Temporada Gulbenkian Música
19 Maio | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
11ª de Chostakovitch
Marco Pereira, violoncelo
Orquestra Gulbenkian
Direção de Hannu Lintu
Direção de Hannu Lintu
Programa
Dmitri Chostakovitch
– Concerto para Violoncelo e Orquestra nº 1, em Mi bemol maior, op. 107
– Sinfonia nº 11, em Sol menor, op. 103, O ano de 1905
A superlativa capacidade interpretativa do violoncelista Mstislav Rostropovich motivou muitos compositores a escreverem obras pensadas para tirar partido dos espantosos recursos técnicos e expressivos de um dos músicos mais marcantes do século XX. Assim aconteceu com o Concerto para Violoncelo e Orquestra nº 1 de Chostakovitch que, desde a sua estreia, em 1959, conquistou um lugar cimeiro entre as obras concertantes para o violoncelo.
Neste concertos esse exigente lugar caberá a Marco Pereira, solista da Orquestra Gulbenkian. Sob a direção do rigoroso maestro finlandês Hannu Lintu, o programa é completado com a célebre Sinfonia nº 11, também de Chostakovitch.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Marco Pereira | Estudou violoncelo na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo e na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, com Paulo Gaio Lima. Frequentou posteriormente a Escuela Superior de Música Reina Sofia, em Madrid, onde foi aluno de Natalia Shakovskaya. Durante este percurso teve a oportunidade de trabalhar com outros grandes mestres do violoncelo como Natalia Gutman, Gary Hoffman, Phillipe Muller, ou Ivan Monighetti.
Em 2003, Marco Pereira venceu o concurso da Juventude Musical Portuguesa, nas categorias de Música de Câmara e Violoncelo – nível superior, e recebeu o prémio Maestro Silva Pereira do Prémio Jovens Músicos. A nível internacional, foi-lhe atribuído um 1º prémio no concurso Liezen International Wettbewerb für Violoncello, na Áustria. Recebeu também o 1º premio no VI Certamen de Música de Cámara del Sardinero, em Santander, em 2006.Foi também laureado no Concurso de Interpretação do Estoril e no Concurso
Júlio Cardona, entre outros.
A música para quarteto de cordas esteve sempre presente na sua carreira, desde muito cedo, atingindo o seu auge com a fundação do Quarteto de Cordas de Matosinhos. Este quarteto foi selecionado como ECHO Rising Stars 2015.
Marco Pereira é 1º Solista no naipe de violoncelos da Orquestra Gulbenkian. Apresenta-se regularmente como solista de concerto, tendo colaborado com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Joensuu Orchestra (Finlândia) e a Orquestra do Atlantic Music Festival (E.U.A.), entre outras. Foi professor de violoncelo na Universidade de Aveiro e na Universidade do Minho. Desde 2011, é D’Addario Bowed Artist e Faculty Artist do Atlantic Music Festival – Watterville (E.U.A.).
Hannu Lintu | Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia. Esta nomeação surgiu na sequência de uma série de colaborações de grande sucesso – incluindo Tristão e Isolda de Wagner (2016), Kullervo de Sibelius (2017), Wozzeck de Berg (2019) e Ariadne auf Naxos de R. Strauss (2020) – refletindo uma importante mudança na atividade do maestro finlandês, agora mais focado na ópera. Antes de assumir estas funções, Hannu Lintu cumpriu oito anos como Maestro Principal da Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa. A partir de setembro de 2023, assumirá as funções de Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
Hannu Lintu realizou várias gravações para as editoras Ondine, Bis, Naxos, Avie e Hyperion. Os lançamentos recentes incluem: os cinco Concertos para Piano de Beethoven, com Stephen Hough; Die Soldaten e o Concerto para Violino de Bernd Alois Zimmermann, com Leila Josefowicz; as Sinfonias nº 1 a nº 4 de Lutosławski e obras de Kaija Saariaho, com Gerald Finley e Xavier de Maistre, todas com a Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa.
Recebeu vários prémios, incluindo dois ICMA para os Concertos para Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff (2019), e para a gravação de obras de Sibelius, com Anne Sofie von Otter (2018). Em 2021 foram nomeadas para os Grammy, na categoria Melhor Performance Orquestral, as Sinfonias nº 2 e nº 3 de Lutosławski. Em 2011 foi também nomeada para um Grammy, na categoria de Melhor CD de Ópera, a gravação de Kaivos, de Einojuhani Rautavaara. As gravações da Sinfonia nº 2 de George Enescu, com a Filarmónica de Tampere, e dos Concertos para Violino de Jean Sibelius e de Thomas Adès, com Augustin Hadelich e a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, foram nomeadas para os prémios Gramophone.
Hannu Lintu estudou violoncelo e piano na Academia Sibelius, em Helsínquia, instituição onde mais tarde se formou em direção de orquestra com Jorma Panula. Estudou também com Myung-Whun Chung na Accademia Musicale Chigiana, em Siena. Em 1994 venceu o Concurso Nórdico de Direção de Orquestra, em Bergen.
Hannu Lintu estudou violoncelo e piano na Academia Sibelius, em Helsínquia, instituição onde mais tarde se formou em direção de orquestra com Jorma Panula. Estudou também com Myung-Whun Chung na Accademia Musicale Chigiana, em Siena. Em 1994 venceu o Concurso Nórdico de Direção de Orquestra, em Bergen.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2