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Schiffers Scheidelied / Canção de despedida do marinheiro

Franz Schubert

Schiffers Scheidelied / Canção de despedida do marinheiro

Schiffers Scheidelied / Canção de despedida do marinheiro

Letra Original:

Schiffers Scheidelied (Franz von Schber)

Die Wogen am Gestade schwellen,
Es klatscht der Wind das Segeltuch
Und murmelt in den weissen Wellen,
Ich höre seinen wilden Spruch.
Es ruft mich fort, es winkt der Kahn,
Vor Ungeduld schaukelnd, auf weite Bahn.

Dort streckt sie sich in öder Ferne,
Du kannst nicht mit, siehst du, mein Kind,
Wie leicht versinken meine Sterne,
Wie leicht erwächst zum Sturm der Wind,
Dann droht in tausend Gestalten der Tod,
Wie trotzt’ ich ihm, wüsst’ ich dich in Not?

O löse deiner Arme Schlinge
Und löse auch von mir dein Herz!
Weiss ich es denn, ob ich’s vollbringe
Und siegreich kehre heimatwärts?
Die Welle, die jetzt so lockend singt,
Vielleicht ist’s dieselbe, die mich verschlingt.

O lass mich im Bewusstsein steuern,
Dass ich allein auf Erden bin,
Dann beugt sich vor’m Ungeheuern,
Vor’m Ungehörten nicht mein Sinn.
Ich treibe mit dem Entsetzen Spiel,
Und stehe plötzlich vielleicht am Ziel.

Und kann ich dich nur seh’n und hören,
Dann hat’s mit mir noch keine Not,
Das Leben will ich nicht entbehren
Und kämpfen will ich mit dem Tod;
Wie würde mir eine Welt zur Last,
Die Engel, so schön wie dich, umfasst.

Und spült dann auch die falsche Welle
Mich tot zurück zum Blumenstrand,
So weiss ich doch an lieber Stelle
Noch eine, eine treue Hand,
Der weder Verachtung noch Schmerz es wehrt,
Dass sie meinen Resten ein Grab beschert.

Tradução para Português:

Canção de despedida do marinheiro (Franz von Schber)

As ondas encrespam-se na praia,
O vento infla as velas,
Murmurando nas ondas brancas de espuma,
Eu oiço o seu indómito refrão.
Chama-me, acena-me o barco,
Balançando impacientemente sobre o largo caminho.

Ali ele estende-se em longínqua distância,
Tu não podes vir connosco, meu amor,
Quão facilmente desaparecem as minhas estrelas,
Quão rapidamente o vento se transforma em tempestade,
Então ameaça em mil figuras a morte,
Como a podia desafiar, se soubesse que estavas em perigo?

Solta de teus braços os laços,
E solta também de mim o teu coração!
Porque eu não sei se realizarei
Um salvo regresso com vitória.
A onda que agora tão atraentemente canta
Talvez seja a mesma que me engula.

Oh, deixa-me dirigir o leme claramente consciente
De que eu estou sozinho nesta terra,
Para que, perante monstruosos perigos,
Nunca antes ouvidos, eu não recue.
Eu tenho de agir com terror, medo,
E de repente posso alcançar a minha meta.

Enquanto eu puder ver-te e ouvir-te,
Não há receio para mim, tudo está bem,
Eu não deixarei facilmente esta vida,
E lutarei ousadamente mesmo com a morte!
Como poderia o mundo ser um fardo
Povoado por anjos tão belos como tu!

E se uma traiçoeira onda varrer
O meu corpo morto para a praia,
Então eu sei que num amado lugar
Existe ainda uma, uma fiel mão
Que nem desprezo nem dor impede
De uma sepultura para os meus restos mortais encontrar.

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