena: Ramona Zaharia (CA)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Nicola Luisotti
Para ler mais sobre esta récita, clicar aqui.
Transmissão em direto
a partir de The Metropolitan Opera de Nova Iorque
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Ópera em dois atos
Música de Giuseppe Verdi (1813-1901)
Libreto de Francesco Maria Piave (1810-1876) sobre a peça de teatro Le Roi s’amuse de Victor Hugo
Em Novembro de 1832, em Paris, foi levada à cena pela primeira vez a peça Le Roi s’amuse de Victor Hugo. Concebido como drama, foi recebido com risos pelo público, e foi considerado pelas autoridades imoral, pelo que foi proibida a sua representação, apesar da enorme popularidade deste Escritor e da existência duma lei de Liberdade de Expressão.
Le Roi s’amuse só regressaria aos palcos parisienses 50 anos depois, em 1882, e transformada numa ópera composta por um dos mais conceituados compositores italianos daquele tempo.
Rigoletto não foi a primeira ópera de Verdi com um libreto a partir de um texto de Victor Hugo; em 1844 foi apresentada, em Veneza, Ernani, também com libreto de Francesco Maria Piave e inspirada numa obra do grande escritor francês.
A ideia de escrever esta nova ópera baseada em textos de Victor Hugo surgiu em meados de 1849 quando Verdi leu Le Roi s’amuse, e achou que tinha qualidades que a podiam transformar numa das maiores criações teatrais dos tempos modernos, pondo em cena uma das mais extraordinárias personagens de todos os tempos, um tal Triboulet.
Ao pensar nesta sua nova ópera, preocupa-se contudo com a necessária autorização por parte do poder, e de fato, os seus temores confirmam-se, já que a censura dos ocupantes austríacos opôs-se imediatamente.
Apenas depois de sofrer diversas transformações, de caracter essencialmente exterior, Le Roi s’amuse conseguiu autorização para ser apresentada. O título é alterado, primeiro para La Maledizione, depois para Il Duca de Vendôme, e, finalmente, para Rigoletto. A personagem do rei transformou-se num duque, e Triboulet passou a chamar-se Rigoletto. Mas Verdi teve ainda de enfrentar as reticências do Director do Teatro La Fenice relativamente a personagens que considerava fugirem aos padrões habituais, como por exemplo um herói corcunda e disforme poderia afugentar o público. Mas, para Verdi, era precisamente essas diferenças que davam força às personagens disformes e corcundas – não no plano físico, mas no plano moral. E Verdi provou ter razão.
Rigoletto tem a sua estreia em Veneza, a 11 de Março de 1851, no Teatro La Fenice, o mesmo onde estreara Ernani, igualmente com libreto de Francesco Maria Piave, e obtendo um sucesso ainda maior do que aquela primeira ópera também sobre um texto de Victor Hugo.
Para saber mais sobre os antecedentes e argumento desta ópera, clicar aqui.