30 Junho | 21h00
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Susana Valente
Gravação da Antena 2 / RTP
no antigo Picadeiro Real
da Metropolitana
A Musa e o Poeta
James Dahlgren, violino
Teresa Valente Pereira, violoncelo
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Pedro Neves, direção
Teresa Valente Pereira, violoncelo
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Pedro Neves, direção
Emanuel Frazão – Divertimento para Orquestra
Camile Saint-Saëns – A musa e o poeta, para violino, violoncelo e pequena orquestra (arr. de David Walter)
Francis Poulenc – Sinfonietta
Em junho de 1992, aquando do concerto de apresentação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sentavam-se nas primeiras estantes dos naipes de violinos e violoncelos James Dahlgren e Paulo Gaio Lima, respetivamente. Assim aconteceu durante vários anos, construindo-se uma relação de cumplicidade artística que muito contribuiu para a consolidação de uma orquestra que dava então os primeiros passos e que, entretanto, se tornou «adulta».
Hoje, passadas quase três décadas, Dahlgren é concertino da Orquestra Real Filarmonia da Galiza. Gaio Lima tornou-se professor de referência da Academia da Metropolitana e pedagogo de renome internacional. Se não nos tivesse deixado cedo demais – em maio do ano passado –, deveria juntar-se aqui na interpretação d’A Musa e o Poeta de Camille Saint-Saëns, um poema musical que coloca frente a frente dois instrumentos com muitas ideias para trocar. Para prosseguir a «conversa» contamos com o contributo da sua discípula Teresa Valente Pereira.
Mais sobre este concerto, aqui.
James Dahlgren | Concertino da Real Filharmonía de Galicia. Estudou com Zaven Melikian no Conservatório de São Francisco. Depois de atuar durante cinco anos com a Orquestra da Ópera de São Francisco, aceitou o cargo de concertino da Orquestra Metropolitana de Lisboa e, posteriormente, de concertino associado da Orquestra da Cidade de Granada. Depois de chegar à Europa, trabalhou também como concertino convidado na London Philharmonic Orchestra, na Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, na Ulster Orchestra e na New Zealand Symphony Orchestra, entre outras. Foi professor visitante das orquestras JONDE, JONC, Musikene e BIOS, foi premiado no concurso internacional María Canals em Barcelona e mantém uma agenda muito ativa, atuando como solista e em conjuntos de música de câmara.
Teresa Valente Pereira | Nasce em Lisboa. Inicia o estudo do violoncelo com Alberto Campos e Maria José Falcão, termina com distinção a licenciatura em Instrumentista de Orquestra na classe de Paulo Gaio Lima. Apoiada por instituições como a Fundação Gulbenkian, Carolina e o DAAD, prossegue o seu aperfeiçoamento na "Escuela Superior de Música Reina Sofia" com Natalia Shakovskaya, recebendo o diploma de aluna destacada em violoncelo e música de câmara (classe de Rainer Schmidt). Termina a sua formação na Folkwang Hochschule com Christoph Richter. Outros músicos como Walter Levin, Ferenc Rados, Xavier Gagnepain, Emmanuel Hieaux exerceram uma grande influência na sua personalidade artística.
Recebeu vários prémios e distinções, entre outros, no Concurso Internacional do Estoril e Concurso Internacional Júlio Cardona, Prémio Jovens Músicos, Prémio Revelação Ribeiro da Fonte do Ministério da Cultura e Prémio da Crítica e "Palau de la Musica".
Como solista, tocou com as orquestras Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana, Orquesta da ESM Reina Sofia, Sinfónica de Bilbao, entre outras, apresentando-se em algumas das mais importantes salas e festivais também como integrante de grupos de música de câmara, como o Quarteto Albeniz, o Trio Pangea, o Enol Ensemble ou Soinuaren Bidaia.
Com Bruno Belthoise realizou a primeira gravação mundial da Sonata de Armando José Fernandes e editou com o Trio Pangea dois CDs para a editora NAXOS, dedicados ao repertório português para trio com piano. Grava regularmente para a RTP/Antena 2 e RNE Clasica.
Lecionou na Universidade de Évora entre 2010 e 2011 e em várias masterclass ao longo dos anos, em Portugal, Espanha e França. Desde 2011, ocupa o lugar de solista de violoncelos da Orquestra Sinfónica de Bilbao desenvolvendo paralelamente uma intensa atividade artística, tanto em projetos próprios como colaboradora de grupos como o Quarteto de Matosinhos ou o Ensemble Darcos.
Pedro Neves | Atualmente Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Paralelamente, desempenha as funções de Maestro Titular da Orquestra Clássica de Espinho. Foi Maestro Titular da Orquestra do Algarve entre 2011 e 2013, e posteriormente, Maestro Associado da Orquestra Gulbenkian, entre 2013 e 2018.
É convidado regularmente para dirigir a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre, a Orquestra Filarmónica do Luxemburgo e a Real Filarmonia da Galiza.
No âmbito da música contemporânea, tem colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble, com o qual realizou estreias de vários compositores portugueses e estrangeiros, realizando digressões pela Coreia do Sul e Japão. Também com o Remix Ensemble Casa da Música, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Síntese Grupo de Música Contemporânea.
É fundador da Camerata Alma Mater, agrupamento dedicado à interpretação de repertório para orquestra de cordas e com a qual tem recebido uma elogiosa aceitação por parte do público e da crítica especializada.
Pedro Neves iniciou os seus estudos musicais em Águeda, sua terra natal. Estudou violoncelo com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera; respetivamente, no Conservatório de Música de Aveiro, na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e na Escuela de Música Juan Pedro Carrero (Barcelona), com o apoio da Fundação Gulbenkian.
No que respeita à Direção de Orquestra, estudou com Jean-Marc Burfin, obtendo o grau de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra, com Emilio Pomàrico, em Milão, e com Michael Zilm, de quem foi assistente.
O resultado deste seu percurso faz com que a sua personalidade artística seja marcada pela profundidade, coerência e seriedade da interpretação musical.
É convidado regularmente para dirigir a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre, a Orquestra Filarmónica do Luxemburgo e a Real Filarmonia da Galiza.
No âmbito da música contemporânea, tem colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble, com o qual realizou estreias de vários compositores portugueses e estrangeiros, realizando digressões pela Coreia do Sul e Japão. Também com o Remix Ensemble Casa da Música, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Síntese Grupo de Música Contemporânea.
É fundador da Camerata Alma Mater, agrupamento dedicado à interpretação de repertório para orquestra de cordas e com a qual tem recebido uma elogiosa aceitação por parte do público e da crítica especializada.
Pedro Neves iniciou os seus estudos musicais em Águeda, sua terra natal. Estudou violoncelo com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera; respetivamente, no Conservatório de Música de Aveiro, na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e na Escuela de Música Juan Pedro Carrero (Barcelona), com o apoio da Fundação Gulbenkian.
No que respeita à Direção de Orquestra, estudou com Jean-Marc Burfin, obtendo o grau de Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra, com Emilio Pomàrico, em Milão, e com Michael Zilm, de quem foi assistente.
O resultado deste seu percurso faz com que a sua personalidade artística seja marcada pela profundidade, coerência e seriedade da interpretação musical.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) é pedra angular de um projeto que se estende além do formato habitual de uma orquestra clássica. Quando se apresentou pela primeira vez em público, no Mosteiro dos Jerónimos a 10 de junho de 1992, anunciou o propósito de fazer confluir as missões artística, pedagógica e cívica por intermédio de uma gestão otimizada de recursos e uma visão ampla e integrada de todas as vertentes do fenómeno musical. Sempre apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa, por instituições governamentais do Estado e por vários municípios do entorno geográfico, e uma vez completadas quase três décadas de atividade, o valor da aposta é hoje consensualmente reconhecido, não somente pelos resultados alcançados, mas sobretudo pela relevância que tem no atual panorama musical do país.
Constituída por 35 músicos de 10 nacionalidades diferentes, um terço dos quais formados na Academia Superior da Metropolitana (ANSO), a OML é bastante versátil. Multiplica-se com frequência em agrupamentos de música de câmara e junta-se regularmente aos alunos para formar uma orquestra de dimensão sinfónica. Esta plasticidade tem-lhe permitido interpretar um leque de repertório que se estende do barroco à contemporaneidade, passando pela ópera e pelas grandes sinfonias românticas. Já estreou obras de grande parte dos compositores portugueses no ativo e, para lá da música que se reconhece na tradição clássica europeia, toca ainda outros estilos e tradições, tendo já partilhado palco com os Xutos e Pontapés, Carlos do Carmo, Rui Veloso, Mário Laginha, Tito Paris, Sérgio Godinho e muitos outros. Tem conseguido, deste modo, dirigir-se ao público melómano, mas também às famílias e a toda a comunidade escolar, chegar junto das pessoas através do entusiasmo que todos sentimos pela música.
Na vez de concentrar as suas atuações numa única sala de concertos, a OML tem vindo a consolidar uma implantação territorial que irradia a partir da cidade de Lisboa para os concelhos mais próximos, e mais espaçadamente para todo o continente e arquipélagos. Ao longo do seu historial também já tocou em França, Bélgica, Espanha, Cabo Verde, Índia, Tailândia, Coreia do Sul, Japão e China. Conta mais de dois milhares de concertos efetuados em formação orquestral, 16 CD e 1 DVD gravados, para lá de muitas transmissões radiofónicas e televisivas. Tocou com alguns dos mais notáveis solistas nacionais, entre eles Maria João Pires, Sequeira Costa, António Rosado, Artur Pizarro, Pedro Burmester, Elisabete Matos, Gerardo Ribeiro, Vasco Barbosa, Paulo Gaio Lima e Ana Bela Chaves, e também com prestigiados solistas internacionais, como Montserrat Caballé, Jose Carreras, Leon Fleisher e Natalia Gutman. Entre muitos, foi dirigida pelos maestros Enrique Dimecke, Arild Remmereit, Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Emilio Pomàrico e, mais regularmente, Nicholas Kraemer, Brian Schembri (Maestro Titular em 2003/2004), Olivier Cuendet, Enrico Onofri e Michael Zilm. As direções artísticas da OML foram sucessivamente confiadas a Miguel Graça Moura – fundador do projeto –, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto, Augustin Dumay, Cesário Costa e Pedro Amaral. Pedro Neves é, desde janeiro de 2021, Diretor Artístico e Maestro Titular.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2