Letra Original:
Sombrero (Edouard Guinand)
Qu’elle était mutine et coquette,
La fillette
Du vieux Pédro!
Elle avait mis sur son oreille
Si vermeille
Un sombrero.
Elle avait un petit air crâne
De Diane
Courant le cerf;
L’oeil indompté d’une cavale
Qui détale
Dans le désert.
Autour de sa taille serrée
Et cambrée
Son corset noir
Reluisait comme une cuirasse,
Claire glace,
Vivant miroir.
Elle avait pris son ton farouche
Et sa bouche,
Rose clairon,
Sonnait une brève fanfare,
Et, bizarre,
Plissait le front.
Elle frappait contre la dalle
Sa sandale
Fiévreusement.
Elle attendait impatiente,
Défiante,
Son jeune amant.
Il ne viendra pas, songeait-elle,
L’infidèle,
Il est trop tard!
Elle tenait dans sa main blanche,
Par le manche,
Son fin poiganrd.
Qu’elle était troublée, inquiète,
La fillette
Du vieux Pédro.
Elle avait mis sur son oreille
Si vermeille
Un sombrero.
Tradução para Português:
Sombrero (Edouard Guinand)
Como era obstinada e coquette,
A pequena filha
Do velho Pedro!
Ela colocara sobre o seu ouvido
Tão vermelho
Um sombrero.
Ela tinha um certo ar
De Diana
Caçando o veado;
O olho selvagem de uma égua
Que desaparece
No deserto.
À volta da sua fina
E curva figura
O seu colete negro
Reluzia como uma coiraça,
Claro reflexo,
Vivo espelho.
Ela tinha tomado o seu tom feroz
E a sua boca,
Clarim cor de rosa,
Suave como uma breve fanfarra
E bizarra,
Franzia a sua fronte
Ela batia contra a laje
A sua sandália
Febrilmente.
Ela esperava impaciente,
Desafiadora,
O seu jovem amante.
Ele não virá, pensava ela,
O infiel,
É demasiado tarde!
Ele segurava na sua mão branca
O seu afiado punhal
Pelo punho.
Como estava perturbada e inquieta
A pequena filha
Do velho Pedro.
Ela tinha colocado sobre o seu ouvido
Tão vermelho
Um sombrero.