Com curadoria do pianista Filipe Pinto-Ribeiro, o Ciclo de concertos com prelúdios científicos, MUSIC4L-MENTE explora o cruzamento entre a música e as neurociências, em concertos de música de câmara com quartetos de cordas de excelência que interpretam obras de referência de grandes compositores.
2 junho | 19h00
3 junho | 21h00
Teatro Thalia, Lisboa
MUSIC4L-MENTE
Ciclo de concertos com prelúdios científicos
Quarteto Gropius e Filipe Pinto-Ribeiro (piano)
prelúdio científico por Stefan Kölsch
prelúdio científico por Stefan Kölsch
Quarteto Gropius
Friedemann Eichhorn, violino
Indira Koch, violino
Alexia Eichhorn, viola
Wolfgang Emanuel Schmidt, violoncelo
Friedemann Eichhorn, violino
Indira Koch, violino
Alexia Eichhorn, viola
Wolfgang Emanuel Schmidt, violoncelo
Programa
Prelúdio científico: O que acontece no cérebro e no corpo quando a música nos surpreende? por Stefan Kölsch (Universidade de Bergen, Noruega)
Felix Mendelssohn (1809-47) – Quarteto de Cordas n.º 6, op. 80
I. Allegro vivace assai – Presto
II. Allegro assai
III. Adagio
IV. Finale: Allegro molto
I. Allegro vivace assai – Presto
II. Allegro assai
III. Adagio
IV. Finale: Allegro molto
Fazıl Say (n. 1970) – Quarteto de Cordas op. 29, Divorce
I. Allegro maestoso
II. Andante
III. Presto
I. Allegro maestoso
II. Andante
III. Presto
Antonín Dvořák (1841-1904) – Quinteto com Piano op. 81
I. Allegro, ma non tanto
II. Dumka: Andante con moto
III. Scherzo (Furiant): Molto Vivace
IV. Finale: Allegro
I. Allegro, ma non tanto
II. Dumka: Andante con moto
III. Scherzo (Furiant): Molto Vivace
IV. Finale: Allegro
Cabe ao Quarteto Gropius, em estreia nacional, o encerramento da primeira edição de MUSIC4L-MENTE, o ciclo que cruza a música e as neurociências.
Este aclamado ensemble que toma como nome e inspiração o arquiteto alemão fundador da Bauhaus, ambiciona extrair a estrutura compositiva de cada obra, tornando-a reconhecível pela sua interpretação apaixonada. O quarteto aplica esta divisa a obras de Mendelssohn, Fazıl Say e Dvořák, sendo acompanhado nesta última pelo pianista Filipe Pinto-Ribeiro, curador deste ciclo.
Stefan Kölsch, no seu prelúdio científico, desvenda o modo como a música que nos surpreende instiga emoções.
Aceda à Folha de Sala, aqui.
Quarteto Gropius | Walter Gropius foi um visionário que, nos anos 20 do século passado, fundou o estilo Bauhaus. Clareza e arrojo caracterizam as suas obras. Berlim e Weimar eram os seus locais de trabalho, o que também se aplica ao Quarteto. Seguindo o seu exemplo, e influenciado por contactos pessoais com Yehudi Menuhin e Mstislav Rostropovich, procura revelar a estrutura de uma peça musical e dar-lhe vida por meio de uma interpretação arrebatada.
Como os seus membros se conhecem desde o tempo em que estudavam na International Menuhin Music Academy (Gstaad) e na Juilliard School (Nova Iorque), o Quarteto Gropius é mais do que a soma dos seus componentes, todos com sólidas carreiras como solistas e músicos de câmara. A constelação intuitiva e bem definida do seu trabalho contribui para a dinâmica enérgica do Quarteto.
Desde a sua estreia em 2018 no Nationaltheater Weimar, tem vindo a apresentar programas desafiantes, onde obras invulgares e desconhecidas surgem lado a lado com o repertório clássico. Estreou numerosas peças musicais, nomeadamente as que George Alexander Albrecht escreveu para o Quarteto, executadas em estreia mundial no Nationaltheater Weimar, em 2019, ou o Quartet with Beatbox, de Enjott Schneider, estreado no Konzerthaus Berlin em 2022.
Além disso, o Quarteto tem o seu próprio festival em Bad Honnef/ Bona, onde, em 2021, apresentou em estreia mundial duas peças de Sir Karl Jenkins: a versão para quarteto de Chatterbox e a versão para quinteto de Benedictus, com o célebre violoncelista Mischa Maisky.
Desde a sua estreia em 2018 no Nationaltheater Weimar, tem vindo a apresentar programas desafiantes, onde obras invulgares e desconhecidas surgem lado a lado com o repertório clássico. Estreou numerosas peças musicais, nomeadamente as que George Alexander Albrecht escreveu para o Quarteto, executadas em estreia mundial no Nationaltheater Weimar, em 2019, ou o Quartet with Beatbox, de Enjott Schneider, estreado no Konzerthaus Berlin em 2022.
Além disso, o Quarteto tem o seu próprio festival em Bad Honnef/ Bona, onde, em 2021, apresentou em estreia mundial duas peças de Sir Karl Jenkins: a versão para quarteto de Chatterbox e a versão para quinteto de Benedictus, com o célebre violoncelista Mischa Maisky.
Filipe Pinto-Ribeiro | É um dos grandes pianistas portugueses da atualidade e um dos que mais reconhecimento internacional conquistaram enquanto solista e músico de câmara. Diplomado e doutorado pelo Conservatório Tchaikovski de Moscovo, onde estudou com Lyudmila Roschina, encetou desde então uma carreira que o tem levado a apresentar-se nas mais conhecidas salas e com as principais orquestras portuguesas, e em alguns dos reputados palcos e prestigiosas séries de concertos da Europa e América do Norte.
Momento importante no seu percurso foi a criação, em 2006, do DSCH – Schostakovich Ensemble (de que é diretor artístico), um agrupamento de geometria variável onde se tem reunido, ao longo dos últimos quase 20 anos, a muitos dos mais significativos músicos do nosso tempo para concertos um pouco por todo o mundo. Foi também a partir desse Ensemble que criou em 2015 o Festival e a Academia Verão Clássico, que se realiza anualmente em Lisboa, hoje inquestionavelmente um dos mais importantes festivais e academias musicais de verão do mundo.
É também diretor artístico do Festival de Música dos Capuchos e do Bragança ClassicFest.
Da sua discografia, destaquem-se, a solo, o CD Piano Seasons, com obras de Tchaikovski, Carrapatoso e Piazzolla/Nisinman e, em música de câmara, a integral para piano e cordas de Schostakovich e um disco com Trios de Beethoven, todos editados pela Paraty/ Harmonia Mundi. Recebeu da marca de pianos Steinway & Sons a distinção de “Artista Steinway”, em 2014.
© Niels Westra
Stefan Kölsch | Estudou música instrumental e vocal na Universidade das Artes de Bremen, a que se seguiram estudos de psicologia e sociologia na Universidade de Leipzig. Licenciou-se em Arte em 1994, diplomando-se em Psicologia em 1998 e em Sociologia em 2000. A sua tese de doutoramento pela Universidade de Leipzig, O Cérebro e a Música: Um contributo para a investigação do processamento central auditivo segundo uma nova abordagem eletrofisiológica, foi preparada no Instituto Max Planck de Ciências Humanas Cognitivas e do Cérebro. Depois de frequentar a Harvard Medical School (EUA) na qualidade de bolseiro pós-doutorado, fundou em 2003 o grupo de investigação independente “Neurocognição da Música” no Instituto Max Planck. Em 2004, tornou-se Agregado em Psicologia na Universidade de Leipzig. Em 2006, foi nomeado Assistente na Universidade de Sussex, onde lecionou e fez investigação nos campos da neurociência cognitiva e afetiva, psicologia biológica e psicologia da música. Em 2010, assumiu o cargo de professor universitário de Psicologia e Neurociência da Música, no âmbito do cluster de excelência “Linguagens da Emoção”, na Freie Universität Berlin. Desde 2015, é professor de Psicologia Biológica, Psicologia Médica e Psicologia da Música na Universidade de Bergen (Noruega), no âmbito do Toppforskprogrammet, o programa de investigação de ponta norueguês.
É o mais destacado estudioso europeu da música e do cérebro. As suas principais áreas de investigação incluem a perceção, a atenção, a memória operacional, a emoção, a terapia musical e a personalidade. As suas pesquisas levaram-no a concluir que os recursos neurais dos processamentos da música e da linguagem coincidem em muito, e que a atividade de qualquer estrutura cerebral que desempenha um papel causal nas emoções pode ser influenciada pela música. Esta última conclusão tem implicações importantes no uso terapêutico da música, uma vez que numerosas perturbações e doenças crónicas de natureza somática, psiquiátrica ou neurológica estão ligadas a anomalias funcionais destas estruturas cerebrais.
Curadoria: Filipe Pinto-Ribeiro
Comissão científica: António Damásio, Barbara Tillmann, Hanna Damásio, Maria Majno, Nuno Sousa, Stefan Kölsch
Coorganização: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, DSCH – Associação Musical, Teatro Nacional São João
Comissão científica: António Damásio, Barbara Tillmann, Hanna Damásio, Maria Majno, Nuno Sousa, Stefan Kölsch
Coorganização: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, DSCH – Associação Musical, Teatro Nacional São João