Letra Original:
Die gefangenen Sänger (August Wilhelm Schlegel)
Hörst du von den Nachtigallen
Die Gebüsche widerhallen?
Sieh, es kam der holde Mai.
Jedes buhlt um seine Traute,
Schmelzend sagen alle Laute,
Welche Wonn’ im Lieben sei.
Andre, die im Käflg leben,
Hinter ihren Gitterstäben,
Hören draussen den Gesang;
Möchten in die Freiheit eilen,
Frühlingslust und Liebe teilen:
Ach, da hemmt sie enger Zwang.
Und nun drängt sich in die Kehle
Aus der gramzerrissnen Seele
Schmetternd ihres Lieds Gewalt,
Wo es, statt im Weh’n der Haine
Mit zu wallen, an der Steine
Hartem Bau zurücke prallt.
So, im Erdental gefangen,
Hört der Menschen Geist mit Bangen
Hehrer Brüder Melodie;
Sucht umsonst zu Himmelsheitern
Dieses Dasein zu erweitern,
Und das nennt er Poesie.
Aber scheint er ihre Rhythmen
Jubelhymnen auch zu widmen,
Wie aus lebenstrunkner Brust:
Dennoch fühlens zarte Herzen,
Aus der Wurzel tiefer Schmerzen
Stammt die Blüte seiner Lust.
Tradução para Português:
Os cantores cativos (August Wilhelm Schlegel)
Ouves tu os trinados dos rouxinóis
Através dos arbustos ressoarem?
Vê, chegou o encantador Maio.
Cada um corteja a sua namorada,
Melodiosamente dizem todos os sons
Que maravilha reside no amor.
Outros, que na gaiola vivem,
Atrás das barras das grades,
Ouvem lá fora o canto;
Eles gostariam de para a liberdade se precipitar
O prazer da primavera e o amor partilhar:
Ah; mas eles são impedidos por rígida força.
Mas então transmite-se à voz
Das suas almas dilaceradas pela dor
Retumbante o poder da sua canção.
Onde em vez das florestas sopradas pelo vento,
Flutuante, pelas pedras
é repelido das paredes da prisão.
Assim, no vale da terra, cativo,
Ouve o espírito do homem com temor
A melodia dos seus soberbos irmãos;
Procura em vão para a benção do céu
Estender esta existência,
E a isto ele chama Poesia.
Mas se ele parece os seus ritmos
Aos hinos de júbilo também dedicar,
Como do transbordante coração:
Contudo sensíveis corações percebem-no,
Da raiz das profundas dores
Provém o florescimento da sua alegria.