Temporada de Concertos Antena 2
28 fevereiro | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita
P.L.I.N.T. (Pablo Lapidusas International Trio)
Pablo Lapidusas, piano
Leo Espinosa, baixo
Marcelo Araújo, bateria
Programa
Apresentação do álbum 3
Pablo Lapidusas – Alberto
Leo Espinosa – Capitán Kutunoka
Marcelo Araújo – Hipnose
Pablo Lapidusas – O sorriso da Olívia
Leo Espinosa – Mallorca
Pablo Lapidusas – Huracán
Leo Espinosa – Ska-Cha
Pablo Lapidusas – Andorinhas
Pablo Lapidusas – Piripiri
Pablo Lapidusas/Fábio Bergamini – Nandri
Leo Espinosa – Brazi-Cano
3 é o novo álbum dos P.L.I.N.T. (Pablo Lapidusas International Trio). Terceiro registro fonográfico, após os lançamentos de live in Johannesburg (2015) e Bora (2018). O álbum celebra a carreira de dez anos deste projeto que já se apresentou em importantes festivais e clubes de Jazz na Ásia, Europa, América do Sul e África, tendo obtido excelentes críticas, tanto nas apresentações como nos dois registros discográficos.
O coletivo apresenta estas 8 composições autorais no, quizá, o álbum “mais trio do que nunca”, segundo os próprios músicos. Primeiro dos 3 registros sem nenhum convidado (o trompetista sul africano Marcus Wyatt e o rapper brasileiro Marcelo D2 tinham participado nos dois álbuns anteriores) e sem a produção de Joni Schwalbach, que assinou os primeiros dois álbuns da banda, 3 foi produzido pelo trio, literalmente, dentro do estúdio. “mudamos quase todos os arranjos que tínhamos pensado inicialmente, e apesar de ser novamente um álbum de estúdio, tivemos uma performance mais visceral do que no “bora”, também produzido em estúdio. Adoramos o resultado final, e o próprio nome (“3”) surge naturalmente dessa percepção/celebração”, diz Pablo.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Pablo Lapidusas | Natural de Buenos Aires, iniciou os seus estudos de piano no Brasil ainda criança, tendo obtido o bacharelado em música na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com mestrado em Performance Jazzística na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), onde reside atualmente.
Na última década e enquanto viveu no Rio de Janeiro, atuou em concertos e gravações ao lado de artistas da MPB e da cena instrumental brasileira. Em 2005 estreou-se na Sala Cecília Meireles – RJ, apresentando-se com a orquestra canadiana I Musici de Montreal, sob a regência do maestro russo Yuli Turovsky. No ano de 2006, passa a integrar a banda do rapper brasileiro Marcelo D2, gravando 2 álbuns e realizando mais de 450 apresentações em 20 países, com presença em importantes festivais – Montreux Jazz Festival, Hollywood Bowl, Summer Stage (Central Park,NY), Rock in Rio, Lollapalooza, Roskilde, Nice Jazz Festival, Pori Jazz Festival, Back to Black, entre muitos outros.
Ouriço (Delira, 2008), o seu álbum de estreia, teve excelentes críticas na imprensa brasileira* e contou com as participações de Hermeto Pascoal e Carlos Malta. Neste mesmo ano, apresenta-se na série “Piano Solo“ (Rio de Janeiro), juntamente com o pianista brasileiro Cesar Camargo Mariano. A convite do próprio Cesar, encerraram o concerto a dois pianos.
O segundo disco – Estrangeiro (Ekaya/Kalamata, 2013), foi um ambicioso projeto gravado em Buenos Aires, Rio de Janeiro, Los Angeles, Lisboa, Maputo e Londres no antológico Studio 2 de Abbey Road. Este trabalho teve a produção de João Carlos Schwalbach e, tal como o seu antecessor, obteve excelentes críticas. Sobre Estrangeiro, o jornalista e crítico musical brasileiro Antonio Carlos Miguel escreveu: “Trajecto de um livre cidadão do mundo (e da música) “conduzindo” o seu piano sem fronteiras e com criatividade, o que resultou em músicas novas, mesmo que conhecidas e saudavelmente difíceis de catalogar, imprimindo a sua impressão digital a partir de estímulos de uma diversificada formação artística“.
Em 2015, Pablo lança Live in Johannesburg (Ekaya). O projeto em trio (o primeiro trabalho do pianista fora do formato solo), foi novamente produzido por João Carlos Schwalbach e gravado ao vivo (CD/DVD) no The Orbit durante uma temporada sul-africana. A sua performance impressionou a jornalista sul-africana Gwen Ansell; “Ele ficou impressionado com o silêncio total (podia-se ouvir um alfinete cair) durante a sua apresentação, mas talvez não mais impressionado do que o público, por sua técnica surpreendente, mudanças de tempo imprevisíveis, luz e sombras delicadas, e, uma mão esquerda rítmica sólida.” O projeto em trio também teve uma indicação para o Jazzahead 2016 (Alemanha), como um dos 16 projetos a representar a música instrumental Europeia em 2016. Neste mesmo ano fez uma digressão por Brasil, Índia, Argentina, Coreia, Africa do Sul, Alemanha e Portugal. Em 2017 lança na Europa o seu Piano Works I (Rossio Music) – livro de partituras com composições dos 3 álbuns. O mesmo tem prefácio de Edu Lobo.
Além de performer, Pablo exerce uma intensa atividade como professor, ministrando aulas e masterclass em Portugal, Brasil, Índia e Argentina e Israel.
Marcelo Araújo | Nasceu em 1987, no Rio de Janeiro. Baterista, radicado em Portugal desde os 2 anos de idade. Aos 5 anos recebeu o seu primeiro set de bateria pelas mãos do seu pai saxofonista Sávio Araújo, com quem iniciou os seus estudos e também lhe proporcionou, desde cedo, a experiência de tocar com diferentes músicos. Este fator foi importantíssimo no seu desenvolvimento como músico, tornando-se um baterista versátil, dotado de uma tremenda sensibilidade no toque do seu instrumento e um improvisador de excelência.
Em 1999 participou com a Big Band do Hot Club de Portugal dirigida na altura por Bob Sadin, ao lado do percussionista Cyro Batista, Troy Davis na bateria, Ira Coleman ao contrabaixo, e os solistas trompetistas Tom Harrel e Tim Hagans, no Grande Auditório da Gulbenkian.
Estudou na Escola Profissional de Música da Covilhã em 2000. Estudou na Escola Profissional de Música de Espinho, aonde se formou em percussão clássica no ano letivo de 2001/2004. Neste período estudou, a par com a bateria, marimba, vibrafone e tímpanos. Em 2008 acompanhou o cantor/autor português Paulo de Carvalho, com quem tocou por Portugal a dentro e gravou o disco Duetos de Lisboa , assim como, o cd/dvd dos 50 anos de carreira do cantor. Em 2011 fez parte da Orquestra Todos, um projeto musical que simbolizou a reestruturação do bairro do Intendente na cidade de Lisboa, sob a direção musical dos italianos Mário Tronco e Pino Pecoreli; tocou em várias salas e festivais em Itália, tendo também gravado o álbum Intendente.
Neste mesmo ano ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2013 recebeu o Prémio de Melhor Instrumentista, representando a ESML, na Festa do Jazz. Em 2014 foi selecionado para fazer parte do Ensemble Deggi Daaj Internacional Drums and Sabar, um projeto do percussionista senegalês Doudou Ndiaye Rose considerado pela UNESCO como “tesouro humano vivo”, com quem fez uma digressão de um mês pelo Senegal.
Neste mesmo ano foi convidado para o projeto do pianista Pablo Lapidusas com quem tocou em diversos palcos pelo mundo e gravou os álbuns Live in Joanesburg, Bora e 3.
Em 2020 foi convidado para o trio do contrabaixista Zé Eduardo com quem tem tocado regularmente tanto em trio como em orquestra. Em 2023 Marcelo Araújo tocou nos principais festivais da europa acompanhando a cantora/ autora brasileira Bia Ferreira. Atualmente, toca e grava por todo mundo com diversos músicos.
Léo Espinosa | Nasceu em Santa Clara, Cuba. Estudou e formou-se na Escola Professional de Instructores de Arte (EPIA ) como professor de baixo elétrico e pratica de conjunto. Em Cuba, foi baixista de Charanga Armonía de Carlos, Hot Sugar Band e Xiomara Laugart.
Depois de se mudar para a Europa colaborou com artistas como Thierry Elias, Paulo Flores, Steward Sukuma, Nancy Vieira, Lura, Ivan Lins, Miroca Paris, Manecas Costa, Paulo de Carvalho, Victor Zamora, Luis Represas, Vitorino, Antonio Chainho, Tito Paris, Aline Frazão, Agir Munir Hossn, Marcelo D2 , Ricardo Toscano, Maria João.
É Especialista en Bioneuroemocíon@ (Método humanista para a gestão emocional e desenvolvimento pessoal), criador, arranjador e compositor. É criador de Beat in Feet: uma sessão pratica inspirada nas metodologias musicais desenvolvidas por Émile Jacques-Dalcroze, Álvaro Julio Agudelo Díaz Del Castillo e a metodologia BAPNE. Que constituem uma referência em termos de relação entre atenção, movimento e percussão corporal e seu uso nas pedagogias musicais.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2