Nascemos sem escolhermos existir.
Deveremos ser obrigados a morrer da mesma maneira?
Não será uma das glórias humanas a recusa de aceitar um destino marcado?
Don DeLillo, Zero K, 2016
O escritor norte-americano
Don DeLillo concedeu uma entrevista exclusiva a
Luís Caetano, a propósito do seu último romance
Zero K, cujo lançamento é amanhã, 13 de Outubro.
nasceu em 1936, em Nova Iorque. É autor de vários romances, peças de teatro e ensaios. Foi galardoado com o National Book Award (1985), o PEN/Faulkner Award (1992) e o Jerusalem Prize (1999). No ano passado, Don DeLillo foi distinguido pelo seu excecional contributo para as Letras Americanas pela National Book Awards. Tem sido, recorrentemente, um dos candidatos mais apontados para o Prémio Nobel da Literatura.
O seu livro Submundo (1997) foi finalista dos prémios Pulitzer e do National Book Award e recebeu em 2000 a Medalha Howells da American Academy of Arts and Letters pela mais eminente obra de ficção dos últimos cinco anos; em 2006, foi considerado um dos três melhores romances dos últimos vinte e cinco anos pela New York Times Book Review. Outros livros seus foram também galardoados e reconhecidos com nomeações e premiações várias.
Em Portugal, foi primeiramente editado pela
Relógio D’Água (
Mao II,
O Corpo enquanto Arte,
Valparaíso,
Os Nomes), e desde 2009, pela
Sextante Editora, que tem reeditado algumas das suas obras mais antigas como
O homem em queda e
Ruído Branco, e agora lança o seu mais recente romance,
Zero K.
A crítica literária nos periódicos anglófonos tem-lhe tecido rasgados elogios, considerando-o "o mais importante escritor vivo da América" (Observer), ou "o grande romancista norte-americano" (The Guardian), ou ainda que "nenhum escritor foi tão presciente e terrivelmente profético como DeLillo acerca do século XXI" (The New York Times).
Ano de edição: 2016
Editor: Sextante Editora
Páginas: 272
ISBN: 978-989-676-179-0
Preço: 17,70€
Sinopse
O pai de Jeffrey Lockhart, Ross, é um sexagenário bilionário e principal investidor num remoto e secreto laboratório onde a morte é sofisticadamente controlada. Ali, os corpos são cuidadosamente preservados até uma altura futura em que os avanços biomédicos e as novas tecnologias possam trazê-los de volta a uma nova vida.
Quando Jeff é convidado por Ross para visitar esse laboratório, percebe que Artis, a jovem mulher do pai, está gravemente doente e é um dos pacientes cujo corpo será preservado. E enquanto se prepara para a despedida da madrasta, Jeff vê-se progressivamente confrontado com algumas das mais difíceis perguntas que a humanidade se coloca – acerca do legado que deixamos, da nobreza da morte, e do real valor das intricadas perplexidades do nosso tempo, aqui na terra.
O novo romance de Don DeLillo, sedutor, de escrita brilhante e de espetacular capacidade de observação, toma o peso ao lado escuro do mundo – terrorismo, inundações, incêndios, pragas – face à beleza e à humanidade da vida de todos os dias.
Para ler as primeiras páginas deste romance,
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