Letra Original:
Memnon
Den Tag hindurch nur einmal mag ich sprechen,
Gewohnt zu schweigen immer und zu trauern,
Wenn durch die nachtgebornen Nebelmauern
Aurorens Purpurstrahlen liebend brechen.
Für Menschenohren sind es Harmonien.
Weil ich die Klage selbst melodisch künde,
Und durch der Dichtung Glut das Rauhe ründe,
Vermuten sie in mir ein selig Blühen.
In mir, nach dem des Todes Arme langen,
In dessen tiefstem Herzen Schlangen wühlen,
Genährt von meinen schmerzlichen Gefühlen,
Fast wütend durch ein ungestillt Verlangen:
Mit dir, des Morgens Göttin, mich zu einen,
Und weit von diesem nichtigen Getriebe,
Aus Sphären edler Freiheit, aus Sphären reiner Liebe,
Ein stiller, bleicher Stern herab zu scheinen.
Tradução para Português:
Memnon
Eu não posso falar senão uma vez por dia,
Habituado a calar-me sempre e a chorar,
Quando através dos muros de bruma criados pela noite
Rompem os raios purpúreos da Aurora.
Para os ouvidos humanos isto é música,
Porque eu os próprios queixumes anuncio melodicamente,
E através da emoção da poesia a aspereza atenuo,
Eles supõem-me um ser feliz.
Em mim para quem o braço da morte se estende,
No coração do qual revolvem serpentes,
Alimentadas pelos meus dolorosos sentimentos,
Quase louco por um desejo não saciado:
Unir-me contigo, ó deusa da manhã,
E longe desta vã agitação,
Das esferas de nobre liberdade e de puro amor,
Brilhar como uma estrela silenciosa e pálida.