Nasceu em 1885 em Viena, onde também viria a morrer. Participou na conturbada efervescência cultural que caracterizou a capital austríaca durante este período de crise da civilização europeia.
A decisão do jovem Berg de se dedicar à composição conhece um impulso decisivo entre 1904 e 1911, quando estuda harmonia, contraponto e teoria musical sob a direção de Schoenberg. A influência deste último sobre Berg não poderia ter sido mais decisiva em termos artísticos e pessoais.
Na fase que antecede a sua participação na Primeira Guerra Mundial – portanto, ainda antes da composição de Wozzeck – as suas primeiras obras, e desde logo a Sonata para piano (op. 1), revelam o tom de uma linguagem que alia o rigor na construção à minúcia na imbricação dos detalhes, características que fazem de Berg, nos termos de Adorno, o “mestre da transição mínima”. Com as óperas Wozzeck e Lulu – obras que, a par do Concerto para Violino e da Suite Lírica, ocuparam longamente o compositor entre o final da Primeira Guerra Mundial e a sua morte em 1935 –, Berg protagoniza uma significativa revolução na ópera moderna, abrindo novos caminhos em termos musicais e dramatúrgicos.
Formou, em conjunto com Schoenberg e Webern, a chamada Segunda Escola de Viena.