19, 21 e 22 Setembro | 19h00
Concerto Aberto
Realização e Apresentação: Andrea Lupi
Gravação da Antena 2 / RTP
no Centro Cultural de Belém
no âmbito do Festival Música Viva 2022,
a 27 de Novembro de 2022
Concerto de Encerramento do Festival Música Viva 2022
Elsa Silva, piano
Thomas Bloch, ondas martenot
Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Maestrina do Coro Erica Mandillo
Direção de Pedro Neves
Programa
Claude Debussy (1862-1918) – Petite Suite
1. En bateau (Andantino)
2. Cortège (Moderato)
3. Menuet (Moderato)
4. Ballet (Allegro giusto)
Constança Capdeville (1937-1992) – Que mon chant ne soit plus d’oiseau
Olivier Messiaen (1908-1992) – Três pequenas liturgias da presença divina
1. Antienne de la Conversation intérieure (Deus presente em nós)
2. Séquence du Verbe, Cantique divin (Deus presente em ele mesmo)
3. Psalmodie de l’Ubiquité par Amour (Deus presente em todas as coisas)
Vinte e oito anos de Música Viva configuram um percurso singular e marcam de forma indelével a criação musical em Portugal, mostrando a vitalidade e a qualidade da música portuguesa da atualidade, afirmando os seus criadores e os seus intérpretes.
Este é o concerto de encerramento do Festival Música Viva 2022, um concerto em parceria com a Orquestra Metropolitana e com o Centro Cultural de Belém, um concerto que nos permite olhar para a herança musical do passado para melhor compreender a música que se pensa e que se faz hoje, com a música de três compositores que partilham músicas de extremo requinte, repletas de poesia.
É um concerto que assinala também o desaparecimento em 1992, há 30 anos, de Olivier Messiaen e de Constança Capdeville, mas que celebra igualmente os 85 anos do nascimento desta compositora portuguesa.
Claude Debussy (1862-1918) é, em grande medida, um compositor que abre as portas do século XX, e as suas inovações vão ter repercussões duráveis na música escrita depois dele. Influenciou directamente Olivier Messiaen (1908-1992) e ambos foram compositores de referência para Constança Capdeville (1937-1992). Mas todos eles, no seu tempo, mantiveram as devidas distâncias dos demais compositores que admiravam, mantendo-se como vozes únicas, autênticas e inigualáveis. Olivier Messiaen, poderíamos dizer, é um pilar estruturante do pensamento musical do século XX, com influência crescente a partir da 2.ª Guerra Mundial, e Constança Capdeville é uma pioneira do que designou por «teatro-música», não só entre nós, e uma personalidade musical excepcional e profundamente original, que urge valorizar e conhecer melhor.
Miguel Azguime
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Elsa Marques Silva é natural do Porto. Já colaborou com maestros como Meir Minsky, Ferreira Lobo, Osvaldo Ferreira, Nicholas Kok, Cesário Costa, Tolga Kashif, Luís Carvalho e Jean-Marc Burfin. Tem dedicado particular atenção à música contemporânea, participando em inúmeras estreias de compositores portugueses e estrangeiros. É docente na Academia de Música de Vilar do Paraíso, exerce funções de acompanhadora na ESMAE e é membro do Sond’arte Electric Ensemble.
Thomas Bloch é um músico francês que vive em Paris. É um artista especializado em instrumentos raros (ondes Martenot, gaita de vidro, cristal Baschet). As suas performances abrangem deste música clássica e contemporânea a canções rock, música para teatro, ópera, improvisação, música para cinema e ballet. É também compositor e produtor.
Mestre em Biofísica, Erica Mandillo estudou piano e realizou o Curso Geral de Canto do Conservatório de Lisboa. Em 2003 realizou o Curso de Encenação de Ópera da Gulbenkian, tendo sido convidada para efetuar um estágio em Paris com o encenador Cristian Gagneron. Foi membro do Coro Gulbenkian e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, fundadora e Directora Artística da Camerata Filorentina e do Coro Infantil da Universidade de Lisboa, agrupamentos com os quais já realizou mais de uma centena de concertos.
O Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa fez a sua primeira apresentação pública em junho de 2005, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Desde então realizou centenas de concertos e espetáculos em Portugal e no estrangeiro, onde se tem vindo a afirmar como um dos mais aclamados grupos vocais infantojuvenis, desenvolvendo uma nova linguagem coral na qual associa a expressão corporal e teatral ao canto.
Pedro Neves é atualmente maestro titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Paralelamente, desempenha as funções de maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho.
A Orquestra Metropolitana de Lisboa é pedra angular de um projeto que se estende além do formato habitual de uma orquestra clássica, tendo como propósito fazer confluir as missões artística, pedagógica e cívica. É constituída por 35 músicos de 10 nacionalidades diferentes. Interpreta um leque de repertório que se estende do barroco à contemporaneidade, passando pela ópera e pelas grandes sinfonias românticas.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2