22 Janeiro | 18h00
Programa Mezza-Voce
Apresentação e Realização: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Gravação pela BR Klassik
no Teatro do Príncipe Regente, em Munique,
a 3 de Abril de 2022
Alfredo Catalani | La Wally
(Versão concerto)
Wally: Carmen Giannattasio (S)
Walter: Mané Galoyan (S)
Afra: Corinna Scheurle (MS)
Giuseppe Hagenbach: Carlo Ventre (T)
Vincenzo Gellner: Juan Jesús Rodríguez (BT)
Stromminger: Ante Jerjunica (B)
Coro da Radiodifusão da Baviera
Orquestra da Rádio de Munique
Direção de Graeme Jenkins
Com papéis principais do repertório italiano como Tosca, Mimì e Norma, a soprano Carmen Giannattasio tem brilhado no panorama operático internacional: uma presença com uma voz marcante é o que se pode esperar no papel de Wally de Catalani.
O tenor uruguaio Carlo Ventre e o barítono espanhol Juan Jesús Rodríguez são os escolhidos para os papéis dos adversários Hagenbach e Gellner, que lutam por Wally.
A orquestra é dirigida pelo britânico Graeme Jenkins, conhecido pelo seu vasto repertório e experiência na área da ópera. Foi Diretor Musical da Ópera de Dallas (1994-2013), inclusive supervisionando a sua mudança para o novo edifício projetado por Norman Foster.
Mais sobre esta récita, aqui.
La Wally
Ópera em 4 atos
Música de Alfredo Catalani (Lucca, 19 de junho de 1854 – Milão, 7 de agosto de 1893)
Libreto de Luigi Illica (1857-1919)
Com o libretista de La Bohème, de Tosca e de Madame Butterfly, o italiano Alfredo Catalani compôs, no ano anterior à sua morte por tuberculose, uma das suas mais conhecidas óperas a par de Loreley (1890), La Wally.
O libreto baseia-se na bem sucedida peça de teatro Die Geier-Wally, Eine Geschichte aus den Tyroler Alpen (literalmente "O abutre-Wally – Uma história dos Alpes tiroleses"), de Wilhelmine von Hillern (1836-1916).
A história passa-se numa aldeia do Tirol austríaco, onde Wally, de espírito livre, mas vulnerável, está apaixonada pelo belo Giuseppe Hagenbach, filho do inimigo implacável de seu pai. Este, por seu turno, acorda com outro pretendente a união com a filha, mas Wally recusa-se a aceitar o casamento arranjado. Esta trama leva então a um inevitável desfecho desastroso.
O final desta ópera encerra, pois, uma das mais memoráveis cenas de suicídio operáticos – quando a heroína se atira para uma avalanche em curso.
A primeira récita ocorreu no Teatro alla Scala de Milão, em 20 de janeiro de 1892, sob a direção de Edoardo Mascheroni.
Esta ópera ficou conhecida pela famosa ária Ebben? Ne andrò lontana (Ato I), cantada por Wally quando decide deixar definitivamente a sua família.
Catalani já tinha composto essa ária em 1878, com o título Chanson Groënlandaise, decidindo posteriormente incorporá-la na ópera.
Esta ária tornou-se mais conhecida do grande público quando foi utilizada no filme de Jean-Jacques Beineix, A Diva e os Gangsters, de 1981, cantada por Wilhelmenia Wiggins Fernandez.
Fotos @ BR / Mark Convalin