Lisboa Soa – Festival de Arte Sonora
O festival celebra a arte sonora para trazer ao debate uma variável importante e muitas vezes negligenciada no planeamento dos lugares: o som.
Durante quatro dias, o Jardim da Tapada das Necessidades vai ser ocupado com obras de arte sonora interativas que permitem aprender e refletir sobre o ambiente acústico que nos rodeia.
Na estufa, terão lugar performances e concertos, que estabelecem um diálogo com o espaço onde se encontram e percursos sonoros que levam os participantes a percorrer o jardim de ouvidos abertos.
Abertura
19h00 | Estufa Circular
Allard van Hoorn investiga relações com o ambiente através da arquitetura, design, música e dança. Ele traduz visual, acústica e espacialmente o nosso uso e perceção das cidades e da natureza, questionando preconceitos e experiências dos espaços em que vivemos e trabalhamos. A sua performance será feita em colaboração com um grupo de bailarinos portugueses.
20h00 | Estufa Circular
Akio Suzuki tem vindo a criar sons terrenos, mas etéreos há mais de quatro décadas.
Nascido em 1941, este músico japonês é também inventor e construtor de instrumentos e Xamã. Suzuki fez do som no espaço exterior o foco de sua carreira, construindo instalações que transcendem o espaço e o tempo, transformando o mundo num sonho lúcido.
2 Setembro
19h30 | Estufa Circular
Camille Norment apresenta-se com o seu trio, uma formação constituída por guitarra elétrica, hardingfele norueguês (instrumento semelhante ao violino, diferenciando-se pelo uso de quatro a cinco cordas a mais de ressonância) e um rara harmónica em vidro, instrumento tocado por Norment que terá sido banido no século XVIII pela sua capacidade de gerar êxtase.
3 Setembro
14h30 - 17h00
19h00
19h30 | Estufa Circular
Phonopticon, Sonoscopia
Phonoticon é um espetáculo onde são exploradas novas formas de expressão nas áreas de composição, interpretação e espacialização eletroacústica, recorrendo à construção de novos equipamentos acústicos e eletrónicos, como elemento fulcral em todo o processo de criação.
Com Gustavo Costa, Henrique Fernandes e Ricardo Jacinto.
4 Setembro
11h00 - 12h00
Um passeio sonoro para crianças com idades até aos 12 anos, acompanhadas pelos crescidos.
Tudo começa com uma reunião no parque entre todos os participantes para introduzir o conceito de escuta profunda, focada e atenta. Os participantes são incentivados a trazer um caderno para escrever ou desenhar a sua experiência de som no presente e no passado imaginário, que serão partilhados em grupo. O passeio sonoro será realizado em português e inglês.
18h45
Mesa redonda – A que deve soar a cidade sustentável e acessível para todos?
De que forma o ambiente sonoro nos afeta, como podem as cidades crescer de forma sustentável, integrando no seu planeamento as variáveis acústicas, tantas vezes negligenciadas pelas disciplinas que modelam as nossas cidades? Quais são os sons que se inscrevem na vida quotidiana dos lugares bem sucedidos e favoráveis à felicidade?
1 a 4 setembro
Lago das Estrelícias
Esta instalação é feita a partir de oito antenas parabólicas, sete delas brancas e e uma preta, elementos residuais óbvios que representam o poder da televisão mainstream e dos meios de comunicação. Trazidos para a vida através do som, do vento e da água, estes animais flutuam pacificamente num pequeno lago, fundindo-se perfeitamente com a natureza que os rodeia.
Relvado central
INsono é uma instalação sonora e um percurso onde se descobre o jardim, os sons envolventes e os sons de que o silêncio é feito. Para todas as faixas etárias.
Em teoria, o som que produzimos numa sala continua para sempre porque as partículas nunca param. Apenas deixamos de ouvir.
Dissipa-se a energia. Nesta instalação habita-se o espaço através do som, como que sons fantasma construídos com a energia dos corpos vivos que nos colocam em permanência num lugar.
Jardim dos Cactos
João Bento propõe uma viagem sonora ao interior do Jardim do Cactos, explorando as suas características sonoras como se os habitássemos e escutássemos.
Tanque da Casa de Fresco