Também a música, pela sua universalidade, teve um papel fundamental nesta descoberta. Em 1867, Giuseppe Verdi, que em 1862 já tinha composto um Hino das Nações para a Exposição Universal de Londres, compunha Don Carlos por encomenda da Ópera de Paris, uma obra que teve de ser encurtada para as pessoas poderem apanhar o último comboio do dia; em 1889, as sonoridades do gamelão de Java influenciaram toda uma geração de compositores, a começar por Claude Debussy; em 1900, Paris era inundada de músicos da ilha de Madagáscar com os seus ritmos tribais.
Estes Dias da Música pretendem trazer o mundo até nós, seja através da música de raiz popular, seja através de todos aqueles compositores cuja obra reflete todo um povo, toda uma região, toda uma maneira de ser. Um tema tão natural num país como Portugal que ao longo dos séculos, através da sua diáspora, influenciou e deixou-se influenciar por tantas culturas, do Brasil a Macau, passando por África e pela Índia.
São 80 concertos que representam países, povos, culturas e músicos que há muito já deixaram de ser daqui ou dali, e passaram a pertencer a todos e a cada um de nós.
Dias da Música’16, André Cunha Leal.
Excertos musicais a partir de várias salas
Comentários, entrevistas, apontamentos de reportagem
17:00 | Quarteto Vintage & Luís Arrigo
19:00 | Quarteto Arabesco & Pedro Jóia
21:00 | Gileno Santana & Tuniko Goulart
24 abril 2016 | Palco Antena 2
14:00 | Christina Margotto & Jed Barahal
16:00 | Filipe Pinto-Ribeiro & Eldar Nebolsin
18:00 | Quarteto de Cordas de Sintra