Concerto Giant Steps
6 Maio 19h00
José Soares – saxofone alto
João Grilo – piano
Homenagem a John Coltrane 60 anos após o lançamento de Giant Steps, o disco que marcou a história do jazz.Qualquer músico de jazz conhece a dificuldade de improvisar sobre Giant Steps, um dos clássicos que John Coltrane nos legou, com uma complexidade tonal que tem posto à prova a destreza de sucessivas gerações de músicos desde 1960, ano em que o disco com o mesmo título foi lançado.
José Soares, saxofonista e compositor, teve o primeiro contacto com a música aos 6 anos. O percurso com o saxofone começou pela música clássica, com os títulos do Conservatório de Música David de Sousa e da Escola Profissional de Música de Espinho. Em 2010 ingressou na Licenciatura em Jazz da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Em 2017 iniciou os estudos no Conservatório de Amsterdão que finalizou com distinção. É uma presença solicitada na cena musical nacional e internacional. Para além de liderar um quarteto (com Mané Fernandes, Francisco Brito e Marcos Cavaleiro), é membro ativo de vários projetos nacionais cujo trabalho é aclamado pela crítica: Ensemble Super Moderne, João Mortágua Axes, Jeffery Davis Quinteto, Pedro Alves Omniae Ensemble, entre outros. Foi também solista convidado da Orquestra de Jazz de Matosinhos e em 2019 integrou o projeto HVIT do pianista João Grilo.
João Grilo nasceu no Luxemburgo em 1993. Aos 12 anos mudou-se para o Porto. Estudou na Escola Jazz do Porto, no Conservatório de Música do Porto, e em 2015 concluiu o curso de piano jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Nesse mesmo ano gravou o primeiro CD intitulado ‘Como se chama o teu disco?’, editado pela Porta Jazz e três anos mais tarde prosseguiu os estudos com um mestrado em Copenhaga, Gotemburgo e Oslo. Criou em 2019 o projeto HVIT que integra José Soares e músicos da Noruega e da Dinamarca, dando origem a um disco elogiado pela crítica.
Um título que, de resto, bate certo com a música. Cada nota, das 24 que compõem a melodia de Giant Steps, corresponde não só a um acorde distinto como a uma tonalidade diferente. O improviso constitui, por isso, um considerável desafio, pois nenhuma escala serve por mais do que um instante.
Na gravação original apercebemo-nos dessa dificuldade nomeadamente no solo do pianista Tommy Flanagan (aos 2’55”): a hesitação é constante, como se a sequência harmónica não lhe desse um momento de sossego, e nem a sua experiência, aos 30 anos, lhe concedeu os recursos para enfrentar com à vontade aquele salto de gigante concebido por Coltrane.
As principais sessões de gravação de Giant Steps decorreram nos dias 4 e 5 de maio de 1959 e o disco foi lançado em janeiro de 1960. Além de Coltrane (sax tenor) e Tommy Flanagan (piano), essas sessões contaram com Paul Chambers (contrabaixo) e Art Taylor (bateria).
As academias de jazz por todo o mundo, entretanto, têm-se servido de Giant Steps para exercitar a criatividade dos músicos nos níveis mais avançados. Hoje temos vários exemplos de solistas capazes de acrescentar valor, ou seja, não se cingindo a simples escalas, quando improvisam sobre Giant Steps.
Dois desses músicos são portugueses, José Soares (saxofone alto) e João Grilo (piano).
Eles aceitaram o desafio da Antena 2: apresentar ao vivo, a partir do auditório do Liceu Camões, num concerto à porta fechada (em consonância com as regras de confinamento que os portugueses e o resto do mundo têm experimentado no âmbito do combate à Covid-19), ou seja, sem público na sala mas certamente em casa, no carro ou onde quer que sintonize a rádio, atento a esta celebração da música que John Coltrane concebeu há 60 anos.
Neste dia 6 de maio de 2020, seis décadas após o lançamento do disco, recriamos a partir das 19h00 o espírito arrojado de Giant Steps e de John Coltrane com estes dois músicos portugueses credenciados.
José Soares, saxofonista e compositor, teve o primeiro contacto com a música aos 6 anos. O percurso com o saxofone começou pela música clássica, com os títulos do Conservatório de Música David de Sousa e da Escola Profissional de Música de Espinho. Em 2010 ingressou na Licenciatura em Jazz da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Em 2017 iniciou os estudos no Conservatório de Amsterdão que finalizou com distinção. É uma presença solicitada na cena musical nacional e internacional. Para além de liderar um quarteto (com Mané Fernandes, Francisco Brito e Marcos Cavaleiro), é membro ativo de vários projetos nacionais cujo trabalho é aclamado pela crítica: Ensemble Super Moderne, João Mortágua Axes, Jeffery Davis Quinteto, Pedro Alves Omniae Ensemble, entre outros. Foi também solista convidado da Orquestra de Jazz de Matosinhos e em 2019 integrou o projeto HVIT do pianista João Grilo.
João Grilo nasceu no Luxemburgo em 1993. Aos 12 anos mudou-se para o Porto. Estudou na Escola Jazz do Porto, no Conservatório de Música do Porto, e em 2015 concluiu o curso de piano jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Nesse mesmo ano gravou o primeiro CD intitulado ‘Como se chama o teu disco?’, editado pela Porta Jazz e três anos mais tarde prosseguiu os estudos com um mestrado em Copenhaga, Gotemburgo e Oslo. Criou em 2019 o projeto HVIT que integra José Soares e músicos da Noruega e da Dinamarca, dando origem a um disco elogiado pela crítica.
Evocamos, pois, Giant Steps num desafiante momento de música ao vivo, inspirado no universo de John Coltrane, com o duo do saxofonista José Soares e do pianista João Grilo. Em direto na Antena 2.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2