Temporada Gulbenkian Música
11 outubro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
Os Planetas
Boris Giltburg, piano
Coro e Orquestra Gulbenkian
Direção de Giancarlo Guerrero
Programa
Sergei Rachmaninov – Concerto para Piano e Orquestra nº 2, em Dó menor, op. 18
Gustav Holst – Os Planetas, op. 32
(com a participação de músicos do Estágio Gulbenkian para Orquestra)
Pianista de uma sensibilidade excecional, o israelita Boris Giltburg é um dos mais fascinantes concertistas a estrear-se na Gulbenkian Música. Depois de ter mergulhado nas obras de Beethoven e Ravel, Giltburg dedica-se agora a Rachmaninov, tendo a revista Gramophone escrito que “a sua originalidade provém de uma convergência de coração e mente, servida por uma técnica imaculada e motivada pelo amor profundo e permanente por um dos maiores compositores-pianistas do século XX”.
Sob a direção de Giancarlo Guerrero, a Orquestra Gulbenkian e os jovens músicos do Estágio Gulbenkian para Orquestra ainda interpretam a célebre suite orquestral Os Planetas, de Gustav Holst.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Boris Giltburg | Elogiado em todo o mundo como um intérprete profundamente sensível e perspicaz. Apresenta-se regularmente em recitais nas mais prestigiadas salas, incluindo o Concertgebouw de Amesterdão, o Bozar de Bruxelas, a Elbphilharmonie de Hamburgo, o Southbank Centre de Londres, o Carnegie Hall de Nova Iorque, o Rudolfinum de Praga e o Konzerthaus de Viena. Ao longo da temporada 2024/25, interpreta o ciclo integral das Sonatas para Piano de Beethoven, no Wigmore Hall, em Londres.
Para celebrar o 150.º aniversário de Rachmaninov, em 2023, Giltburg lançou o último disco do seu aclamado ciclo de Concertos para Piano, que foi destacado com um Choc da revista Classica e cinco estrelas no The Times. Nos últimos anos, o pianista tem-se envolvido numa série de explorações aprofundadas de outros grandes compositores como Ravel e Chopin. Na presente temporada, dá também continuidade ao ciclo Beethoven, uma vez que, em 2020, para celebrar o aniversário do compositor alemão, Giltburg embarcou num projeto único para gravar e filmar todas as 32 Sonatas para Piano. Gravou também uma integral dos Concertos para Piano de Beethoven, com Vasily Petrenko e a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra.
As colaborações orquestrais de Boris Giltburg incluem a Filarmónica Checa, a Filarmónica de Dresden, a Sinfónica da Rádio Finlandesa, a Sinfónica NHK, a Orquestra Nacional de França, a Filarmónica de Oslo, a Philharmonia Orchestra e a Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia. Em 2024/25, Giltburg interpreta concertos para piano de vários compositores, incluindo Rachmaninov, com a Hallé Orchestra, a Sinfónica de Bournemouth e a Orquestra Gulbenkian, Prokofiev, com a Orquestra Nacional Belga e a Sinfónica de Stavanger, Tchaikovsky, com a Filarmónica de Londres, Mozart, com a Sinfónica de Hamburgo, Chostakovitch, com a Filarmónica Enescu, Bartók, no Teatro Colón de Buenos aires, e Grieg, com a Filarmónica de Dresden.
Boris Giltburg grava em exclusivo para a Naxos desde 2015, tendo ganho os prémios Opus Klassik e Choc de Classica pelos Concertos para Piano de Rachmaninov, e um Diapason d’Or pelos Concertos para Piano e o seu próprio arranjo do Quarteto para Cordas nº 8 de Chostakovitch. Recebeu também um prémio Gramophone pelo Quinteto com Piano de Dvořák (Supraphon), com o Quarteto Pavel Haas, bem como o Diapason d’Or e Choc de Classica pelo lançamento do Quinteto com Piano de Brahms.
Giancarlo Guerrero | O maestro foi distinguido com seis prémios Grammy. Em 2024/25, cumpre a sua sexta e última temporada como Diretor Musical da Orquestra Sinfónica de Nashville, com a qual estreou mais de duas dezenas de obras, nomeadamente de compositores americanos, e realizou vinte e uma gravações comerciais que receberam treze nomeações para os Grammy. Recentemente foi nomeado Diretor Musical da Orquestra de Sarasota, na Flórida, com início de funções em 2025/26.
Giancarlo Guerrero dirige regularmente as principais orquestras norte-americanas, incluindo a Filarmónica de Nova Iorque, a Sinfónica de Chicago a Sinfónica de São Francisco, a National Symphony (Washington DC) e as orquestras de Boston, Baltimore, Cleveland, Cincinnati, Dallas, Detroit, Indianapolis, Los Angeles, Milwaukee, Montreal, Filadélfia, Seattle, Toronto, Vancouver e Houston. Têm sido muito aplaudidas as suas regulares apresentações na Europa (Alemanha, Reino Unido, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Itália), bem como no Brasil, na Nova Zelândia e na Austrália.
Giancarlo Guerrero foi Diretor Musical da NFM Filarmónica de Wrocław (Polónia), Maestro Convidado Principal da Orquestra de Cleveland e da Orquestra Gulbenkian, Diretor Musical da Eugene Symphony e Maestro Associado da Orquestra do Minnnesota. Tem-se dedicado também às orquestras de jovens, colaborando com o Curtis Institute of Music (Filadélfia), a Colburn School (Los Angeles), a National Youth Orchestra (Nova Iorque) e a Yale Philharmonia. Está também envolvido no programa Accelerando, da Sinfónica de Nashville, que proporciona uma intensa formação musical a jovens talentos.
Giancarlo Guerrero nasceu na Nicarágua, mas emigrou para a Costa Rica na infância. O seu talento musical permitiu-lhe estudar percussão e direção de orquestra na Baylor University, nos Estados Unidos da América, tendo obtido o grau de Mestre em Direção de Orquestra pela Northwestern University.
Coro Gulbenkian | Fundado em 1964, conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, podendo atuar também em grupos vocais mais reduzidos.
Apresenta-se tanto como grupo a cappella como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou com outros agrupamentos para a interpretação das grandes obras do repertório clássico, romântico ou contemporâneo. Na música do século XX tem apresentado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros.
Tem sido igualmente convidado para colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais, entre as quais a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden‑Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional de Lyon, a Orquestra de Paris ou a Orquestra Juvenil Gustav Mahler.
O Coro Gulbenkian tem participado em importantes festivais internacionais, tais como: Festival Eurotop (Amesterdão), Festival Veneto (Pádua e Verona), City of London Festival, Hong Kong Arts Festival, Festival Internacional de Música de Macau, ou Festival d’Aix-en-Provence. Em 2015 participou, em Paris, no concerto comemorativo do Centenário do Genocídio Arménio, com a World Armenian Orchestra dirigida por Alain Altinoglu.
A discografia está representada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC‑Music e Aria‑Music, tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prestigiados prémios internacionais.
Entre 1969 e 2020, Michel Corboz foi o Maestro Titular do Coro Gulbenkian. Desde 2024, Martina Batic é Maestra Titular, Inês Tavares Lopes Maestra Adjunta e Jorge Matta consultor artístico.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2