Numa homenagem ao premiado, A Ronda da Noite recuperou a passagem do escritor espanhol Eduardo Mendoza pela rádio em 2008, entrevistado por Luís Caetano e as palavras do escritor nas Correntes d’Escritas desse ano.
O escritor espanhol Eduardo Mendoza foi o vencedor este ano do Prémio Cervantes, e anunciado no passado dia 29 de novembro pelo Ministro da Educação, Cultura e Desporto de Espanha.
O Prémio Cervantes, a mais importante distinção da literatura em língua castelhana, foi constituído em 1975 pelo Ministério da Cultura de Espanha, e é atribuído todos os anos a um autor cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento da literatura nesta língua.
Considerado o fundador da nova literatura espanhola, Eduardo Mendoza Garriga nasceu a 11 de janeiro de 1953, em Barcelona. Autor de uma vasta obra, iniciou a sua carreira literária em 1975 com a publicação de A Verdade Sobre o Caso Savolta, considerado o romance fundador da chamada nova literatura espanhola, e que recebeu além de outros galardões, o Prémio da Crítica espanhol nesse ano.
Mas foi pelo romance seguinte, lançado em 1978, O Mistério da Cripta Assombrada (em Portugal editado pela Casa das Letras), que o escritor alcançou grande sucesso; é o primeiro de uma série de livros protagonizada por um detetive que está internado num hospital psiquiátrico.
A sua já extensa obra vai do romance ao teatro, tendo sido publicados quinze romances, dois livros de contos, duas peças de teatro e quatro ensaios. Em Portugal são vários os títulos que foram traduzidos, prevendo-se para fevereiro de 2017, o lançamento da sua mais recente obra, O caso da modelo perdida, pela Sextante Editora.
Quatro das suas obras foram adaptadas ao cinema. Ao longo do seu percurso literário, Mendoza foi distinguido com inúmeros prémios, entre os quais, o Prémio Franz Kafka, o Prémio Planeta, o Prémio Médicis, o Prémio Fundación José Manuel Lara e agora, o Prémio Cervantes de 2016.