Letra Original:
Irdisches Glück (Johann Gabriel Seidl)
So mancher sieht mit finst’rer Miene
Die weite Welt sich grollend an,
Des Lebens wunderbare Bühne
Liegt ihm vergebens aufgetan.
Da weiss ich besser mich zu nehmen,
Und fern, der Freude mich zu schämen,
Geniess’ ich froh den Augenblick:
Das ist denn doch gewiss ein Glück.
Um manches Herz hab ich geworben,
Doch währte mein Triumph nicht lang,
Denn Blödheit hat mir oft verdorben,
Was kaum mein Frohsinn mir errang.
D’rum bin ich auch dem Netz entgangen:
Denn, weil kein Wahn mich hielt umfangen,
Kam ich von keinem auch zurück:
Und das ist doch gewiss ein Glück!
Kein Lorbeer grünte meinem Scheitel,
Mein Haupt umstrahlt’ kein Ehrenkranz;
Doch ist darum mein Tun nicht eitel;
Ein stiller Dank ist auch ein Kranz!
Wem, weit entfernt von kecken Flügen,
Des Tales stille Freuden g’nügen,
Dem bangt auch nie für sein Genick:
Und das ist doch gewiss ein Glück!
Und ruft der Bot’ aus jenen Reichen
Mir einst, wie allen, ernst und hohl,
Dann sag ich willig, im Entweichen,
Der schönen Erde "Lebe wohl!"
Sei’s denn, so drücken doch am Ende
Die Hand mir treue Freundeshände,
So segnet doch mich Freundesblick:
Und das ist, Brüder, doch wohl Glück!
Tradução para Português:
Felicidade terrestre (Johann Gabriel Seidl)
Muitos, com fechada expressão,
Irritando-se, olham para o vasto mundo,
Maravilhoso palco da vida,
Que perante eles se lhes abre em vão.
Mas eu sei melhor o que fazer,
E longe da alegria me envergonhar,
Saboreio, alegre, cada minuto:
E isto é certamente uma felicidade.
E muitos corações eu conquistei,
Porém o meu triunfo não foi longo,
Pois a imbecilidade muitas vezes me arruinou
O que a minha jovialidade conquistou.
Por isso eu escapei também à rede:
Pois, já que nenhuma loucura me manteve cativo,
De nenhuma eu tive de regressar:
E isto é, certamente, também uma felicidade!
Nenhum louro a minha cabeça adornou,
Nenhuma coroa de glória a minha fronte ostentou,
Contudo não quer dizer com isso que a minha vida fosse vã;
Um modesto agradecimento é também um galardão!
Aquele que, distanciado de audaciosas asas,
Se satisfaz com as tranquilas alegrias do vale,
Não teme nunca pelo seu pescoço:
E isto é também, certamente, uma felicidade!
E se daquele reino o mensageiro me chamar
Um dia, como todos, severo e com voz cava,
Então eu digo sinceramente, ao partir,
À bela terra "Adeus".
Talvez, depois de tudo, por fim
Verdadeiros amigos me apertarão a mão,
E eu serei abençoado pelo olhar afeiçoado:
E isto é, irmãos, também felicidade!