Temporada Gulbenkian Música
31 outubro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
7ª de Chostakovitch
Orquestra Gulbenkian*
Direção de Aziz Shokhakimov
Programa
Igor Stravinsky – Suite de O Pássaro de Fogo [revisão de 1945]
Introdução
Prelúdio e Dança do Pássaro de Fogo
Variações (Pássaro de Fogo)
Pantomima I
Pas de Deux (Pássaro de Fogo e Ivan Tsarevich)
Pantomima II
Scherzo: Dança das Princesas
Pantomima III
Rondó (Khorovod)
Dança infernal de Katschei
Berceuse (Pássaro de Fogo)
Final
Dmitri Chostakovitch – Sinfonia nº 7, em Dó maior, op. 60, Leninegrado
1. Allegretto
2. Moderato
3. Adagio
4. Allegro non troppo
* Este concerto conta com a participação de músicos do Estágio Gulbenkian para Orquestra.
Distinguido em 2016 com o Prémio para Jovem Maestro do Festival de Salzburgo, Aziz Shokhakimov teve uma ascensão meteórica. Desde então, tornou-se uma presença obrigatória nas mais prestigiadas salas de concerto mundiais.
Na Gulbenkian Música dirige duas obras maiores do repertório: a Suite de O Pássaro de Fogo, de Stravinsky, e a Sinfonia nº 7, de Chostakovitch.
O Pássaro de Fogo é um dos exemplos lapidares da destreza de Stravinsky em fundir a linguagem sinfónica e a música popular russa, enquanto a Sinfonia nº 7 de Chostakovitch é um assomo de esperança composto durante o Cerco de Leninegrado, em 1941.
Ver / Descarregar o Programa de Sala

Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida

Aziz Shokhakimov | Diretor Musical da Orquestra Filarmónica de Estrasburgo e Diretor Artístico da Orquestra Filarmónica Tekfen (Turquia). Entre 2015 e 2021, foi Kapellmeister na Deutsche Oper am Rhein. Como maestro convidado, dirigiu a Sinfónica da Rádio da Baviera, a NDR Elbphilharmonie Orchester, a Sinfónica WDR (Colónia), a Filarmónica da Radio France, a hr-Sinfonieorchester Frankfurt, a Sinfónica de Houston, a Sinfónica de Toronto e a Sinfónica de Seattle, entre outras prestigiadas orquestras.
No domínio da ópera, na temporada passada, Shokhakimov estreou-se com a Ópera Nacional de Paris, em Lucia de Lammermoor. A temporada 2023-2024 inclui a sua estreia com a Bayerischer Staatsoper, na direção de A Dama de Espadas de Tchaikovsky. Com a Filarmónica de Estrasburgo dirigirá uma nova produção de Lohengrin na Ópera do Reno. Como Kapellmeister na Deutsche Oper am Rhein, dirigiu novas produções de A Dama de Espadas, Madama Butterfly, Salome e Tosca.
Aziz Shokhakimov tem uma relação especial com o Festival de Salzburgo, onde foi distinguido com o prestigiado Prémio para Jovem Maestro, em agosto de 2016. Regressou em 2017 para dirigir o concerto dos laureados, à frente da Sinfónica da Rádio de Viena, e em 2019 para dirigir na Cerimónia de Abertura do Festival de Salzburgo, com a violinista Patricia Kopatchinskaja.
Aziz Shokhakimov nasceu em 1988 em Tashkent, no Uzbequistão. Aos seis anos ingressou na Escola de Música Uspensky, onde estudou violino, viola e direção de orquestra. Aos treze anos dirigiu a Sinfonia nº 5 de Beethoven e o Concerto para Piano nº 1 de Liszt, à frente da Sinfónica Nacional do Uzbequistão. No ano seguinte dirigiu a sua primeira ópera, Carmen, na Ópera Nacional do Uzbequistão. Foi Maestro Assistente da Sinfónica Nacional do Uzbequistão, tendo assumido as funções de Maestro Principal em 2006. Em 2010 foi segundo classificado no Concurso Internacional Gustav Mahler, em Bamberg.

Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Hannu Lintu é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2