7 Outubro | 19h00
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa
6.º Concurso Internacional de Composição Jorge Peixinho
Centro Cultural de Belém
Sala Luís de Freitas Branco
+ info
Susana Teixeira, meio-soprano
João Pereira Coutinho, flauta
Luís Gomes, clarinete
José Sá Machado, violino
Ricardo Mateus, viola
Jorge Sá Machado, violoncelo
Inês Cavalheiro, harpa
Dana Radu, piano
Fátima Juvandes, percussão
Direção musical de Rui Pinheiro
Direção artística de José Sá Machado
Programa
Gerhard Stäbler (1949) – and on the eyes black sleep of night (2009)*
Gerhard Stäbler – Kerben II (2019/22) *
Kunsu Shim (1958) – Drei Stucke (2012) *
Mariano Russo (1998) – Attese (2023) *
Marco Longo (1979) – CANICOLA II *
Alejandro Cano Palomo (1992) – Uma plaza en el espejo (2022) **
Sean Schumann (2005) – de spem (2023) **
Jorge Peixinho (1940-1995) – Coração Habitado (1966)
* Estreia em Portugal
** Estreia Mundial
Concerto de apresentação das obras laureadas no VI Concurso Internacional de Composição Jorge Peixinho/Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, uma iniciativa do GMCL.
Este concurso pretende ser um incentivo à criação musical e à divulgação do trabalho dos compositores, contribuindo para o incremento do repertório contemporâneo de música de câmara.
O júri é constituído por Ivan Fedele (presidente), Gerhard Stabler, João Madureira, Carlos Caires, Isabel Soveral, Jaime Reis, Jorge Sá Machado e Kunsu Shim (convidado especial).
Neste concerto realiza-se a entrega dos prémios das obras finalistas ao Prémio GMCL/Cidade de Lisboa. Além das obras premiadas, o programa do concerto conta com obras de Jorge Peixinho e de Gerhard Stabler.
Concerto gravado pela RTP/Antena 2
para posterior transmissão
Produção: Anabela Luís, Reinaldo Francisco
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa | Em 2020, o GMCL assinalou o seu cinquentenário, nacional e internacionalmente, com diversas celebrações e eventos – concertos, conferências, publicação de livros evocativos e lançamento de um DVD.
Depois de um ano dedicado aos seus 50 anos de história e às efemérides evocativas de Jorge Peixinho e Clotilde Rosa, apresentamos uma temporada de renovação da tradição musical contemporânea, qual fluidez do tempo, trazendo a herança até ao presente, revisitando as origens, sem, no entanto, deixar de construir pontes para a vanguarda da contemporaneidade.
Os trabalhos discográficos do GMCL com música de Jorge Peixinho, editados por “La Mà de Guido” (LMG 4004, 4008 e 2147) mereceram o aplauso entusiástico e unânime da crítica especializada, bem como o duplo CD Caminhos de Orfeu (LMG 2115), dedicado a diversas obras encomendadas pelo Grupo.
Em 2019, o GMCL editou um disco monográfico dedicado à música de câmara de Filipe Pires (LMG 2159) e em 2020 apresentou um DVD com obras de Constança Capdeville, gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Luiz.
Para celebrar a temporada 2020 – Três nascimentos: Clotilde Rosa 90 anos (n.1930); Jorge Peixinho 80 anos (n.1940); GMCL 50 anos (n. 1970) – O GMCL editou em parceria com a AVA – Musical Editions dois livros, GMCL 50 Anos e Clotilde Rosa – in Memoriam, que se encontram disponíveis no catálogo desta editora.
Fundado em 1970 por Jorge Peixinho, com a colaboração de Clotilde Rosa, António Oliveira e Silva, Carlos Franco e António Reis Gomes – aos quais se juntaram José Lopes e Silva e outros instrumentistas e cantores – o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) é o primeiro grupo português de música contemporânea, desempenhando um papel histórico de vanguarda na abertura da sociedade portuguesa à estética musical do seu tempo. A sua primeira apresentação pública aconteceu no Festival de Sintra de 1970, mantendo, desde então, uma constante regularidade nas suas apresentações no país, incluindo gravações para a rádio e televisão. Logo em 1972, teve a sua primeira deslocação ao estrangeiro, participando no Festival de Arte Contemporânea de Royan.
Ao longo dos seus 50 anos de existência – meio século de atividade ininterrupta – o GMCL apresentou-se em regularmente fora de Portugal, nomeadamente em concertos e festivais de música contemporânea em Amesterdão, Acqui Terme, Ávila, Badajoz, Bamberg, Barcelona, Bayreuth, Belo Horizonte, Bruxelas, Cagliari, Cardiff, Dunquerque, Lille, Ljubljana, Londres, Madrid, Milão, Naestved, Nice, Roterdão, Santos, São Paulo, Sevilha, Siena, Trieste, Turim, Valência, Varsóvia e Zagreb. Em Portugal, destacou-se a sua participação regular nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, em Lisboa, e ainda nos Festivais do Estoril e de Coimbra, Europália 91, Teatro Nacional de S. Carlos, entre outros. Mais recentemente, passou a ser presença regular nos principais Festivais de música do país.
A discografia do GMCL compreende obras de Jorge Peixinho, algumas dirigidas pelo próprio compositor, para além de numerosas criações de outros compositores. O Grupo gravou também obras de compositores portugueses para a Tribuna Internacional de Compositores e participou em várias obras originais para teatro, cinema e multimédia, tendo sido distinguido com a medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura, como reconhecimento da sua actividade de divulgação da cultura musical contemporânea nacional e estrangeira.
Divulgar obras de autores portugueses contemporâneos, com incidência na obra de Jorge Peixinho, é o cerne da missão do GMCL. Apoiado pela DGArtes, desenvolve desde 2000 um projeto de encomendas de obras a compositores com a respetiva apresentação pública, divulgação, edição de partituras e registo fonográfico.
Paralelamente, o GMCL realiza uma regular e fecunda ação pedagógica junto de escolas do Ensino Artístico, na criação de públicos e na formação de novos maestros e intérpretes.
Rui Pinheiro | Termina agora um ciclo de 8 anos enquanto Maestro Titular da OCS – Orquestra Clássica do Sul. Neste período reavivou o FIMA – Festival Internacional de Música, do qual foi Diretor Artístico, durante 3 edições (2017 a 2019).
Ganhou o concurso para Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth, no Reino Unido, cargo que ocupou durante 2 temporadas (2010-2012). Anteriormente tinha já sido Maestro da Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa (2005-2008) e, em Londres, Diretor Musical do Ensemble Serse, companhia de ópera barroca em instrumentos de época, e fundador do Ensemble Disquiet, dedicado à divulgação da música contemporânea portuguesa (2008-2010).
É regularmente convidado para dirigir as principais orquestra nacionais (Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Gulbenkian, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica da Madeira, etc.). Tem uma relação de estreita colaboração com o GMCL – Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e é membro fundador da AREPO – Ópera e Artes Contemporâneas onde foi responsável pela direção musical de várias óperas de câmara em estreia mundial de Luís Soldado.
Nestes anos Rui Pinheiro adquiriu uma larga experiência enquanto Maestro e construiu um vasto repertório que vai desde o período Barroco à Música Moderna (com várias estreias e obras dedicadas), abrangendo ensembles de Câmara até formações Sinfónicas, com várias incursões na Ópera e no Ballet.
Após concluir a sua formação como pianista na ESMAE, (Licenciatura em Piano), Universidade Nova de Lisboa (Mestrado em Artes Musicais da) e na Academia Ferenc Liszt de Budapeste – Hungria (pós-graduação em Piano e Música de Câmara na), obteve o grau de Mestre em Direção de Orquestra (MMus) do Royal College of Music de Londres.