Letra Original:
Greisengesang (Friedrich Rückert)
Der Frost hat mir bereifet des Hauses Dach;
Doch warm ist mir’s geblieben im Wohngemach.
Der Winter hat die Scheitel mir weiss gedeckt;
Doch fliesst das Blut, das rote, durchs Herzgemach.
Der Jugendflor der Wangen, die Rosen sind
Gegangen, all gegangen einander nach, –
Wo sind sie hingegangen? ins Herz Hinab:
Da blühn sie nach Verlangen, wie vor so nach.
Sind alle Freudenströme der Welt versiegt?
Noch fliesst mir durch den Busen ein stiller Bach.
Sind alle Nachtigallen der Flur verstummt?
Noch ist bei mir im Stillen hier eine wach.
Sie singet: Herr des Hauses! verschleuss dein Tor,
Dass nicht die Welt, die kalte, dring ins Gemach.
Schleuss aus den rauhen Odem der Wirklichkeit,
Und nur dem Duft der Träume gib Dach und Fach!
Tradução para Português:
Canção do velho (Friedrich Rückert)
A geada embranqueceu-me o telhado da casa;
Contudo, quente permaneceu o meu apartamento.
O inverno cobriu de branco a minha cabeça;
Contudo, o meu sangue flui vermelho no meu coração.
A suavidade das faces, as rosas partiram,
Todas partidas uma após outra, –
Para onde foram? Para o meu coração:
Ali florescem segundo o desejo, tanto antes como depois.
Secaram todas as fontes de alegria do mundo?
Ainda flui através do meu peito um tranquilo riacho.
Emudeceram todos os rouxinóis da campina?
Ainda junto de mim no silêncio um está acordado.
Ele canta: Senhor da casa! Fecha à chave o teu portão,
Para que o mundo, as frias multidões não penetrem no apartamento.
Fecha o duro fôlego da realidade,
E dá telhado só ao perfume dos sonhos!