Letra Original:
Der Zwerg (Mattäus Casimir von Collin)
Im trüben Licht verschwinden schon die Berge,
Es schwebt das Schiff auf glatten Meerswogen,
Worauf die Königin mit ihrem Zwerge.
Sie schaut empor zum hochgewölbten Bogen,
Hinauf zur lichtdurchwirkten blauen Ferne,
Die mit der Milch des Himmels blass durchzogen.
Nie, nie habt ihr mir gelogen noch, ihr Sterne,
So ruft sie aus, bald werd’ ich nun entschwinden,
Ihr sagt es mir, doch sterb’ ich wahrlich gerne.
Da tritt der Zwerg zur Königin, mag binden
Um ihren Hals die Schnur von roter Seide,
Und weint, als wollt’ er schnell vor Gram erblinden.
Er spricht: "Du selbst bist schuld an diesem Leide,
Weil um den König du mich hast verlassen,
Jetzt weckt dein Sterben einzig mir noch Freude.
Zwar werd’ ich ewiglich mich selber hassen,
Der dir mit dieser Hand den Tod gegeben,
Doch musst zum frühen Grab du nun erblassen."
Sie legt die Hand aufs Herz voll jungem Leben,
Und aus dem Aug’ die schweren Tränen rinnen,
Das sie zum Himmel betend will erheben.
"Mögst du nicht Schmerz durch meinen Tod gewinnen",
Sie sagt’s, da küsst der Zwerg die bleichen Wangen,
D’rauf alsobald vergehen ihr die Sinnen.
Der Zwerg schaut an die Frau, vom Tod befangen,
Er senkt sie tief ins Meer mit eig’nen Händen.
Ihm brennt nach ihr das Herz so voll Verlangen,
An keiner Küste wird er je mehr landen.
Tradução para Português:
O anão (Mattäus Casimir von Collin)
Na obscuridade desaparecem já as montanhas,
Paira o navio sobre as suaves ondas do mar
Em que viaja a rainha com os seus anões.
Ela levanta o olhar para a alta abóbada do céu,
Para cima para as distâncias entrelaçadas de luz,
Que palidamente com o leite do céu se cruzam.
Nunca, nunca me mentistes, vós estrelas,
Assim gritou ela, em breve eu desaparecerei,
Vós mo dissestes, mas eu morrerei na verdade de boa vontade.
Então coloca-se o anão junto da rainha, liga
À volta do seu pescoço uma fita de seda vermelha,
E chora como se cegasse pela dor.
Ele fala: "tu própria és culpada pelo meu sofrimento,
Porque pelo rei me abandonaste,
Agora a tua morte desperta-me unicamente alegria.
Na verdade, eu odiar-me-ei eternamente,
Eu que com esta mão te dei a morte,
E agora tu pálida, muito jovem, morres."
No seu coração, cheio de vida, ela coloca a sua mão,
E amargas lágrimas lhe correm dos olhos,
Que ela, orando, levanta ao céu.
"Queira Deus que não ganhes dor com a minha morte".
Ela disse e então o anão beija as pálidas faces
Sobre as quais ela perde os seus sentidos.
O anão olha para a dama, prisioneira da morte,
Ele baixa-a profundamente no mar, com as suas prórias mãos.
O coração arde-lhe tão cheio de desejo,
Em nenhuma costa ele nunca mais aterrará.