Temporada Concertos Antena 2
25 Maio | 19h00
Transmissão direta
a partir do Auditório do
André Gaio Pereira
Recital de violino
Programa
De Bach a Paredes
Carlos Paredes – Dança dos Camponeses Johann Sebastian Bach – Sonata Nº 1 em sol menor
Carlos Paredes – Dança Palaciana
Johann Sebastian Bach – Partita Nº 3 em mi maior
Carlos Paredes – Divertimento
O concerto de música clássica atravessa um processo de transformação estrutural: novos públicos exigem novos formatos. Conjugando duas tradições que se enraizaram na cultura musical, esta iniciativa pretende dar vigor à cena artística ao integrar num só espectáculo o clássico e o popular – Bach e Paredes.
O projecto é apresentado numa série de três concertos, cada um explorando aspectos em comum entre os dois compositores e as duas tradições, fomentando uma nova e moderna tradição.
Revisitando a música de Carlos Paredes e conferindo-lhe uma nova perspectiva, dinâmica mas sempre leal, o jovem violinista André Gaio Pereira, nomeado Jovem Músico do Ano 2017, arranjou clássicos da guitarra portuguesa para violino solo. O resultado culminou em miniaturas de extremo virtuosismo e fantasia, onde ficam evidentes as semelhanças da natureza desta música com a de J. S. Bach. Não será acaso, certamente. Carlos Paredes estudou violino e foi um amante e admirador da música erudita, tendo sido fortemente influenciado por uma educação musical clássica e admirado o género toda a vida.
Criando esta ponte instrumental e formal, e numa união de tradições, os concertos pretendem estimular a curiosidade do público a partir de raízes essenciais para a compreensão e apreciação de ambos os géneros. Esta aproximação é feita através um ambiente de concerto menos formal em que o artista comunica com o público não só através da música mas também do discurso, criando uma ligação mais profunda.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Reinaldo Francisco
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Reinaldo Francisco
André Gaio Pereira | Nascido em Braga em 1994, iniciou os estudos de violino aos 7 anos no Conservatório de Música Metropolitano de Lisboa. Em Portugal, estudou com Inês Saraiva e Aníbal Lima, tendo, em 2012, ingressado na classe de Remus Azoitei na Royal Academy of Music, em Londres. Quatro anos depois licenciou-se com a distinção de melhor aluno do curso.
Em 2017, André obteve o 1º Prémio no concurso Prémio Jovens Músicos, juntamente com o Prémio Maestro Silva Pereira – Jovem Músico do Ano, resultado que tinha também atingido na edição de 2010, no nível médio. Obteve também o 2º prémio e o Prémio Bach no Concurso Vasco Barbosa em 2016 e foi semifinalista no concurso internacional Johannes Brahms em 2015.
Ao longo da sua carreira apresentou-se como solista com as orquestras Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, Filarmonia das Beiras, Clássica do Sul, Cascais e Oeiras e Sinfonietta de Ponta Delgada, tendo colaborado com maestros como Christoph Poppen, Jean-Sebastien Béreau, Nuno Coelho e Pedro Amaral, entre outros.
Interessado por diferentes opiniões, participou em masterclasses com Igor Oistrakh, Maxim Vengerov, Pavel Vernikov, Gyorgy Pauk e Zakhar Bron.
No âmbito da música de câmara, André já se apresentou no Wigmore Hall e no Cadogan Hall em parceria com o Quarteto Doric e o Nash Ensemble, e integrou os festivais Harmos, Mendelssohn on Mull e o Festival Internacional de Música de Marvão.
Com o Quarteto Tejo, do qual é membro fundador e 1º violino, foi vencedor da edição 2019 do Prémio Jovens Músicos – Música de Câmara.
Como músico de orquestra colabora com a London Symphony Orchestra e a English Chamber Orchestra, foi concertino da Academy Symphony Orchestra sob a regência de maestros como Semyon Bychkov, Sir Mark Elder e Edward Gardner, e ainda da orquestra do Pacific Music Festival, onde trabalhou com Valery Gergiev.
Recentemente, iniciou colaborações com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música como Concertino Assistente e também com o Remix Ensemble.
André dedica-se ainda a novos projetos musicais e artísticos, incluindo os seus arranjos da música de Carlos Paredes para violino solo, estreados na edição de 2019 do Festival de Música de Setúbal.
Noutro âmbito, viu o seu primeiro livro de poesia, Existência, ser publicado em 2020.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2