Letra Original:
Romance de D. Silvana
Passeava D. Silvaninha
Pelo corredor acima;
Levava viola de oiro,
Oh, que tão bem a tangia!
Seu pai que lhe aparece
Estas falas lhe dizia:
– Bem puderas tu, Silvana,
Uma noite seres minha.
– Fora uma, fora duas
Fora mesmo cada dia;
Mas as penas do Inferno
Quem por mim as pagaria?
– Paga-las-ei eu, Silvana;
Que as peno cada dia.
Foi-se dali a Silvana
E bem triste que ela ía.
Foi-se ter com sua madre,
Que tudo lhe contaria.
– Que tens tu, ó Silvaninha
Que tens tu, ó filha minha?
– Oh quem tal pai não tivera
Quem não fora sua filha,
Que vem falar-me de amores,
Ó minha mãe cada dia!